Capítulo 1

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 O sol entrava por entre as cortinas brancas do quarto principal, iluminando o ambiente escuro da noite. O calor da manhã esquentava o rosto de Peter o fazendo acordar de seu sono e esfregar os olhos com os dedos a fim de afastar a preguiça e se levantar para mais um dia.
 Ele se sentou na cama e se espreguiçou dando um enorme bocejo, e procurou os cabelos loiros de seu marido no meio da bagunça de cobertores e travesseiros.
 Peter sorriu com ternura ao ver que o outro fazia bagunça mesmo dormindo.
 Ele então se lembrou da noite passada quando Wade voltou de sua missão de uma semana em algum país subdesenvolvido que o mesmo não quis contar. Ele nunca falava o destino exato para onde lhe mandavam, dizia apenas o necessário para não preocupar sua família em casa. O loiro chegou tão cansado que só conseguiu tomar um banho sonolento e quando se deitou na cama já estava dormindo.
 Por isso Peter decidiu preparar o café da manhã preferido de Wade e levar na cama pois o maior parecia exausto mesmo dormindo. Ele se levanta e vai ate o banheiro de seu quarto tomar um banho e por uma roupa confortável pois hoje era sábado e podia aproveitar o fim de semana em família e ir em algum passeio que a filha deles gostaria de ir. Recentemente a pequena descobriu uma paixão pelo espaço,  tudo que fosse sobre planetas e estrelas ela gostava, os olhos dela sempre brilhavam ao contar um fato aleatório sobre o universo.
 Peter sempre ficava impressionado em como a menina era inteligente para a idade, ela tinha acabado de fazer 6 anos e já sabia ler e escrevia com sua letra de criança que somente os professores entendiam, para sorte do pai da menina ele era um professor, ela lia livros infantis sobre as estrelas e suas constelações, ate mesmo a decoração de seu quarto era nesse tema, o teto tinha estrelas que eram vários pontinhos de luz e nas paredes um sistema solar era pintado, a garota amava seu quarto e seus pais amavam vê-la feliz.
 Dando uma ultima olhada em Wade, e confirmando que nem um terremoto acordaria o mesmo, ele sai pela porta e vai ate o quarto da frente checar a pequena Lilian. Ele abre a porta lentamente e coloca a cabeça para dentro e confirma que sua filha ainda dorme, e ironicamente a pose na cama era igual seu outro pai, fechando a porta com cuidado ele sai pelo corredor e vai até a cozinha fazer a comida.
 Enquanto preparava a massa das panquecas a água esquentava para o café forte que Wade gostava junto de ovos e bacon. Já sua filha gostava de panquecas com rostos sorridentes e mirtilos nos olhos e cabelos de rodelas de banana com um copo de leite gelado.
 Deixando a comida de Lily para ser terminada quando ela acordasse, ele pega a caneca favorita de Wade, nela estava escrita “O maior pai do mundo” que fora presente de dia dos pais e o loiro não usava nem uma outra que não seja aquela, coloca então ela sobre uma bandeja junto do bule com café e um prato com vários ovos mexidos e fatias de bacon, e três torradas, deixa tudo pronto e pega a sua própria caneca que também fora presente de dia dos pais e fazia conjunto com a de Wade, a sua dizia “A mãe mais doce do mundo”, Peter achou ela linda e os dois diziam que ela combinava muito bem com ele.
 Equilibrando a bandeja em uma mão e segurando uma tigela de salada de frutas com a outra, ele vai pelo corredor ate seu quarto, deixa a bandeja sobre o criado mudo e fecha a porta para não acordar Lily. Ele vai até o homem dormindo na sua cama e fica o admirando.
 Era incrível como mesmo depois de tantos anos casados ele ainda acha seu marido o homem mais lindo e sexy do mundo, Wade era o marido perfeito na opinião do aranha, os dois tinham uma conexão tão forte que mesmo quando estavam os dois de Homem-Aranha e Deadpool  e não se podia ver as expressões um do outro sempre sabiam o que se passava em suas cabeças, e mesmo tendo de se xingarem e as vezes alguns socos ou chutes serem necessários para passar a mesma imagem de sempre, os dois sempre sabiam que nada daquilo era verdade e o amor sempre era mais forte. Mesmo com as missões perigosas que o loiro tinha de fazer que o afastavam por dias, as vezes semanas, de casa o amor nunca diminuía e sempre que o moreno via seu marido com a filha o carinho, se fosse possível, aumentava cada vez mais.
 Dando um suspiro apaixonado Peter vai andando até a cama e se senta no colo do homem adormecido, ele se inclina para baixo e começa a dar beijos no pescoço e subia até sua orelha e sussurrou.
 — Bom dia meu amor.— Disse Peter mordendo o lóbulo da orelha de Wade, vendo o outro se arrepiado e dando um sorriso sonolento.
 — Se isso for um sonho por favor não me acorde. — diz Wade com a voz grossa de sono, ele então abre os olhos azuis para ver seu marido em cima de si, sorrindo para ele com os olhos mais lindos do mundo.
 Dando um impulso com o quadril o maior inverte a posição, pegando o mais novo de surpresa, ele fica então entre as pernas abertas de Peter e somente a visão disso é o suficiente para fazer Wade gemer baixinho, ele se abaixa e da um leve beijo nos lábios do aranha.
 — Senti sua falta todos os dias. – Sem esperar uma resposta ele ataca o menor, beijando com fome a boca do outro que respondia na mesma vontade. Era possível sentir a ereção de ambos mesmo sobre o tecido das roupas, Wade começa a mover seus quadris a fim de mais contato com o outro que o puxava cada vez mais para si com a sua força.
