Envenenamento por Submissão

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Bard ofegou, sua voz queria sair e ela conseguiu quando separou os lábios, deixando um gemido no ar.

Sua mente está escura, totalmente nublada e seus olhos não abrem.

Os dedos dos pés se contorciam, sua voz querendo sair mais do que devia, porém dessa vez ele segurou, se abrisse a boca acreditava que poderia gritar e delatar seus companheiros, mas não o faria, foi treinado e educado a aguentar... mera tortura não chegava nem perto do temor que sentira no meio do campo.

Thranduil acordou por acaso, os olhos abrindo lentamente sem sofrer reação do álcool, ele não havia ficado bêbado.

O que o incomodou foi a movimentação ao seu lado da cama, ele estava de costas para o outro homem, tentou ignorar, mas quando ouviu aquele som, sua curiosidade tomou conta.

O gemido foi harmonioso, quase uma canção sensual pelo tom leve, o loiro sentiu a vibração deslizar por sua espinha.

Ele deitou de costas na cama, seu rosto virando para o corpo que agora estava quieto, mas em uma posição tentadora; os braços erguidos, elevando a camisa para mostrar o abdome de um soldado treinado, o lençol que o cobria descido aos pés, deixando o luar claro revelar as pernas torneadas e quadril palpável envolto na roupa íntima apertada.

Os olhos cristalinos saboreavam a visão exuberante, a pele agredida do passado estranhamente parecia brilhar com a iluminação vinda da enorme janela, e as sombras do corpo tornavam aquilo tudo encantador. Como uma representação luxuriosa de um homem que sofreu muito.

Thran havia se acalmado da excitação, mas a cena o fazia acordar.

Tentação era o que impregnava os sentidos de Thranduil, ele sempre conseguiu resistir a ela, mas hoje... foi extremamente difícil, desde o começo cogitava, por um mero momento cedeu, mas sua razão e o outro homem o fez se estabilizar.

Bard não estava mais à beira da cama, talvez por se movimentar tanto acabou mais perto do loiro, seus corpos separados apenas por um antebraço de distância, agora sendo ainda mais curta quando Thranduil virou o corpo para o moreno.

"Não-Aah!"

E novamente ele gemeu com leveza, o som sumiu gradativamente pela sala... e o corpo se remexeu em desconforto pelo sonho profundo.

Thranduil estava curioso, deveria dormir, mas o moreno totalmente sensual era mais interessante no momento.

"Bard?"

Chamou, mas a única resposta foi um movimento corporal, mudando minimamente a posição: uma das mãos descendo para pousar sobre a barriga exposta.

Thranduil sorriu travesso, seu braço indo sustentar a própria cabeça para olhar melhor o outro, enquanto seus dedos subiram cautelosamente até deslizar pelas costas da mão do homem adormecido, esse que suspirou baixo e virou rosto de cenho franzido, mas que relaxou quando o toque na pele quedou.

O loiro queria apenas brincar, mas seu instinto perverso não o largava naquele momento, o fazendo notar a boxer branca que guardava uma atraente intimidade.

Seus olhos se comprimiram em luxúria, os dedos estáticos tão próximos da roupa íntima, chamando de maneira tentadora o toque do loiro, esse que deslizou a mão fria até descer na pele quente da barriga firme do homem.

Com um gemido baixo Bard se moveu, o que surpreendeu Thranduil, esse que agora tinha o corpo do homem de costas para si.

O pior de tudo era que com a mudança de posição Thranduil tinha uma formosa traseira contra sua virilha.