⚜️Those who do not bow have suffered⚜️

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Você leva mais alguns segundos para voltar seu foco para a linha de raciocínio que você estava traçando na sua cabeça, e vai até a mesma mais próximas e começa a direcionar uma série de perguntas que pareciam banais e sem sentido para aquela hora, como hábitos e locais aonde o solo era mais limpo e se ele controlava os barcos cargueiros que carregavam carros novos e mais coisas aleatórias.

- Eu quero entender no que esse tanto de pergunta idiota vai ajudar ? - Thomas pergunta acendendo uma cigarro.
- Essas perguntava vão ajudar a achar meu filho - Você fala e abre um mapa de Birmingham e pega uma caneta e fica batendo a ponta na mesa enquanto você alinhava as respostas aos locais antes de por no papel.
- Nos estamos rodando Birmingham toda, a noite toda, para você achar que riscar um mapa vai ajudar a achar ela Charlie - John fala se apoiando numa cadeira a frente da mesa que você estava, não tinha muito tempo que ele tinha chegado e só observava.
- Não subestime uma mãe desesperada - Polly fala vendo que você tinha acabado de maquinar o trajeto e circula um lugar no mapa.
- Isso é maluquice - Tommy fala quando olha o ponto a onde você tinha marcado - Eles não levariam Charlie para um lugar tão fácil de achar
- É essa a questão Thomas, é perfeito porque vocês não pensariam nisso, para você seria muito fácil, e não passaria na sua cabeça - Você fala e vai até a pensa da Polly e pega a arma dela conferindo se está carregada e vai até a gaveta e pega balas. - Mais eu não vou perder tempo de explicar algo tão óbvio assim.
- Conta como você chegou nesse ideia, não podemos atacar assim - Arthur fala tampando a sua passagem.

Você suspira e volta a mesa e abre o mapa, e aponta para 5 pontos diferentes, pontos esse que você trançou fazendo perguntas para Thomas, já que enquanto você estava no carro, você observara tudo a sua volta, até o tanto de sujeira nas rodas do carro do homem com quem você falou, além de ter um carro impecavelmente limpo, o nome vestia uma roupa escura, mais no colarinho tinha uma parte branca, o que fez você perceber, você estava tratando de negócios com um padres ou um homem devoto, mais o ponto alto nos detalhes depois das roupas do homem, era o cheiro que tinha no homem, nos capangas e no carro, o cheiro era uma mistura de vela, lírios frescos, e dama da noite, e o único lugar da cidade que tinha ambas as coisas tinham em abundância além de ter as ruas limpas era no convento. Aonde era fácil esconder segredos mas paredes e até mesmo lavar dinheiro.

- A propósito, não se preocupem em atacar o lugar errado, vocês não vão - Você fala levantando da cadeira que tinha sentado para explicar.
- Você está completamente desequilibrada não é? - Tommy diz e apaga o cigarro, a calma dele naquele momento estava te irritando.
- Essas são mesmo as últimas palavras que você tem pra mim? Porque depois que eu tirar Charlie de lá, nos vamos embora. - Você diz olhando pra ele que vira de costas indo pro outro lado da sala.
- Você enlouqueceu Tommy? - John fala indo atrás dele - Você não pode deixar a companhia agora.
- Eu não vou a lugar nenhum, ela vai - Ele diz e aponta para você com desdém, como se não fosse sério.
- Vocês dois estão desequilibrados, e vão ter muito para conversar quando essa poeira toda abaixar - Polly fala depois de levantar e ficar no meio de vocês que se encaravam freneticamente, com raiva no olhar.
- Me leva para o convento - Você da a ordem para um dos homens de Thomas que tinha chegado para dizer que um carro estranho tinha sido visto na direção do convento e você pisca pra os três irmãos Shelby desdenhando igual Tommy tinha feito com você.

Não era nem preciso dizer que os rapazes entraram em seus carros e foram atrás de você, só que como já era previsto, e você sabia disso, eles não conseguiram entrar sem usar a força, e usar força chamaram muito mais atenção, do que apenas entrar, como você faria, já que o convento formava as noviças, então a entrada de homens só era permitido pelo padre que cuidava ou da madre, e a única entrada de acesso livre era das mulheres para essa igreja existia ali, ou ir ofertar aulas e dar doações.
E para a sua sorte, e descuido do padre, você sempre fez doações e era ativa nas atividades do convento, então tinha passe livre lá dentro, e esse passe fez com que não demorasse para que achasse o homem com quem conversou mais cedo.