 Sem muita paciência o loiro se afasta um pouco e começa a retirar a calça e box de Peter que mordia os lábios em antecipação.
 Jogando a cabeça para trás e segura um gemido particularmente alto, tudo que sai de sua boca é um suspiro vacilante, o moreno agarra então os cabelos loiros de seu marido e sente as mãos grandes e calejadas do outro em suas coxas mantendo-as abertas.
 Com um grito silencioso ele vem na boca de Wade que engole tudo com gosto, sentindo falta do sabor de seu marido que agora se encontrava trêmulo na cama. Ele vai dando beijos na barriga do mesmo enquanto subia até o rosto de Peter que abre os olhos para ver o sorriso lascivo nos lábios vermelhos e inchados do mercenário.
 — Você esta cada vez melhor. — Diz ele fazendo carinho no rosto do loiro que somente sorri cheio de si mesmo.
 Wade volta beijar o menor enquanto retira sua própria box e sente seu membro latejar de antecipação, sua mão vai até a gaveta do criado mudo e acha o vidro de lubrificante, abrindo e passando em seus dedos, descendo os dedos lambuzado ele começa a preparar o outro que somente suspirava de prazer. Quando achava que era o suficiente ele se posiciona e invade o corpo quente de seu lindo marido, que se arqueava na cama e cruzava as pernas nas suas costas o prendendo dentro dele. Wade queria urrar de prazer, mas não podia fazer muito barulho então somente apertava a bunda de Peter com força o segurando no lugar, e com a outra mão dava atenção ao membro que pingava, e com mais alguns movimentos de seus quadris ele veio no interior de Peter enquanto o outro se derramava pela segunda vez no peito de ambos.
  Ele cai na cama ao lado do moreno e tenta recuperar o folego e olha para o outro que tinha uma expressão serena no rosto enquanto o suor lhe cobria, não que Wade estivesse muito diferente. Fazia mais de uma semana desde a última vez que se tocaram e a necessidade e saudade estava gritando um pelo outro, eles só não fizeram amor na outra noite pois o mercenário estava tão cansado que o Peter teve que praticamente lhe dar banho e carregar para cama. Mas ambos sabiam que a fome que tinham pelo corpo de seu conjugue não havia acabado ainda, mas por enquanto eles estavam saciados.
 — Eu fiz seu café, mas agora já deve estar frio.— Diz Peter se apoiando em um cotovelo para ver o loiro.
 — Eu não me importo de tomar café gelado se for pra ter você logo pela manha. — Wade fala puxando o rosto sorridente do outro para baixo e beija os lábios vermelhos do aranha.
 — Então vai comer agora ou quer tomar banho primeiro? — Assim que o mercenário abre a boca para falar que iria ate o banheiro, seu estomago ronca alto pedindo pela comida deliciosa.
 — Acho que isso foi resposta o suficiente. — Diz Peter pegando a bandeja e colocando entre dos dois na cama.
 Wade não espera um minuto para pegar o prato com os ovos e começar a comer e fazer barulhos de contentamento pela comida de seu marido ser tão boa, ele pega então a sua caneca e toma um gole generoso de café e sente ele lhe esquentando por dentro.
 Enquanto os dois comiam Peter ia contando como tinha sido sua semana com Lily.
 — Por incrível que pareça a cidade estava relativamente calma, então eu pude ficar mais tempo com Lily a ajudando com as tarefas de escola e corrigir vários trabalhos atrasado dos meus alunos, o que significa que eu e Lily temos o fim de semana livre. — Disse Peter entre uma garfada e outra da salada de frutas.
 — E quais os planos pra hoje? — Indagou Wade de boca cheia.
 — Bom, ela tem falado muito que quer ver o museu que tem os planetas e estrelas, e também que queria ficar o dia todo grudada em você.— Disse o moreno terminando sua comida e colocando a tigela vazia na bandeja.
 — Que tal nós irmos nesse museu agora de manhã e a tarde podemos ir até o Central Park. — Wade também já havia acabado sua refeição e agora se esticava já criando coragem para levantar da cama
  Concordando com a cabeça Peter então se levanta e puxa o outro para um banho rápido, ou o mais rápido que eles conseguem. Depois de uma sessão de amassos sob o chuveiro, os dois põem uma roupa leve para o dia ensolarado de Nova York e vão para fora do quarto.
 Enquanto o moreno leva a bandeja com louça suja para a cozinha Wade vai até o quarto de sua filha para acordá-la e eles poderem ter o dia de diversão que foi planejado. Empurrando a porta de leve o loiro vai andando lentamente até a cama da menina e se agacha na altura da criança, ele vai fazendo carinho em seus cabelos castanhos claros encaracolados que agora parecia um ninho de rato de tão embaraçado que estava.  O loiro faz carinho no rosto angelical e gordinho de sua filha enquanto a mesma franze o narizinho arrebitado em desgosto por estar sendo acordada.
 — Ah papai, me deixa dormir mais um pouquinho. — Diz Lily se virando de costas para Wade que sorri com ternura para a menina que tinha exatamente o mesmo problema que ele para acordar.
 — Mas minha princesa eu achei que estava com saudades minha.— Diz Wade e observa divertido a garota virar o pescoço rápido em sua direção e jogar as cobertas longe para ficar de joelhos na cama e olhar com alegria para seu papa.
 — Papa!— Grita Lily se jogando no pescoço de seu pai que a segura firme enquanto se levanta abraçando sua pequena em felicidade. — Eu tava com tanta saudades Papa.
 — Eu também princesinha.— Responde Wade enquanto cheira os cabelos de sua filha, para ele a menina sempre teria o mesmo cheiro de quando a abraçou a primeira vez com seis meses de vida. Ela sempre seria seu bebê.

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