Kneel | Tom Riddle - Português

𝟓𝟑

𝟓𝟐 | 𝐂𝐨𝐦 𝐂𝐢𝐮́𝐦𝐞𝐬

"Tudo bem, este é o plano", Abraxas sussurrou para Seraphina, enquanto eles estavam escondidos atrás de uma parede, "Nós vamos caminhar juntos até onde Magda está com seus amigos e então você vai me beijar".

Seraphina virou a cabeça para olhar para ele, "O quê? Não, não foi isso que combinamos, Brax. Eu disse que estaria perto de você, não que eu realmente beijaria você".

Era uma manhã de sábado e os dois melhores amigos concordaram em deixar o interesse amoroso de Abraxas com ciúmes. Pelo menos era isso que ele queria, embora Seraphina concordasse fortemente que tal coisa nunca funcionaria.

"Phiny, você deve entender que ter ciúmes é exatamente o incentivo que nosso relacionamento precisa para melhorar", ele tentou explicar, movendo-se um pouco atrás da parede para olhar para o grupo de meninas da Corvinal, "Ela está jogando duro para conseguir e devemos mostrar ela eu não sou um alvo fácil".

Seraphina bufou e revirou os olhos, "Querido, me escute", ela agarrou seus ombros para fazê-lo olhar para ela, "Como uma menina, eu prometo a você que se eu visse a pessoa que eu gostava beijando outra pessoa eu certamente não iria me atrair. Muito pelo contrário, na verdade. Além disso, tanto quanto eu sei, você e Magda nem sequer estão em um relacionamento. Vocês só dormiram juntos uma ou duas vezes".

O jovem Malfoy fez uma careta, "Minha querida amiga, eu te amo com todo meu coração, mas você não sabe do que está falando. Você namorou Vanilla Greengrass e mal se beijaram. Agora você está fazendo o que quer que faça com Riddle. A única coisa que eu sei é que tudo o que você tem é toxidade, mas vocês dois ainda acham que sua conexão é simplesmente incompreendida", ele falou sarcasticamente, "Mas quem sou eu para questionar você? Você tem sua própria maneira de fazer as coisas, e estou feliz por você, desde que você esteja feliz".

Seraphina olhou para ele impressionada com sua explosão, "Você não precisava ser tão duro".

"Apenas te dando os fatos, Phiny. De qualquer forma, no mundo real, fora do seu pequeno relacionamento tóxico, as pessoas precisam ter ciúmes para se interessarem mais por alguém", ele explicou e Seraphina apenas olhou para ele com uma cara de dúvida, "Estou falando sério! Se você me beijar ela vai ficar com ciúmes, eu juro".

"Nós não precisamos nos beijar para deixar Magda com ciúmes", Seraphina apontou, realmente não entendendo seu ponto, "Nós não podemos apenas dar as mãos ou sussurrar um no ouvido do outro?"

"Não, você deve me beijar ou não vai funcionar", ele insistiu, "é apenas um favor para um amigo".

"Tudo bem, eu faria isso, mas você sabe o que acontece se Tom descobrir. Seria bastante problemático, para mim e para você", ela tentou convencê-lo.

"Por que ele iria descobrir? Você não vai contar a ele, vai?", ele perguntou em voz baixa, de repente pensando nas consequências de beijar sua melhor amiga.

Ela suspirou, "Claro que não. Estou apenas lhe dando os fatos", ela repetiu suas palavras e ele revirou os olhos, "Eu vou fazer isso, mas espero que você esteja ciente dos riscos. Isso é tudo".

"Seraphina, relaxe. Ele não vai descobrir. Ele está na ala hospitalar provavelmente em um sono profundo. Agora vamos", ele parecia extremamente confiante em suas ações, "Nós vamos entrar no corredor e você vai largar seus livros porque você é tão desajeitada, e eu vou ajudá-lo a obtê-los. Então, vamos olhar nos olhos um do outro, fingir que estamos tão apaixonados e então nos beijamos. Não é difícil, é?"

Seraphina ainda não achou que era uma boa ideia, mas ela ainda concordou em fazer isso, porque ela era uma amiga impecável, "O que eu faço por você, Brax".