[5] "Eu irei encontrá-lo no céu!".

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Cultivem uma boa leitura. Até às notas finais! 💖
               — da Escritora Fantasma e Cara-de-pau.

[...]

                      Eu desejava estar em casa neste exato momento. Com a garota que eu amo. Acolhendo-a, pois sei a dor que ela está lidando. Temo o que ela esteja pensando, pois quando se é jovem, a sua mente é pequena. Os seus problemas têm a obrigação de parar o mundo e girá-lo entorno dele em seguida. Provavelmente não a ensinei que essa situação está equivocada, porque ajo dessa forma e todos ao meu redor já me alertaram.

Desacelerei a velocidade do veículo em frente ao evento. Inúmeros repórteres, fotógrafos e paparazzis metaforicamente ajoelhando-se para obter contato com os fenômenos que adentravam no local.

Me retirei do automóvel junto à minha câmera fotográfica e a corda que a sustentava envolta de meu pescoço. Joguei as chaves pertencentes ao carro para o cavalheiro funcionário que se dispusera.

Respirei fundo ao ansiar entrar e não atrair a devida atenção. Aparentava uma circunstância fútil, contudo não. Eu realmente não estava ali para roubar o foco. Caminhei em passos frenéticos abaixo do tapete e instalei a minha mão direita em frente ao meu semblante para as luzes não me estontearem inteiramente.

Ao situar no ambiente, direcionei o meu olhar atento aos indivíduos que estavam presentes, incluindo a Sra. Williams, dona da organização. Logo ela notou a minha presença no local e apressou-se em minha direção.

— Veronica, você está aí, querida! – me recepcionou diante de sua voz aveludada e de uma simpatia típica de mulher clichê dos anos sessenta. — Venha! Curta a festa um pouco, mas não se esqueça das fotos. Eu quero que elas estejam impecáveis!

— Sim, senhora. – as minhas bochechas forçaram um sorriso sútil, enganoso.

Realizei o que a loira de sessenta anos exigira. Tirei diversas imagens, principalmente d'ela acompanhada de executivos significantes nos quais pouco me importava as suas posições sociais ou o que faziam da vida. Eu estava deprimida, entretanto, não estava na permissão de evidenciar. Naquela noite, eu apenas tinha de executar o que fazia de melhor.

Eu transferi um suspiro pesado ao observar àquelas pessoas. Eu franzi a minha testa. Uma expressão de desconforto expandiu-se em meu rosto. Encaminhei os meus passos ao bar. Me assentei em um dos bancos vagos. Solicitei uma dose de Whisky ao rapaz cujo me atendera. Afixei o copo em meus lábios e virei o líquido em minha boca, sem cogitar nem hesitar. Eu não estava nem aí.

Apertei os meus olhos pela amargura do álcool. Rasgou a minha garganta, queimou-a, porém, eu pedi por mais. Não era o suficiente. Nada era. Não para mim. Eu precisava de mais, sempre de mais: dinheiro, amor, trabalho, sexo; tudo em dobro!

Um homem corpulento fixou-se ao meu lado. Não o encarei, somente identifiquei a sua presença pelo som de seus passos e sua pousada. Reggie. Revirei os meus glóbulos oculares. Eu mereço!

— E aí, Veronica. – o moreno cumprimentou-me de uma maneira indiferente, recluso. Mal me enfitou.

Meneei com a cabeça para respondê-lo silenciosamente. Voltei para a minha zona de melancolia, saudades e ansiedade — que encontrava-se cada vez mais funda.

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⏰ Última atualização: Feb 01, 2022 ⏰

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