Sexta
12:24hrsPâmela
Flashback on
Coloquei ela deitada no berço, depois de quase horas, tentando colocar ela pra dormir.
Quando a coloquei deitada, senti um perfume masculino forte e ouvi a porta do banheiro ser aberta, olhei em sua direção, vendo o rian sair todo arrumado.
Pâmela: pra onde você vai? -falei baixo- ela acabou de dormir rian,e você já vai sair de novo?
Rian: os cara me chamou pra uma resenha -falou colocando o relógio no pulso- eu juro que volto cedo, aí você vai poder sair pra onde você quiser nesse final de semana
Ele veio me beijar, mas eu virei o rosto, sentindo sua boca na minha bochecha, ele ficou me encarando e eu empurrei ele.
Pâmela: desaparece da minha frente, antes que eu sinta mais ódio de você -falei e ele saiu batendo a porta.
Ouvi o choro da minha filha e minha vontade de ir lá, dar um soco na cara dele, só aumentou mais.
Peguei ela no colo, a balançando, tentando fazer com que ela deixasse de chorar, o que foi em vão.
[...]
Tava mexendo no celular, quando ouvi um barulho na porta lá em baixo e algo quebrando em seguida.
Me levantei, antes de ir, olhei pra Beatriz que dormia calma e desci lá pra baixo.
Vi o rian deitado no sofá, dormindo e o jarro quebrado no chão.
Pâmela: minha vontade , é de ir embora e deixar você aqui sozinho -falei dando um tapa na cara deld- acorda mano
Rian: me deixa dormir , Pâmela -falou e eu revirei os olhos-
Pâmela: pra que você entrou pra esse tráfico? -falei empurrando ele, pra ficar sentado- depois que você entrou, tudo piorou rian, você não tá vendo caralho, arrumar um emprego digno é muito melhor, quando ela tinhas 5 meses ou mais, eu vou arrumar um emprego, sai disso rian
Rian: para de falar merda -falou embolado- eu tô nessa pra dar um futuro bom pra gente, você tem que entender isso, eu quero o melhor pra nós três
Pâmela: você quer o melhor pra você, isso que você quer -falei saindo da sala.
Peguei as coisas e Limpei o que tinha quebrado, ele ficou olhando pra cada movimento meu.
Cara, tava sendo um inferno tudo isso, uma filha que nem fez um mês direito, sinceramente não dava.
Primeira oportunidade de ir embora daqui, eu iria, eu iria levar ela comigo também, nem que seja a última coisa que eu faça.
Terminei de limpar as coisas e deixei ele na sala, não tenho cabeça pra aturar gente bêbada, que não tem a capacidade de ficar em casa ajudando a mulher.
Fui pro quarto, trancando a porta e me deitei, apaguei a luz, mas eu sempre deixava a do banheiro ligada.
Me deitei na cama, me cobrindo, com mil pensamentos na cabeça, minha vontade era de ir embora e começar tudo sozinha, com minha filha.
Sem marido, sem mãe, sem ninguém, só eu e a Beatriz, era essa a minha vontade e era isso que eu ia fazer, ia lutar pra dar tudo que ela merece.
Nem que eu tenha que matar alguém, se a minha filha estiver segura, isso que vai importar.
Flashback off
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Pâmela Arruda, 22 anos
@adanielasanttos