𝟏𝟔

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𝟏𝟔 | 𝐏𝐫𝐞𝐨𝐜𝐮𝐩𝐚𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬 𝐞 𝐒𝐞𝐧𝐭𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬

Seraphina não dormiu naquela noite. Ela passou duas horas procurando por Tom depois do jantar e não conseguiu encontrá-lo em lugar algum. Isso era muito incomum, pois ele tinha suas funções de monitor e quando ele não andava pelos corredores ele estava estudando na biblioteca ou na Sala Comunal, lendo um livro. Mas ele não estava em nenhum desses lugares. Era quase como se ele tivesse desaparecido.

A bruxa de cor de olhos diferentes não podia deixar de se preocupar com ele. E se algo acontecesse com ele? De alguma forma, Tom nunca foi atacado ou algo parecido, já que ele tinha grandes capacidades como bruxo e ninguém jamais ousou desafiá-lo. Ela só sabia que ele costumava ser intimidado no orfanato, o que a fazia querer ir lá e torturar todas as crianças que o desrespeitavam.

Mas depois disso, ele nunca entrou em uma briga e ninguém se meteu com ele. Ele acabava por irritar as pessoas que o incomodavam, mas nunca ripostou. Então, o que poderia ter acontecido com ele?

Foi a noite mais longa de sua vida e apesar de estar extremamente cansada, ela não conseguia adormecer. Isso a deixou ouvindo os roncos das garotas que dormiam em seu dormitório. Era muito irritante e ela queria sufocá-las para que parassem de fazer tanto barulho enquanto dormiam. Além disso, ela invejava-as por conseguirem dormir tão tranquilas à noite enquanto ela sofria na cama a noite toda.

Ela esperou impacientemente até de manhã para que finalmente pudesse se levantar e terminar aquela noite terrível. Por que ela estava tão preocupada de qualquer maneira? Tom estava provavelmente bem.

Seraphina levantou-se da cama às cinco e meia da manhã e caminhou lentamente em direção ao banheiro ainda em sua camisa de dormir. Ela bufou olhando para o horrível reflexo no espelho e lavou o rosto. Ela passou a noite acordada e parecia miserável, que estava prestes a ter um dia maravilhoso, previu ela.

Escovando os dentes, ela decidiu não aplicar maquiagem no rosto como estava acostumada a fazer todas as manhãs. Naquela manhã, ela simplesmente não sentiu vontade de perder seu tempo fazendo um delineado perfeito e escondendo as sardas em seu pescoço. Ela sempre achou as sardas bonitas em outras garotas, ela só tinha demais e estava acostumada a esconder algumas delas.

Com uma carranca, ela se vestiu com seus trajes da Sonserina e deixou o banheiro com a sensação de enterrar a cabeça na grama.

Ela caminhou em direção à Sala Comunal e não se surpreendeu quando a viu vazia. Olhando para seu relógio de bolso, ela percebeu que era muito cedo para tomar o café da manhã, então ela decidiu fazer alguns dos deveres de casa que tinha para a aula de Feitiços.

Finalmente, quando finalmente chegou a hora de ir tomar o café da manhã, ela deixou as masmorras e subiu em direção ao Grande Salão, com respirações lentas, mas um batimento cardíaco acelerado.

Havia apenas alguns poucos alunos no Grande Salão e nenhum de seus amigos estava na longa mesa da Sonserina. Ela sentou-se sozinha, o que era extremamente raro, e começou a comer algumas torradas, mas não tão surpresa que ela não tivesse apetite.

Após alguns minutos, ela terminou de comer, mas ficou no Salão Grande lendo um livro que Grace lhe emprestou. Mais alunos começaram a chegar e a primeira pessoa a sentar-se com ela foi seu bom amigo, Avery.

Ele sorriu para ela, "Bom dia, pássaro matinal".

"Olá", ela grunhiu e ele franziu a sobrancelha. Ela era sempre uma pessoa matutina, sendo responsável por animar a maioria de seus amigos pela manhã.

"Você está de mau-humor?" Ela apenas acenou com a cabeça, "Você quer falar sobre isso?" Desta vez ela balançou a cabeça e ele desistiu, começando a comer alguns cereais enquanto lia o Profeta Diário silenciosamente. Ela ficou feliz por ele respeitá-la e não a incomodou.

Kneel | Tom Riddle - PortuguêsOnde histórias criam vida. Descubra agora