Quatro

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- Obrigado - agradeço a atendente quando pego o café do senhor Leon, descobri que ele gosta de café com creme e canela, um gosto estranho e peculiar eu diria

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- Obrigado - agradeço a atendente quando pego o café do senhor Leon, descobri que ele gosta de café com creme e canela, um gosto estranho e peculiar eu diria.

O senhor Ethan está em uma viagem, Eliza foi com ele já que é a sua secretária, eu permaneci já que sou o secretário do senhor Leon.

Ele é alguém neutro, nunca sei se está feliz ou não, sério ou de brincadeira, só vejo ele sorrir por senhor Ethan, é bonita a amizade dos dois, queria ter uma amizade assim com meus irmãos, mas eles são tão preconceituosos e o gato de eu ser gay é motivo suficiente para me odiarem.

Entro no elevador e subo para o andar da presidência, caminho até minha mesa e deixo meu café sobre ela, abro a porta da sala do senhor Leon e deixo o seu sobre sua mesa, me sento e começo a organizar minhas coisas, logo ele chega.

- Bom dia Griffin - diz formalmente.

- Bom dia senhor Leon - respondo - Seu café já está na mesa como pediu.

Ele assente e entra na sala, passados alguns minutos me levanto e bato na porta, quando ele me autoriza entrar, começo a falar a agenda do dia dele, hoje nós teremos que ir em uma obra, ele vai verificar e eu vou acompanhar para casa precise anotar algo.

- Nós vamos na hora do almoço, podemos comer juntos e depois seguimos para a obra - diz e assinto.

- Com licença - falo e saio de sua sala, sento a minha mesa e começo a organizar tudo para começar a trabalhar.

O tempo vai passando e a hora do almoço chega, arrumo minhas coisas e levanto, geralmente o senhor Leon e Ethan almoçam juntos, mas quando está sozinho pede para que eu peça agora entregarem.

Bato na porta e ele pede para que eu entre.

- Com licença senhor, quer que eu peça seu almoço? - questiono.

- Sim, pede dois, assim comemos aqui e saímos direto para a obra - diz e fico surpreso - Assim também não gastamos nosso tempo tendo que sair.

- Ok - sento em minha mesa e peço para que entreguem comida aqui, quando chega pego a dele e bato na porta - Acabou de chegar senhor, onde coloco.

- Pode deixar aqui mesmo, sente aí agora comermos - diz.

- Não é necessário senhor, posso comer lá na copa - falo e dou um sorriso para ele - Com licença.

Pego minha sacola e caminho até a copa, me sento e começo a comer, logo senhor Leon chega com a sua comida em mãos.

- Vou comer aqui também - diz e senta a minha frente, olho para ele surpreso - Não gosto de comer sozinho, por isso Ethan sempre me faz companhia.

- Vocês são bem amigos né - falo distraído e ele se mexe parecendo desconfortável, será que não estão se falando?

- É... - diz mexendo na comida, o celular dele toca e vejo um sorriso em seu rosto - Alô? Oi... Amor.

Volto a comer e paro de prestar atenção na conversa dele, percebo quando ele desliga e volta a comer.

- Você ainda estuda garoto? - questiona.

- Sim, faltam dois anos para terminar a faculdade de administração - falo - Nunca achei que conseguiria.

- Por que não? - questiona parecendo curioso.

- Muitas coisas - falo - Como fato de morar sozinho desde os quinze anos e ter feito de tudo para estudar e conseguir passar para a faculdade.

Enfio comida na boca quando percebo que falei demais.

- Por que mora sozinho desde os quinze? - questiona.

- Meus pais morreram... - comprimo os lábios, de fato eles morreram para mim, não os considero meus pais.

- Sinto muito - diz tocando meu ombro, suspiro olhando para ele e engulo em seco ao perceber como um Deus grego está tão perto de mim.

A verdade é que os irmãos Vincenzzo's são dois deuses gregos e eu seria facilmente dos dois, mas dúvido que eles são gays, esteriotipei eu sei.

- Não sinta, não eram boas pessoas - me limito a falar, continuamos a comer e ele não fala nada assim como eu.

Dá a hora de sair e seguimos para uma tarde de trabalho.

∆∆∆∆∆∆

- Você não quer que eu o deixe na sua casa? - questiona - Já está noite, eu posso fazer isso.

- É longe e não é um local onde gostaria de andar - falo e ele me olha.

- Não é problema, me diz que te deixo lá - suspiro e digo a ele o endereço, ele começa a dirigir para meu bairro e vai ficando afastado da empresa, vejo seu olhar percorrer pelo local mas ele não diz nada, o carro para de frente onde moro e ele me olha - Chegamos.

- Obrigado - falo e ele assente - Até amanhã.

- Até garoto - diz acenando, saio do seu carro e vejo algumas pessoas me olhando, o carro dele sai e pego a chave para entrar no prédio.

- Benjamin! - ouço alguém chamar e me viro, arregalo os olhos vendo meu irmão, ele ri e caminha até perto de mim, olho para aver se tem saída mais vejo dois caras do meu lado - Eu estava louco para te ver maninho.

- Eu não conheço você - falo com medo e ele sorri ainda mais.

- Sou um bom irmão e vou fazer você lembrar de mim, vamos subir agora para sua casa - diz colocando a mão sobre meu ombro, sinto cheiro de maconha e bebidas alcoólicas - Nós vamos nos divertir agora.

- Vamos logo garoto - um dos caras diz, entramos e aceno para o porteiro, subimos as escadas e abro a porta, eles me empurram e caio no chão.

- Vocês acreditam que esse daí gosta de homens? - ouço a voz do meu irmão e ele parece com nojo - Quando ele se assumiu meus pais expulsaram ele e eu não tive tempo de dar meu presente, mas agora a vida me deu a oportunidade e eu acho que mereço isso né?

- Quel seu presente? - um deles questiona.

- Uma surra - respondo risonho - Meus pais não fizeram isso, acho que era o remédio para ele aprender a gostar de uma boceta.

Ele se abaixa e segura meu cabelo me fazendo olhar para seu rosto.

- Não é irmãozinho - diz sorrindo perverso - Você era meu irmão preferido, pena que é uma bichinha e gosta de tomar pau.

- O que vai fazer? - questiono tentando não chorar, eu não sou muito bom em controlar minhas emoções, tudo que queria agora era uma chupeta e meu ursinho - Me deixe em paz por favor.

- Não - diz antes de se afastar.

Então sinto um chute em meu estômago que são seguidos de outros e outros, junto com socos de vários pares de mãos.

Meu irmão e seus amigos me batem até que eu perca o sentido, e eu só queria saber o motivo disso.

Não há motivo plausível, eu gostar de homens é tão ruim assim que eu mereça apanhar como nem um animal merece?

Aparentemente sim.

Eu só queria um dia ser respeitado por algo que não tenho poder de escolha, se tu tivesse jamais ia escolher passar por isso.

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Doce Sabor Do PecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora