Cap 5

0 0 0
                                    

Peguei um atalho até o ônibus que chega bem perto do grande muro, estou indo para praia para encontrar uma amiga. Ela é virginiana, uma ótima informante dos acontecidos no mundo a fora, Ellen.

Eu vou na frente e arrumo um canto para nós (o meu preferido é atrás do avião caindo) ela sempre chega atrasada montada em cima uma moto que ela ganhou do namorado Aquariano.
- Oooooi lindaaa! - ela diz ao chegar.
- Ooi amiga, quanto tempo. - digo.
Ela desabafou sobre a internação de seu namorado. Ele pegou uma infecção chamada de "Estercifo" é uma bactéria que come a carne, disse que o tratamento é horrível e ele pode perder um dos membros superiores, caso o governo não ajude no tratamento.
Falou das notícias ainda não reveladas para a população sobre uma invasão da Russia nos EUA, ela disse que a Rússia não consegue produzir verduras e grãos para o consumo por conta do frio extremo, e mandou um comunicado aos Estados Unidos afirmando que querem parte da produção americana.
(Depois da guerra os paises combinaram que se não esquecessem suas diferenças o planeta iria morrer, então "Não há mais nada entre a Russia e os EUA")
Ela contou que o Brasil e o Japão estavam enviando cargas marítimas para suprir, pois o presidente dos EUA não iria ceder a ameaça. - Estamos rezando para que essa carga não se contamine no mar. Disse o Comandante Taucogs Aren, ariano das forças armadas.
Ela disse também que na Austrália dois homens haviam se matado, comendo a carne um do outro..
Eles foram capturados antes que terminassem de se devorar - "Seus olhos estavam pretos e esburacados com veias verdes e uma gosma amarela saindo pela boca"
O Guisthern presidente da facção Geminiana Autraliana disse na reunião que "Não é um ataque zumbi, esses homens foram expostos a algum tipo de doença não estudada, perderam a visão, ficaram com muita fome, e devoraram a carne mole e podre de seus corpos"
Eu fiquei pasma!
Imaginar mais uma guerra, ou ataque zumbi. Eu sinceramente não sei o que é pior.

No final da tarde nos organizamos para ir embora, eu pretendo passar na casa de um amigo. Julio é um Neider, eu o conheci na fila para registro ele chegou a ser registrado porém na hora de ir ele saiu pela janela do onibus e fugiu. Eu vi os guardas correndo atrás dele mas se cansaram quando ele pego uma bicicleta toda torta e sumiu, antes da sua grande fuga, fizemos uma amizade, ele me contou que iria fugir e prometeu que me encontraria, foi ele quem me apresentou a esse lugar. Bebemos chá com os amigos dele a tarde toda, quando me dei conta do horário me despedi e fui para casa, Júlio mora em um motel abandonado.

Chegando perto da minha rua percebo uma movimentação, faixas de contenção por todo lado, alguns vizinhos estão do lado de fora de suas casa conversando.
Todos olham pra mim com uma cara de pena e então eu começo a correr..
Quando eu chego na frente de casa vejo a porta toda quebrada. Entrei de vagar ainda processado o que estava acontecendo, vejo sangue em cima da mesinha de centro, seco pelas beiradas, respingos de sangue nas paredes, a cortina esta voando com a brisa que entra pelos buracos no vidro quebrado da janela.
Meu coração está acelerado, cadê o Jhonny? eu o deixei tomando conta da casa.. - Corro escada a cima em disparada pelos corredores abrindo as portas da casa, gritando por Jhonny. Paro derrepente e minha cabeça doi.. não consigo respirar, minha garganta está fechada.. não estou pensando direito.
A porta do banheiro abre e vejo Bianca vir correndo em minha direção com um saco de salgadinho e uma arma na mão.
- Le - ela diz ao me abraçar com um olhar esperançoso.
Bianca me puxa para o quarto revirando meu guarda roupa.
- Onde estão as mochilas? malas? pega todas! - ela diz gritando.
- Estão no baú - eu respondo sem entender.
- Faz as malas Letícia, temos que fugir! só o necessário, roupas suas e roupas de cama. - ela diz ao jogar as malas em cima da cama.
Então ela vai até o banheiro pegar as bolsas dela e logo depois corre até a cozinha e enche uma bolsa com todas a comida que tenho.

- Po.. pode me explicar o que houve? - pergunto nervosa.
- Claro.. - ela responde enquanto corre pra lá e pra cá. - Mataram Dauria e Magda Le, um dia após você sair eu vi Dauria no café conversado com uma jornalista. Eu fiquei ouvindo e elas estavam planejando públicar uma matéria sobre Victor.
- Ela disse pra mim que ia parar. - retruco.
- Quando a jornalista saiu puxei Dauria para um canto e perguntei o que estava acontecendo, e então ela me contou que havia descobrido o por que da morte de Victor e que iria públicar e honrar a morte de seu filho. Eu pedi para que ela deixasse para la, e então ela jogou meu café no chão e saiu da cafeteira furiosa. Alguns dias depois, eu estava no vestiário e escutei duas agentes do serviço secreto fofocando, elas achavam que estavam sozinhas é claro, falavam sobre a morte de uma detetive. Eu continuei ouvindo e elas falarem o nome de Dauria, lembrei de você - Diz Bianca ao descer com as malas.
- Ai meu Deus - eu digo angústiada.
- Procurei sobre o caso e achei uma papelada em cima da mesa do sargento, duas pastas uma escrita Dauria Aris e a outra Magda Eris com a palavra Morta em vermelho bem grande. Eu acho que estavam vigiando Dauria, acho que a jornalista as entregou. - Bianca supõe.
- É, eu também acho. - retruco
- Eu fui acordada de madruga pela minha colega de quarto, estávamos indo atrás de uma suspeita. Achei estranho oito guardas para prender uma pessoa, foi aí que percebi que não era uma prisão e sim uma execução, e o alvo era você.

Qual é o seu signo? Onde histórias criam vida. Descubra agora