Capítulo 3: Nova de mais para viver

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Capítulo 3: Nova de mais para viver

Você já pensou, quando é tarde de mais para tentar alguma coisa? Seja ela, grande ou pequena?
Já imaginou o peso de ser taxada de nova de mais para viver? Bem, este são um dos rótulos impostos em mim. O rótulo é uma generalização da minha mentalidade comparada com estereótipos de vários outros jovens, não tendo necessariamente a mesma classe social ou ao menos uma vivência parecida com a minha.
Como pessoa, me sinto ofendida por ser comparada, mas aliás, quem não? Ser taxada de algo que muitos nem mesmo sabem e ser criticada por sonhar desde cedo?
Vou ser sincera, não machuca tanto quanto deveria.

Aos poucos estou aprendendo que isso é bom, enquanto muitos estão me ofendendo e debatendo o quão estou nervosa por não saber "navegar" no mar que eu quero embarcar, eu estou construindo um submarino.

Acho que o meu problema com essas pessoas são um único: Eu não endeuso tudo o que elas falam.
Sim, eu não vou morrer se você me ofender meu bem, a minha vida não gira em torna da sua ofensa, então pare de interpretar de maneira errônea minhas palavras e comece a rever suas ações, porque ninguém é obrigado à seguir a risca todas as suas instruções e nem se ofender com tudo o que você fala, então basicamente, pare de agir como uma criança que você me acusa ser e trate de ser uma adulto.
Por ser jovem eu sou subestimada, por não endeusar humanos, eu sou imbecilizada.
Talvez, seja apenas avidez, porém, não posso me dar o luxo de julgar como isso.
É bom que as pessoas me achem imbecil, acho que eu funciona ao contrário, toda vez que alguém tenta pisar em mim, eu aumento meu ego, com tanto que eu não o deixe me engoli, então está tudo bem.
A questão é que eu conheço como funcionam as pessoas, elas sempre vem com esse papo de "se ofender" quando você discorda delas, passe a vida inteira concordando com idiotas e você será chamado de gênio.
Eu sei aonde piso e aonde vou pisar, quando relato isso aos outros, acham que sou prepotente e arrogante. Na realidade, só por ter amor próprio me chamaram de narcisista( É sério, isso realmente ocorreu).
Só porque sou nova, não quer dizer que eu tenho um buraco no lugar do cérebro. Só porque não faço o que a maioria faz, não quer dizer que meu caminho seja estúpida.
Ultimamente falaram pra eu não culpar ninguém pelos meus resultados e realmente não vou culpar, não vou culpar pelas minhas vitórias, nem por minhas conquistas, nem pelos meus impérios. Porque eles acham que eu vou fracassar e se dependesse desse povo, ninguém seria nada na vida.
O fator de ter que "aturar" certos comentários me faz na humanidade como um todo. O que leva uma pessoa à ser cruel com outra? O que leva uma pessoa ter preconceito com o próximo? O que leva um ser humano ser desumano com sua própria espécie?
As respostas dessas perguntas estão espalhadas por várias ciências, tudo o que eu falar que acho que seja, é puro achismo. Um dia teria a resposta conclusiva para cada um delas, mas hoje, permaneço em silêncio para o melhor da minha integridade.
O ego e a arrogância, são sentimentos que me fazem questionar o quão longe vai longe uma pessoa, nem é preciso uma fortuna tão imensa ou conhecimento exuberante, é só preciso ter um pouco de poder.
Sim, mas o que seria este "poder"? O poder que eu falo é a liberdade de fazer algo que não é normalmente permitido, vamos dizer, por exemplo na realidade, no mundo real em que todos vivemos.
A internet é o espelho do conhecimento, mas que infelizmente reflete a ignorância de nosso povo e raça. Somos humanos, muitas vezes idiotas, muitas vezes hostis, muitas vezes inquietos por mudar e pisar naquilo que não nos deixa contente, com este poder de se expressar, as pessoas não medem palavras por dois motivos: Eles não escutam o choro de quem ofendeu e nem levam uma tapa de quem se sentiu ofendido.

Meu dever por ser nova, é observar todos os erros cometidos à minha volta e não cometer o mesmo, não ser intolerante sobre meus iguais, não ser arrogante ou prepotente, não acreditar no "pisar no outro" para ser alguém. Enquanto muitos perdem tempo tentando me humilhar e me rebaixar, por erros que nem são erros, eu aprendo à não ser como eles, à não ser alguém que julga e maltrata o diferente.
O diferente nem sempre é o melhor, eu sou à favor da liberdade de expressão e também na democracia, sim, eles tem direito de falar o que quiserem, porém, eles também tem deveres perante o estado quando a liberdade "deles" impede ou interefe na minha, me causando mal-esta, me agredindo ou me ofendendo.
Ser acusada de ser nova de mais para viver, não é nem mesmo uma ofensa, pois é apenas ignorância pura. Como alguém pode-lhe dizer que você é alto ou baixo, é gordo ou magro, é estúpido ou esperto? Quando essas coisas por muitas vezes nem te definem, sendo assim, alguém me dizer que sou nova de mais e pôr um rótulo de ingênua e estúpida, só reflete sua opinião e mentalidade do mundo à fora.
Eu até mencionei que não tinha a reposta concreta para algumas perguntas, mas posso dar o meu depoimento de coisas que aconteceram comigo, além do mais este é um livro sobre mim e sobre minha vida.
Escrever o livro sobre minha vida( a vida de alguém sem nome algum), foi uma escolha interessante, há possibilidade real de ser julgada e ser ignorada aqui, mas eu passei por cima disso e decidi escreve-lo.

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