Sem revisão.
Maria Júlia não era nenhuma virgem, tinha tido boas experiências sexuais ao longo da sua vida. Mas sempre se manteve presa a ideia de que o sexo só poderia ser realmente prazeroso quando feito com alguém especial, dentro de um relacionamento estável. Por isso, só tinha ido para cama com três caras, todos eles seus ex namorados. Mesmo quando ficou solteira recentemente e recebeu convites para noites quentes, nunca tinha aceitado por lhe parecia algo insignificante demais, não valia a pena.
Mas agora, enquanto seu coração batia rápido demais e o seu corpo parecia muito quente, tudo o que pensava era como seria ir pra cama com aquele homem a sua frente. Como seria ter aqueles braços fortes ao redor do seu corpo? Como seria ter aqueles lábios entre as suas pernas? O pensamento fez uma pontada de desejo surgir e comprimiu as pernas para aliviar a tensão. O movimento fez com que os olhos castanhos escurecerem, enquanto observava cada movimento seu.
Não sei quanto tempo se passou até que a voz rouca interrompeu meus pensamentos nada puros.
_ Dança comigo, minha Preta. _ pediu me estendendo a mão, lembrando-me que a música lenta ainda tocava enquanto alguns casais dançavam perto do palco. Concordei com a cabeça e ele me tomou suavemente em seus braços, conduzindo nossos corpos no ritmo da música.
Era tão estranho como meu corpo reagiu com familiaridade ao toque daquele delicioso desconhecido.
Eu me aconcheguei mais em seus braços e suspirei com aquele cheiro gostoso que emanava do seu corpo. Eu só podia ter enlouquecido! Não estava no meu estado normal, porque me senti derreter contra ele quando seus lábios passaram rapidamente por meu pescoço.
Naquele momento eu tinha duas opções: a primeira era recobrar o meu juízo e me afastar daquele homem que eu não fazia ideia de quem se tratava; a segunda opção seria ligar o foda-se naquela noite, e me entregar aquela nova e empolgante sensação que eu estava sentindo.
Pela primeira vez na minha vida, deixei a razão de lado e no momento seguinte puxei aquele homem para um beijo quente. Acho que o peguei de surpresa pela iniciativa, mas quando dei por mim ele tinha tomado todo o controle daquele momento. Sua boca exigente tomou a minha com uma fome que não parecia real. A sua língua pediu passagem enquanto seus braços circularam a minha cintura robusta, me fazendo sentir a firmeza do seu corpo másculo.
Quando nos afastamos em busca de ar, meu coração estava tão acelerado que parecia querer pular do meu peito. Os lábios quentes beijaram meu pescoço, espalhando ondas de desejo e prazer por meu corpo.
_ Eu quero você, minha Preta. _ sussurrou em meu ouvido roucamente. _ quero tanto que parece que vou enlouquecer de desejo por você desde que chegou ao bar mais cedo. Não pude tirar meus olhos de você... _ falou e tornou a me beijar. Dessa vez, foi um beijo mais lento, como se desejasse desvendar cada pedacinho meu, enquanto a suas mãos firmes passeavam por meu corpo.
_ Eu quero você... _ sussurrei para ele.
_ Você tem certeza, Preta? _ perguntou me olhando atentamente. Eu tinha certeza, estranhamente eu queria fazer aquilo, sem dúvidas ou questionamentos. Como resposta o beijei novamente. _ Vamos pra minha casa. _ falou quando nos afastamos.
Nos dirigimos para a saída do bar de mãos dadas. Eu percebi as mulheres olhando para ele desejosas e não pude deixar de sorrir ao pensar que por essa noite eu estaria em seus braços. Entramos em seu carro e ele dirigiu pela avenida ainda movimentada da capital.
_ Você não me disse o seu nome, Preta. _ falou depois de alguns instantes em silêncio. _ o meu nome é João Miguel e obviamente é um delicioso prazer conhecer você. _ falou deixando seus olhos percorrem meu corpo sem pudores.
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DOCE SEGUNDA-FEIRA
Roman d'amourSegunda-feira sempre foi o pior dia da semana na opinião de Júlia Maria, conhecida por todos como Juju. Não era uma impressão infundada e a prova eram os papéis que denunciavam que seu estilo de vida nada saudável tinham trazido resultados no mínimo...