CAPÍTULO 39

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Sexta
10:16hrs

Pâmela

Eu seriamente estava precisando de um tempo pra mim, eu tava cansada de tudo, do morro principalmente.

Desembarquei em São Paulo e sorri, tava aqui pra tirar um tempo de tudo, quem sabe um dia eu voltaria.

Peguei um táxi e fui pro hotel que que tinha alugado aqui, paguei o motorista e fui entrando.

Fui direto pro meu quarto e só de ver aquela vista, me deu vontade de ficar aqui, mais e mais.

Não era nada de vista pra praia, ou algo do tipo, mas era muito bom de se ver.

Me deitei naquela cama , sentindo ela toda gostosa e sorri.

Realmente era isso que eu tava precisando e nada que uma transferência, da conta do seu ex marido, não faça nada né.

Eu sabia que isso ia fazer falta pra Beatriz, eu amava aquela garota, mas eu também sabia que o rian ia cuidar muito melhor dela, do que a mim.

Ela também ama ele, é muito apegada ao pai e tá grande pra saber que deve ficar com ele.

Eu faria de tudo pra ver a felicidade dela, tudo mesmo, e sempre fiz de tudo também.

Quando tava grávida dela, eu não tinha nada com o rian, tava morando com minha mãe e tudo.

Tava muito feliz com a gravidez , até o marido da minha mãe descobrir e dizer que não queria vagabunda dentro de casa.

Tanto que ele fez a cabeça dela e ela me colocou pra fora de casa, e minha única esperança era o rian.

Fui atrás dele e ele me colocou em uma casa, no começo eu não disse nada, mas ai veio os enjoo e ele viu algumas coisas.

Ai eu tive que contar, pensei que a reação dele ia ser a pior do mundo, por conta do tempo que eu demorei pra contar, mas ele disse que estaria ali do meu lado pra tudo.

Tanto que um mês antes dela nascer, ele me pediu em casamento, casou só pra nós, não foi de papel passado nem nada.

Aquilo foi mais pra gente, até a beatriz nascer e a gente brigar frequentemente, a conclusão foi, decidir se separar.

O motivo foi mais por ele sair quando ela dormia, ele não ficava comigo, eu literalmente perdi minha adolescência pra cuidar da minha filha e praticamente sozinha.

Toda vez que ele saía, eu ficava puta com tudo, mas nunca expressava isso, tanto que eu chorava quieta, mas ai ela acordava e eu coloca o melhor sorriso que eu tinha.

Aquilo simplesmente era uma queda pra mim, nunca que eu ia deixar ele ver a minha fraqueza.

Quando a gente se separou, eu continuava no morro, ai eu peguei ódio da cara dele,tanto que não deixei ele ver a minha filha.

Isso ela tinha uns quatro anos, ele entrou na justiça por isso e ganhou por ter um advogado competente.

Eu fiquei muito puta, de verdade mesmo, tanto que não era atoa que eu brigava com ele.

Só fui permitida ficar com ela, da sexta a noite, até o domingo, Aquilo era muito pouco.

Mas com isso eu aproveitei coisas que eu não consegui na minha adolescência, mas em nenhum momento eu deixei de estar ao lado dela, quando ela ficava doente ou algo do tipo.

Minha prioridade sempre foi e sempre será minha filha, mas eu precisava de um tempo pra saber o que fazer direito, e esse tempo é pra ser agora.

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