- Eu disse que mulheres não sabiam fazer negócios, e olha só quem veio até mim novamente, o que você veio fazer aqui? Veio me pedir pra repetir o que eu quero do seu marido? - O padre diz rindo.
- Vamos pular esse discurso sexista, a me diz aonde está meu filho - Você fala e aponta uma arma para ele.
- Esse é o problema das mulheres, sempre emotivas - Ele diz vendo você tremer de raiva, e seus olhos brilharem com as lágrimas que você não deixaria cair, Mesmo que fossem se raiva - Seu marido não deveria deixar você brincar com as coisas dele.
Você engatilha a arma e vê o mesmo estremecer com medo, ele achava que você estava blefando, e você não estava, Por Charlie você mataria com suas mãos.
- Ajoelha - Você fala e ele tenha debochar de você e você atira na parede e pega de raspão na ponta da orelha dele e o mesmo se ajoelha - Sexo frágil não é?

Tommy não estava errado quando disse que você estava descontrolada, você realmente estava,ninguém mexeria com seu filho e sairia impune, e ver o homem tremer de medo enquanto estava de joelhos na sua frente depois de dizer que uma mulher não sabia fazer o papel de um homem quando se trata de negociar ou até mesmo de matar alguém, tinha mexido não só com seu ego, mais também com algo dentro de você que já não estava com juízo perfeito.
Você gargalhava de forma sádica enquanto apontava a arma para a cabeça do mais velho ali, na sua frente, ele orava a Deus, e pedia por falência, e pedia desculpa pelo que havia dito a você, ele queria uma brecha e você não daria a ele, antes de atirar no homem, você fez o mesmo sofrer, atirou no membro dele, deixando que ele sofresse com a dor do tiro por alguns minutos, antes de finalmente ser salvo com um tiro na cabeça, e esse tiro que você havia dado nele, foi como tirar parte da sua tenção com a mão, seu corpo estava parcialmente leve, e o juízo já voltava tomar frente no seu cérebro.
Agora você precisava achar Charlie e precisava se acalmar também você olhou na mesa e viu uma carteira de cigarros, e pegou a mesma e acendeu um, você precisava se acalmar e enxergar qualquer detalhe que fosse levar até seu filho dentro daquele convento imenso, e mesmo se não achasse ele você iria procurar nem que tivesse que tirar tijolo por tijolo daquele lugar.
Você olha para o corpo no chão e para barra do seu vestido completamente suja dos respingos do sangue daquele verme que você havia matado, novamente você respira mais fundo que pode, e olha novamente em volta, e rapidamente os seus olhos afiados acham uma porta, quase invisível e semi aberta, parecia que atrás da porta era tranquilo, mas uma coisa que incomodava você, era o silêncio que vinha dela, era imenso, e isso te assustava, mas ao mesmo tempo uma parte de você sabia que não havia nada de errado, por mais burro que o homem fosse, ele não machucaria a única vantagem que ele tinha sobre seu marido, afinal ele queria o negócio mais importante do momento e Tommy tinha, e daria de mão beijada para ter um filho em casa novamente sem nenhum arranhão.
Antes de entrar pela segunda vez você olha para o corpo e o seu último momento de insanidade você abaixa e diz sobre o que resta do homem.
- Os que não se curvarem sofreram.

Você quase corre para até a porta na qual você tinha descoberto, assim que você adentra, você vê um pequeno quarto escondido, como se fosse um quarto do Pânico, era seguro silencioso e ninguém acharia. E lá no canto do quarto deitado na cama com o rostinho amassado depois de um soninho gostoso durante a noite, está no seu filho o seu pequeno Charlie, que provavelmente tinha acordado com o barulho do tiro,  Charlie não sabia bem o que estava acontecendo, e obviamente não precisava, mas ele estava acordado ainda preguiçoso e coçando os olhinhos, e a quilo era tudo o que você queria ver novamente e pensou que nunca mais veria.
O pequeno estende os braços para que você o pegasse no colo, só de sentir seu cheiro, abraçar você se sentir segura novamente, o pequeno logo pego no sono novamente, e você desabou em lágrimas, você balançava pequena para que ele manter esse sono enquanto sentir seu cheirinho, parecia que você tinha ficado uma eternidade longe da única coisa que importava para você.
E naquele momento tudo que você queria era que ele nunca mais saísse dali do seu colo, e suas lágrimas era um misto de coisas, elas eram de alívio, felicidade, e culpa, você deveria ter protegido ele, deveria ter ficado com seu filho, Charlie já tinha três anos, não era tão pequeno quanto um bebê de colo, você deveria ter dado mais atenção para ele durante a noite, se tivesse dado talvez não teria que passar por isso tudo.
Mas o principal motivo para aquele choro enquanto você segurava Charlie era as palavras de Tommy que rodavam em sua cabeça você lembrava do que ele havia dito.

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