vingt

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Maju ON 📍

Sexta-feira...

Já era pra mim ter me mudado para a casa do meu pai, mas essa semana foi tudo muito corrido, além de ter uma preparação pesada para o jogo da volta pela Copa da França, ainda fiz 3 trabalhos como modelo, para uma marca de roupas, uma marca de shampoo e uma de perfume. Além de também ser modelo na apresentação da nova camisa do Lyon, junto com os meninos, a semana foi muito puxada.
Também aproveitei a renda desses trabalhos e comprei um carro, um Jetta GLI, modelo 2022, cor cinza puro. Meu sonho de adolescente era ter um carro desse modelo.

Amanhã será o jogo da volta e eu terei atenção total aos meus jogadores, só vou me mudar domingo, quando estou de folga.

Sábado...

O clima entre os jogadores estava totalmente diferente do primeiro jogo, eles estavam totalmente focados.

O primeiro tempo foi bem morno, sem grandes perigos, os meninos desceram para o vestiário quietos, o clima estava pesado, uma eliminação agora não cairia bem, ainda mais na única competição com grande chance de título, já que na ligue 1 o Paris tem uma diferença de 23 pontos para o segundo colocado.

O segundo tempo foi muito disputado no meio campo, nem uma das duas equipes estavam tendo êxito nas suas tentativas de ataque. Até que aos 27 minutos, em uma jogada bem trabalhada, com tabela de Dubois e Bruno Guimarães, que mandou um balaço e deu na trave, Dembele pegou o rebote e fuzilou na gaveta em um bonito chute de esquerda, sem chance para o goleiro da equipe adversária.

Aberto o placar e com 2×1 no agregado, o time da casa foi pra cima, em uma pressão total e jogando junto à sua torcida, o time da casa teve grandes chances, batendo na trave ou exigindo defesas importantes do goleiro Anthony Lopes.
Nosso time conseguiu segurar o resultado, com muita dificuldade, mas finalmente CLASSIFICADOS PARA AS QUARTAS!!!!

Agora sim, um clima totalmente diferente de antes do jogo. Os meninos bem mais leves. Ficamos no campo comemorando por um bom tempo, e quando eles desceram para o vestiário fui embora.

Domingo...

Acordei por volta das 7h da manhã, tomei café e comecei arrumar minhas coisas, que não era poucas. Documentos, roupas, alguns objetos e equipamentos de trabalho.
Já era 10h30 quando terminei de colocar tudo no carro.
Deixei a chave do apartamento com seu Antônio, o porteiro, e segui o caminho até minha nova moradia.

Cheguei lá e quem me esperava era dona Niraci.

- TIA NI!!!! - falo gritando assim que saio do carro, correndo até a mesma e a abraçando.

- Maju!! Quanto tempo! - ela fala com um sorriso no rosto.

- Senti tanta falta da senhora! - respondo dando mais um abraço na mesma.

- Eu também querida. Vamos pegar as coisas, eu te ajudo a arrumar tudo.

Pegamos minhas coisas e subimos para o quarto, dessa vez eu vou ficar no quarto principal, por mais que adorasse o quarto que era meu antes, a suíte principal tem vista para a cidade.

O quarto que era meu tem a janela virada para a casa vizinha, mas tem um teto de vidro, bem em cima da cama. Meu pai mandou fazer para que eu pudesse dormir a luz das estrelas. Por baixo foi adaptado um forro de madeira, para que eu pudesse abrir e fechar quando quisesse, apenas apertando o controle.

Fiquei terminando de arrumar as coisas e dona Niraci foi fazer o almoço pra gente. Quando desci, já estava pronto.

Almoçamos juntas e colocamos o papo em dia. Era bom estar aqui novamente, era bom estar com ela.

- Quero te mostrar uma coisa! - ela fala animada, indo para a parte externa da casa. - Abre. - diz me entregando a chave.

Abri a porta à minha frente e dou de cara com tantas lembranças. Entro na salinha e olho em volta, vendo tudo que estava ali, era tão nostálgico que comecei a chorar.

- Vou deixar você sozinha. - Niraci fala e sai.

Ver tudo tão bem guardado, taças e medalhas de primeiro, segundo e terceiro lugar, dos campeonatos de futsal feminino que tinham no colégio onde estudei. Medalhas por desempenho e dedicação, bolas de jogos do meu pai, muitas camisas de time autografadas, chuteiras, pedaços de rede. Me fez chorar, lembrando de tudo de bom que vivi nesse meio do futebol.

Vi uma caixa de papelão no chão e me sentei para abri-la. Encontrei alguns álbuns de fotos minhas, como modelo. E minha primeira câmera, que meu pai me deu de presente quando eu tinha 13 anos.

Era bom estar aqui novamente, sinto que eu nunca deveria ter saído daqui.

Vou em direção as camisas penduradas e pego todas elas, levando para meu quarto.

Lá tinha camisas do CR7 e Forlan na época de Manchester United.
Messi, Ronaldinho, Xavi, Iniesta e Puyol, pelo barça.
Beckhan, Kaká e Zlatan pelo Milan.

E muitas outras, todas autografadas. Se eu lembrasse da existência dessas camisas, eu não teria deixado elas aqui. Nunca. Agora eu não vou mais me separar delas.

Essa é a vantagem de ter um pai jogador de futebol, isso não tem preço, não mesmo.

Sou completamente viciada em camisas de time.

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notas da autora:

não consegui esperar até quinta e trouxe esse capítulo curtinho aqui pra vocês em preparação para o próximo, que sairá na quinta-feira.

seu voto é muito importante, se puder, deixa a estrelinha em baixo.

bjos de lis.

Until I found you | Neymar Jr. / Lucas PaquetáOnde histórias criam vida. Descubra agora