Capítulo 6

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Parecia que nem tinha se passado trinta segundos quando acordei com Susana me chamando falando que tínhamos que partir. O castor foi na frente, estávamos no alto de uma montanha, eu parei olhando a vista. Mesmo congelada, Nárnia era lindo, claro que eu não vi sem a neve, mas era encantador.

- O acampamento de Aslam fica perto da mesa de pedra, do outro lado do rio congelado- Disse o castor

- Rio?- Pedro perguntou

- O Rio está congelado a cem anos!- respondeu a senhora castor e nós olhamos para frente encarando o enorme rio ali de cima

- É imenso- Eu digo

- Igual ao nosso mundo, pensou que fosse pequeno?- Diz a senhora castor

- Menor!-  Susana olha Pedro com reprovação e voltou a andar.

Andávamos por horas, a única coisa que a gente via a nossa frente era neve e eu não aguentava mais ver tudo branco. Não acredito que ficava doida para chegar o Natal só para brincar na neve e aqui eu queria que ela nunca tivesse existido.

- Venham humanos enquanto somos jovens- Diz o senhor castor nos epressando pela quinta vez

- Se ele nos apressar mais uma vez, eu vou fazer dele um chapéu bem fofo-  Diz  Pedro se abaixando para Lúcia subir em suas costas rindo. Sortuda! Será que o senhor castor me aguenta?

- Rápido! Venham! - Ele  grita

- Ele está ficando mandão- Diz Lúcia

- Ficando?- perguntei sarcástica

- Não! Olhem para trás. É ela- A senhora castor gritou e nós viramos vendo  um trenor

- Corram! Corram- Diz o castor e começamos a correr. Pedro coloca Lúcia no chão e pegando em sua mão e corremos para as árvores, os barulhos das renas ficaram mais altos e sabíamos que ela tava se aproximando

- Rápido!- Diz Pedro pegando em minha mão também

- Por aqui!- Diz o castor- Entrem e se abaixem- Ele fala e desce para uma caverna pequena.

Solto a mão de Pedro é entro na mesma pegando o braço de Susana que segura o meu também, Pedro e Lúcia entram e ficamos  todos abaixado. Até que o barulho do trenor fica alto e escutamos ele parar, aparentemente em cima de nós. Ficamos em silêncio olhando para cima e  escutamos passos, começou a cair neve a nossa frente e vimos uma sombra, mas parecia um homem. Ela ficou ali um tempo e voltou a andar sumindo.

- Parece que já foi- Eu falei baixo

- É melhor eu ir ver- Diz Pedro se soltando de Lúcia

- Não!- Diz o castor- Não vai servir em Nárnia morto.

- E nem você, meu velho- Disse a senhora castor

- Obrigada, querida- O castor pegou na mão da mesma e saiu da caverna. Ficamos esperando em silêncio apenas ouvindo barulhos a cima de nós

- Saiam! Saiam!- Diz o castor aparecendo de cabeça pra baixo fazendo eu e Lúcia gritar- Espero que tenham sido bonzinhos, porque vocês têm visita!- Ele disse e olhamos com confusão para ele. Começamos a sair e a subir as pedras da pequena caverna e quando eu olhei pra frente não acreditei.

- Ora, fala sério! - eu disse vendo um homem de barba Branca e cumprida na frente do trenor de rena, trenor que por sinal tinha um enorme saco em cima do mesmo. O homem riu da minha fala.

- Feliz Natal, senhor.- Diz Lúcia para o papai Noel

- Com certeza, Lúcia. Dês de que vocês chegaram.

As Crônicas De Nárnia ( 𝓔𝓭𝓶𝓾𝓷𝓭𝓸 𝓟𝓮𝓿𝓮𝓷𝓼𝓲𝓮 ) Onde histórias criam vida. Descubra agora