Until I found you | Neymar Jr. / Lucas Paquetá

trois

Depois de tudo que aconteceu, fui ao jogo do meu sobrinho, cheguei bem na hora que o jogo ia começar. Conheci Jade, ela é um amor de pessoa, fazendo meu Vitor feliz já tá de bom tamanho.
Depois do jogo, fomos comemorar a vitória do Palmeiras em uma pizzaria. Vitor e Jade parecem realmente felizes.
Deixei Jade na casa dela e fomos embora.

Já estava tarde, tomei um banho e dormi.

Acordei sentindo meu celular vibrar embaixo do travesseiro.

Não consegui ver quem era, apenas atendi.

- Alô?

- Bom dia, Maria Júlia?

- Sim, eu mesma. Com quem eu falo?

- Aqui é o Neymar.

Meu coração parou por alguns segundos. Eu estava falando com Neymar Fucking Junior!!!

- Estou ligando para dizer que gostei muito do seu perfil e que gostaria de marcar um encontro com você.

- Ah, claro. Quando s-seria? - pergunto meio embolado, estava nervosa e tinha acabado de acordar, o que mais se esperar.

- Hoje a noite você pode?

- Posso sim.

- Ok. Meu motorista irá te buscar as 19:00.

- Tá bom.

- Até.

- Até.

Ligação encerrada.

Meu deus, vou ter um encontro com o Neymar. Nem roupa eu tenho pra esse evento.

...

Hoje não teve treino do Vitor, mas ele foi pra aula, no CT mesmo, o clube se preocupa com a educação escolar de seus atletas e para isso tem professores e um setor escolar exclusivo.

Fiquei o dia inteiro pensando no que iria vestir hoje. Onde será que vai ser esse encontro? Será que é um lugar chique? Claro que é num lugar chique, aonde mais seria. Estava tão nervosa que mal entrei nas redes sociais hoje, não estava com cabeça.
Estava se aproximando do horário que eu tinha que sair e eu não me decidia.

- Para tia, você vai me deixar tonto! - Vitor fala quando entra no meu quarto e me vê andando de um lado para outro.

- Eu não sei o que vestir Vitinho.

- Aqui, veste esse vestido, esse sapato e leva essa bolsa pra combinar. - Fala me entregando um vestido preto de alcinha que fica coladinho no corpo, um sapato de camurça também preto e uma bolsa prateada. - Esse look combina com qualquer coisa. - fala saindo do quarto dando uma piscadinha.

Vitor tem bom gosto e muito estilo. Ainda bem que ele existe pra me ajudar nesses momentos.

Vesti o que ele me deu, fiz uma maquiagem básica, deixei meu cabelo natural, passei perfume e desci. Vitor iria ficar na casa de Gabriel então levei ele de carro até lá e voltei pra casa.
Não demorou muito para que o motorista que Neymar falou chegasse.

- Boa noite senhora. - fala abrindo a porta de trás do carro para mim.

- Senhorita. - o corrijo. - Boa noite. - falo sorrindo e ele retribui.

Ele fecha a porta, entra no carro e dá partida.

Demorou alguns minutos para chegarmos ao local, observei atentamente o trajeto do início ao fim, uma noite gostosa na capital e por mais que não seja o ambiente mais limpo do mundo, a lua brilhava junto as estrelas em sua volta.

O local era um restaurante, um dos mais caros de SP. O motorista saiu do carro, abriu a porta e me guiou pelo estacionamento. Entramos e fomos direto para o segundo andar. Onde não tinha ninguém, a não ser Neymar sentado em uma das mesas do canto, perto dos vidros que davam para ver a rua. Mexendo em seu celular.

Parei e respirei fundo.

- Nervosa? - o motorista pergunta.

- Um pouco. - forço um sorriso.

- Relaxa, ele não fará nada, qualquer coisa estarei aqui. - fala dando uma piscadinha.

Começo a andar pelo imenso salão vazio, fazendo com que o barulho do meu salto ecoe por todo o local e Neymar desvie sua atenção do celular para me olhar de cima a baixo.

Neymar ON 📍

Enquanto Maria Júlia não chegava, resolvi mexer no celular. Um som estridente me tira atenção e percebo que era Maria Júlia que havia chegado. A olhei de cima em baixo, ela realmente é linda, usava um vestido preto coladinho, que ressaltava muito bem as suas curvas, cabelo solto, salto preto.
Assim que ela chega perto me levanto.

- Muito prazer em te conhecer Maria Júlia. - falo dando um abraço e um beijo em sua bochecha, ela é bem cheirosa por sinal.

- Igualmente. - diz retribuindo o abraço, com um sorriso tímido.

Logo em seguida ela senta em minha frente.

- Quer dizer então que você é fisioterapeuta? - pergunto tentando puxar assunto, estou nervoso.

- Sim! Quer dizer, não demora muito para que eu finalmente consiga me formar. - ela responde com um sorriso enorme no rosto, aliás, que sorriso.

- Me fale mais sobre sua vida. - assim que falo o garçom chega. Fazemos nossos pedidos e ele sai.

- Então, moro em SP já tem pouco mais de 2 anos. Nasci em Curitiba...

- Quer dizer que você é paranaense? Fala leite quente pra mim ver um negócio. - a interrompo e ela revira os olhos.

- Bobo. - diz rindo. - Leite quente, tá bom assim?

- Aí que sotaque lindo. - digo fazendo graça.

- Continuando... Nasci em Curitiba, mas morei mais tempo na Inglaterra e na França, por causa do meu pai. Voltei pra Curitiba quando ele voltou a jogar no Brasil, ai ele se machucou feio, comecei a fazer fisioterapia por causa disso. - diz com um sorriso fraco. - Mas ele se recuperou e hoje eu moro com meu sobrinho aqui em SP.

Eu a observava atentamente, cada palavra que saia da boca parecia poesia para meus ouvidos.

- E a sua mãe? - pergunto e vejo o semblante em seu rosto mudar. - Se não quiser falar, não precisa.

- Não, não tem problema. - ela força um sorriso. - Ela morreu pouco tempo depois que eu nasci.

- Meu deus, me perdoa, sério mesmo.

- Não é nada, você não tinha como saber. - ela fala e me dá uma piscadinha que acaba comigo.

Logo depois desse diálogo não tão agradável, o garçom chega com os pedidos.
Comemos e bebemos, falamos sobre outros assuntos, assim que o garçom trás a sobremesa, que era pudim, eu resolvo ir direto ao ponto.

- Bom Maria Júlia...

- Pode me chamar de Maju, é mais fácil. - fala me dando outra piscadinha.

- Então Maju... - falo dando ênfase em 'Maju'. - Você aceita namorar comigo? - pergunto e ela se engasga com o vinho que estava bebendo.