Gods Of Olympus - Hailee / You

00. 𝐈'𝐦 𝐜𝐫𝐚𝐳𝐲, 𝐂𝐑𝐀𝐙𝐘!!

Mais um dia comum e nada de anormal se iniciava na vida de Maya Slovan, a garota levantava, colocava uma roupa qualquer porém não tão despojada e ia para a escola junto de sua irmã postiça.
Porém naquela manhã tudo parecia diferente, até porque era um dia que deveria ser especial, já que a garota estava completando seus dezessete anos.

— Bom dia mãe, bom dia pai – disse enquanto ia para o lado de sua mãe que colocava algumas panquecas com gotas de chocolate sobre o balcão da cozinha, deixando um beijo em seu rosto, logo fazendo o mesmo com o homem que estava sentado lendo o jornal do dia.

— Caso não se lembre, eu também sou parte dessa familia! – reclamou a casula ficando emburrada, por não receber um bom dia da mais velha.

— Dramática – revirou os olhos sorrindo fraco – Bom dia pirralha – bagunçou os cabelos da garota ouvindo vários murmúrios de desaprovação ao sentar-se de seu lado.

As duas irmãs começaram uma pequena troca de farpas, claro que tudo na brincadeira, já os mais velhos riam das filhas, aquilo era uma cena comum de se ver nos momentos da família Slovan.

— Ta bom meninas, já chega – a mais velha bateu algumas palminhas e colocou um prato de panquecas com uma carinha feita de chantilly e morangos na frente da loira que apenas sorriu ao ver o prato. – Feliz aniversário meu anjo – deixou um selar na testa da filha e se sentou ao lado do marido.

— Obrigada mamãe, não precisava fazer isso – disse sorrindo enquanto olhava para o prato – É só um dia comum – deu de ombros, não era novidade para os mais velhos que a garota não era de comemorar seus aniversários.

Maya sempre odiou a data, pois foi quando nasceu e foi abandonada por sua mãe biológica na frente de um orfanato qualquer em ohio.
Por mais que amasse a família adotiva, não podia negar o quanto queria não ter sido abandonado pela mãe, já que se sentia um lixo toda vez que lembrava do ocorrido, e aquela maldita data apenas a fazia relembrar disso.

— Claro que precisa meu amor, não é apenas seu aniversário, mas também, hoje fazem quinze anos que chegou para alegrar nossas vidas – sorriu com a fala do pai, não era tão comum vê-lo falando aquelas coisas sentimentais.

— Bom, se ela não quiser eu quero – a caçula levou suas mãos até o prato de panquecas.

— Isabela! – parou seu ato após ouvir a voz da mãe, e levantou as mãos em sinal de rendição voltando a comer seu cereal.

(...)

Após alguns minutos dirigindo, a mais velha estaciona o carro em uma das vagas perto da entrada da escola, saindo do mesmo sendo seguida pela menor. Enquanto andavam até a entrada lado a lado, sentiam olhares sobre elas, que eram normais para ambas já que a Slovan mais velha era conhecida por ali, muitos a admiravam por sua beleza que era quase como os deuses das antigas histórias. Aquela atenção toda levantava o ego da loira que não negava adorar aquilo.

Porém certos olhares a estavam incomodando naquela manhã, então antes que entrasse junto de Isabela no prédio, deu uma última olhada ao redor, parando em um grupo de quatro jovens que tinham o olhar preso na mesma, mas logo desviaram para locais aleatórios ao notarem que foram pegos, a não ser por uma garota de cabelos longos e negros, que continuou a encara-la com um olhar sombrio, que causou vários arrepios na loira.

— A princesa vai ficar ai parada? – saiu de um transe que nem notou estar, ao ser abraçada de lado por sua melhor amiga. – O que tanto olha? – olhava para os lados buscando o que era tão interessante para prender o olhar da outra.