Amores de verão, que atire a primeira pedra quem nunca os teve. Passar por alguém e cair nos seus encantos, voltarem-se a encontrar por obra do destino e cederem a tentação.
É o que se vai passar nesta história.
Summer of Love é a história de amor...
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Tini saiu do kart e assim que tirou o capacete fez uma dança da vitória ridícula, ela tinha ganho a Daniel logo na primeira vez que tinha conduzido um kart. Quando ia começar a gozar com Daniel, apercebeu-se que o mesmo não parecia muito bem. Estava encostado a parede que estava ao pé do recinto da corrida, a cantora correu até lá.
- Ei Daniel esta tudo bem?
- Hum sim, sim, está.
- Já te disseram que és um péssimo mentiroso? Eu sei que não nos conhecemos muito bem, mas não me parece que estejas muito bem.
- JÁ DISSE QUE ESTA TUDO BEM
Daniel ia se dirigir para o buggy, mas acabou no chão a gritar de dores, deixando Cristina assustada que imediatamente correu até ao piloto que estava agarrado ao seu joelho. O piloto tinha-se esquecido de tomar os comprimidos para as dores, aqueles que nos últimos dias tinham sido os seus melhores amigos, mas no meio de todo o entusiamo de estar com Tini tinha se esquecido e era essa a razão porque naquele momento estava no chão a morrer de dores.
- Daniel eu sou acreditar que a dois segundos atrás gritaste comigo mas era com as tuas dores que querias gritar. Mas neste momento eu preciso que me digas o que se passa para eu te poder ajudar.
- O meu joelho doí-me, doí-me imenso. Preciso de ir a casa.
- Certo, consegues-te levantar? Eu ajudo-te apoia-te em mim.
Ricciardo aceitou a ajuda a levantar-se e foi apoiado em Tini até ao buggy, voltando-se a encostar.
- Entra e da me a chave que eu levo-nos até a tua casa.
- Eu consigo conduzir.
- DÁ-ME A MERDA DA CHAVE RICCIARDO.
Tini estava assustada, mas queria ajudar Daniel, ele parecia estar mesmo em sofrimento, mas era teimoso como uma porta. Daniel acabou por entregar a chave a jovem, que rapidamente se colocou em casa do piloto, Ricciardo estava surpreendido com a capacidade de orientação da jovem.
- Daniel, tens algo para a dores certo? Esta alguém em casa a quem possa pedir ajuda?
- Tenho no meu quarto. E relativamente a isso, esta tudo fora.
- Ok eu posso ir buscar os comprimidos se me disseres onde estão.
- Eu posso ir.
- CARAMBA RICCIARDO, PARA DE SER TEIMOSO E ACEITA AJUDA UMA VEZ NA VIDA.
- Segunda porta a esquerda no primeiro andar. Mesinha de cabeceira, segunda gaveta, caixa laranja.
Tini saiu do veiculo e correu em direção ao interior da casa, nunca na vida a jovem tinha subido umas escadas tão depressa.
Assim que entrou no quarto de Daniel correu até a mesinha de cabeceira, ignorando todos os trofeus que estavam na enorme estante no quarto do piloto. Quando encontrou os comprimidos voltou a correr escada abaixo e pegou numa das garrafas de agua que estavam na bancada da cozinha.
- Eu trouxe estas duas caixas, não sei qual a diferença entre elas, mas tu deveras de saber. Trouxe também agua, para tomares com os comprimidos.
Daniel tirou um comprimido da caixa e pegou na agua, rezando para aquilo começar a ter efeito imediato ou ia morrer ali em frente a Tini. Ambos estavam em silencio, Daniel dentro do buggy e Tini encostada ao mesmo no lado de Ricciardo. Ela estava com cara de preocupada e assustada ao mesmo tempo, Daniel estava a ficar com uma cara mais bem encarada, mas isso não descansava a jovem.
- Eu estou a ficar melhor, tem calma.
- Estas a falar a serio ou isso é só para me descansar?
- Estou a falar a sério, podes te sentar parece que vais cair para o lado e apesar de estar melhor ainda não te consigo ajudar.
Tini sentou-se perto de onde Daniel estava e respirou fundo.
- Quando tu tiveres recuperado eu juro que te mato Daniel.
- Certo, pode ser que nessa altura eu já consiga correr.
Ambos riram, um sinal que Ricciardo estava a ficar melhor, fazer piadas era o estado normal de Daniel.
Após Daniel estar melhor quis ir para casa, ainda meio a cambalear e com a ajuda de Tini, Ricciardo sentou-se no sofá da sala. Esticou o joelho e pediu a Tini que se sentasse ao seu lado.
- Peço desculpa se te assustei, foi um lapso meu ter me esquecido de tomar os comprimidos para as dores.
- Posso saber porque os tens que tomar? Ou isso já é meter-me demais?
- Tive um acidente recentemente e digamos que se abusar de mim mesmo como fiz ainda a pouco, coisas como essa vão acontecer. Nada de grave, eventualmente passa, mas ainda não esta tudo totalmente recuperado.
- Oh tu não me digas Ricciardo, não notei nem nada.
Daniel riu, deve ter sido realmente um grande susto para a jovem.
- Ao que parece os nossos planos para o resto do dia foram arruinados.
- Do que estas a falar? Não sabes fazer planos no interior de casa?
- Não era de todo essa a minha ideia…
- Que bom, então considera-me a nova realizadora de atividades deste dia.
Tini levantou-se e foi em direção a cozinha, sentia-se um pouco estranha por estar a mexer em coisas que não eram dela, mas a culpa era de Daniel e se alguém pergunta-se ela ia dizer isso mesmo.
Apos uns vinte minutos a cantora encontrou uma pipocas para fazer no micro-ondas e enquanto as meteu a fazer encheu um jarro com sumo de laranja e levou até a sala, Daniel estava com ar de confuso a olhar para Tini que por outro lado parecia alegre.
Por fim trouxe as pipocas.
- Ricciardo, porque é que ainda não escolheste um filme? Ou serie?
- Era suposto fazer isso?
- És mesmo um incompetente por amor de deus
Daniel normalmente nunca tinha tempo para series ou filmes e naquele momento estava prestes a passar o resto da manhã a ver uma serie e apaixonar-se por Tini.
Tini selecionou um filme que há muito que queria ver, mas envolvia animais e isso significava chorar no caso de algum deles morrer e ela nunca se tinha capacitada para tal coisa, até aquele momento. Com Daniel ao seu lado ela sentia que podia chorar e ser ela mesma.
O piloto ficou chocado a olhar para Tini quando ao fim de 20 minutos esta estava a chorar e a soluçar, ele percebia, um cãozinho tinha sido abandonado isso também deixa Ricciardo incomodado, mas parecia deixar Tini muito mais incomodada.
Daniel aproximou-se assim da jovem e abraçou.
- Ei, esta tudo bem, é um filme…
- Tu não tens coração!
- Que agressividade, eu tenho coração, só não me emociono tão facilmente como tu coração.
Foi assim o resto do filme Daniel abraçado a Tini na tentativa de a acalmar, quem assistia aquilo tudo era a mãe do piloto, que ao regressar a casa estranhou o Buggy estar parado a porta de casa, mas logo percebeu tudo quando entrou e viu os comprimidos de Daniel na bancada da cozinha. Ia entrar na sala, mas parou quando viu aqueles dois abraçados a ver um filme, estava contente por ver o filho bem, Daniel precisava de alguém como Tini para o ajudar na recuperação.
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