Cinco

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- Estou cansado dessa viagem, quero está aí logo - Ethan fala pela chamada de vídeo - Estou com saudades de você amor

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- Estou cansado dessa viagem, quero está aí logo - Ethan fala pela chamada de vídeo - Estou com saudades de você amor.

- Eu também estou - falo sorrindo, batem na porta dele e ele me olha comprimindo os lábios.

- Eu preciso ir, tenho um reunião agora, te mando mensagem se der tudo certo - diz - Te amo.

- Eu amo você Ethan - ele sorri e desliga, fecho o notebook e me levanto, tomo um copo de água na cozinha e caminho até meu quarto, me jogo na cama e cubro meu corpo sentindo o cheiro de Ethan nos lençóis.

Sorrio ao lembrar dele e seu delicioso perfume, suspiro quando minha mente alerta sobre o que fazemos.

Deixo ela vagar pelas memórias do passado, no meu eu de dezessete anos, nerd cujo único amigo era o irmão mais novo.

Ethan sempre foi mais aberto as pessoas, gostava de sair, ir a festas e se divertir, eu preferia ficar em casa lendo gibis e assistindo filmes de super heróis.

Talvez minha mente fosse doente o suficiente, mas eu comecei a amar o Ethan em segredo.

Até um dia onde ele me convenceu a beber junto dele, lembro que estávamos na nossa casa na árvore, gostávamos de ir para lá jogar vídeo game sem a intervenção dos nossos pais, eu bebi e acabei beijando ele que retribuiu, as coisas saíram do controle por estarmos os dois bêbados, eu me afastei dele por um tempo, mas logo depois descobri que era recíproco e começamos a ficar escondidos da nossa família.

Achei que tinha contaminado meu irmão e de certa forma fiz isso.

Ethan diz que não, diz que me ama de verdade, mas algo em mim sempre fala que é só por um momento, um dia ele vai acordar e descobrir que não podemos ficar juntos de verdade e eu sofrerei muito com isso.

Suspiro não querendo pensar nisso agora, já não basta saber que estou condenado ao inferno, não quero pensar em como vou focar quando Ethan decidir amar alguém que não arraste ele junto consigo.

∆∆∆∆∆∆

Saio do elevador e caminho até minha sala, não vejo o garoto sentado na mesa, talvez tenha saído para resolver algo.

Dou de ombros e passo direto para minha sala, me então e começo a arrumar tudo para trabalhar.

Olho no relógio e vejo que já tem dez minutos que cheguei e até agora ninguém veio dizer minha agenda do dia.

Aperto o botão do ramal e nada, me levanto e não vejo ele na sua mesa, ela parece nem ter sido mexida hoje.

Volto para minha mesa e suspiro irritado, odeio atrasos, ainda mais sem aviso.

Pego meu celular e ligo para ele, a ligação cai direto na caixa postal, bufo irritado e entro no sistema da empresa vendo o que preciso fazer hoje.

As horas vai passando e nada do garoto chegar, começo a ficar irritado com isso, por que esse caralho não liga avisando?

Suspiro e continuo a trabalhar, tento ligar mais uma vez e nada, aproveito meu horário de almoço e saio da empresa, dirijo até o local que fui deixar ele ontem.

Odeio esse tipo de comportamento vindo de um funcionário, ele estava indo tão bem no trabalho, por isso darei um voto de confiança.

Ao chegar no bairro percebo alguns olhares curiosos e outros medrosos em direção ao meu carro.

Paro de frente ao prédio e saio do carro, bato a porta e travo o carro, entro no prédio de procedência duvidosa e caminho até o porteiro.

- Boa tarde - falo.

- Boa tarde senhor - diz educado.

- Um garoto chamado Benjamin Griffin mora aqui, ele está em casa hoje? - questiono.

- Desculpe senhor, eu não posso dar nomes dos moradores - diz e faz sentido.

- Eu sou o patrão dele, ele não compareceu hoje, é um bom garoto, trabalha bem, fiquei preocupado - falo e ele me olha.

- Um minuto - diz e aperta em um interfone - Ele não saiu hoje de casa, recebeu alguns amigos ontem e deve ter bebido.

- Entendo, será que posso subir? - ele me olha e entendo o que quer, abro a carteira e pego uma nota de cem colocando em sua mão.

- Apartamento vinte e quatro no segundo andar - diz.

Começo a caminhar para as escadas e subo os lances até o segundo andar, vou olha do os números e vejo o vinte e quatro, bato na porta e não obtenho resposta, bato mais uma vez e nada.

Olho para os lados e não vejo câmera ou alguém no corredor, penso em voltar e ir embora, mas algo me faz ter vontade de abrir aquela porta.

Respiro fundo e me afasto da porta, coloco o peso em meu ombro e bato contra a porta fazendo ela abrir facilmente.

Tateio a parede e acendo a luz, olho pro chão vendo coisas quebradas, caminho um pouco e vejo um corpo encolhido em posição fetal.

- Benjamin? - chamo e me abaixo virando o corpo, vejo seu rosto coberto de sangue e hematomas - O que aconteceu?

Ele não responde, só geme baixinho como se tivesse com muita dor, e de fato deve estar devido ao estamos do seu corpo.

- Vou levá-lo ao hospital - falo e pego ele no colo com todo cuidado.

Saio do local e caminho até meu carro, coloco ele no banco detrás do carro e começo a dirigir em direção ao hospital.

Ouço ele soluçar e gemer de dor, faço uma careta ao olhar o estado do seu rosto seja o que for alguém queria matar esse garoto.

Suspiro pensando que talvez ele deva a algum traficante ou coisa do tipo, comprimo os lábios e decido pensar no que fazer depois, acho que agora o importante é levá-lo ao hospital, não importa se foi isso ou não.

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Doce Sabor Do PecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora