CAPÍTULO 46

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Segunda
10:33hrs

Um ano depois..
Pâmela

Desembarquei naquele aeroporto, acho que pela segunda vez, em toda minha vida.

Tava preparada a voltar e explicar tudo pra minha filha, era querer dela e não do pai dela.

Peguei um táxi, antes fui pro apê que eu tinha pegado aqui no Rio.

Depois que arrumei as coisas no apartamento, tomei meu banho e fui logo pro morro.

Cheguei lá sendo recebida com armas, não mudou nada mesmo.

Pâmela: quero falar com o rn -falei pra um vapor que me olhava- vamos meu filho

Ele saiu dali, pegando seu rádio e eu virei de costas.

Nesses um ano, eu tinha conseguido terminar a faculdade e me formar em medicina, consegui o que eu realmente queria.

Eu consegui um emprego em São Paulo , em um dos melhores hospitais de lá, na verdade.

Teve um momento que eu tive que gravar entrevistas e não sabia se minha filha estava me vendo, mas em todas elas, eu falei que tava morrendo de saudade.

Ouvi o vapor me chamar e ele disse que eu podia subir.

Pâmela: um de vocês pode me levar? -falei fazendo eles me olharem- faz tempo que não venho aqui, não sei como tá as coisas

- vai lá, Pereira -falou o outro rindo

O homem alto, sem camisa, apareceu na minha frente e eu olhei pro seu corpo, que tinha umas tatuagens expostas.

Ele subiu em cima da moto e eu subi logo atrás, segurando minha bolsa.

Ele foi seguindo e parou na casa, deduzi ser do rian, era meio grande e diferente, uma decoração que eu tenho dúvidas se foi ele que fez mesmo.

Pâmela: obrigada -murmurei-

Ele saiu com a moto, sem falar nada, mal educado esses homens.

Bati na porta e depois de um tempinho, ela foi aberta por uma mulher, ela tinha uma barrigona e era muito bonita.

- oi, posso ajudar? -falou sorrindo.

Pâmela: vim falar com o rn -falei fazendo careta- ele mora aqui?

- sim, você deve ser a pessoa que falaram do rádio -falou e eu assenti- pode entrar, eu que pedi pra você subir, rn já tá chegando

Entrei naquela casa, que realmente era linda por dentro, muito linda mesmo.

Tava toda mobiliada, os móveis combinava com a cor da parede e isso deixava ela mais linda.

Vi uma gritaria e logo duas crianças na sala, uma delas a beatriz, que nem me viu, só tava atenta em pegar a outra pequena.

Bea: volta aninha -falou correndo e parou quando esbarrou em mim- desculpa

Ela me olhou e abriu a boca, ela tentava falar alguma coisa, enquanto analisava meu rosto.

Bea: mãe? -falou espantada e eu sorri- é você mesmo?

Pâmela: oi minha pequena -falei me abaixando, ficando na sua altura- como você tá linda, meu amor

Ela me agarrou, parecia que era como se eu fosse sumir se ela não fizesse isso, segurei ela com força, matando toda a saudade que eu senti.

Eu tava muito feliz, feliz por ela ainda se lembrar de mim, isso foi a minha maior preocupação, nesse um ano.

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