I know who you pretend I am

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Por essa vocês não esperavam né? Pois é, nem eu.
Essa oneshot não estava nos planos, mas acabei ficando carente dos dois e meu amigo Bochi me deu uma ideia brilhante (Bochi, te agradeço por ser minha Musa rs).

E, ah sim, a musiquinha da fanfic é "Washing Machine Heart" da Mitski!
Já aviso que essa fanfic está 100% hot, portanto... avisinho para cenas descritivas intensas!

Boa leitura!



Why not me.


Academia de Piltover.

10 A.M.


Senti a doçura do vento por inteiro. O recebi com triunfo.

Eu inspirava e expirava procurando apaziguar a balbúrdia que já havia subido morada nos pensamentos.

Em questão de três meses, todo o meu ceticismo virou às avessas. Girou em calcanhares e ainda zombou da minha face.

Em um seis, tudo o que eu acreditava ser impossível, tornou-se tão singelo e mágico que parecia brincadeira de criança.

Em um ano, soube traduzir uma esfíngica sensação apontada já na primeira troca de olhares. E mesmo com o ímpeto do cientista que habita dentro de mim, esse enigma eu não queria ter decifrado.

Mais uma vez, me pego hipnotizado pelos dirigíveis circundando Piltover. A fantasia do seu sorriso, dos seus ombros que protegem e mãos que acolhem, eram flash frequentes no intervalo de trabalho. Balanço a cabeça acreditando que tudo aquilo iria embora com o chacoalhar. Permito que a muleta seja o meu senso de realidade e indique o meu rumo de volta ao laboratório. Hoje e sempre.

Fantasias nunca levaram a nada, Viktor.

De volta ao meu habitat natural, o encontro lá, coisa que me surpreende. Após o Hextec ter se tornado notório, Jayce não trabalhava mais o tempo todo no laboratório. Piltover sempre precisava do seu... garoto de ouro.


— Jayce.

— Viktor, estava te procurando!

— Tirei uns minutos. Dor de cabeça. — justifico, guiando-me até minha cadeira de trabalho. Tornava-se cada vez mais difícil olhá-lo nos olhos por muito tempo. Que diabos.

— Tem trabalhado muito. Agora que nossos projetos estão passando por processo de aprovação, não precisa ficar tanto tempo no laboratório, parceiro. — eu sabia o que seria seguido desse comentário e apenas permito o tempo passar. Sua mão aperta meu ombro e seu rosto quase encaixa em meu pescoço. Mesmo premeditado, sinto meu joelho fraquejar sutilmente com a proximidade.

— Bem, é uma distração.

— Precisa desatrelar diversão de trabalho, Vik. Você já chegou a conhecer o porto depois da reforma?

— Creio que... não.

— Qualquer dia te levo. Você vai ficar maluco quando ver a praticidade que nosso hextec deu aos portuários. — apesar de não vê-lo mais com a mesma frequência do começo,ouvi-lo falar "nosso hextec" passava um conforto que parecia dizer: ainda compartilhamos isto. Me rendi em lhe dar um curto sorriso, logo abaixando o olhar. Apesar do entusiasmo de Jayce, eu tinha consciência de que aquele era o seu modo de demonstrar que estava por perto. Não significava que ele nutria algo por mim. Esse era um tipo de esperança fundamentada em ilusões.

Why not me | JayvikOnde histórias criam vida. Descubra agora