capítulo 2

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 Os dois ainda estavam abraçados quando Peter voltou da cozinha e foi até o quarto da menina, vendo aquela cena fofa ele não pode deixar de pensar em como tinha sorte por ter a sua família, depois de tantas dificuldades que passou essa era a melhor recompensa que poderia pensar.
 — Tem um espacinho para mim nesse abraço?— Diz Peter se aproximando e espera enquanto os dois levantam o rosto em sua direção e sorriem, Wade então puxa o mesmo pelo braço o fazendo ser esmagado pelos dois.
  Eles ficam assim por um tempo, aproveitando a companhia um do outro e matando a saudades que tinham do homem mais velho, esse mesmo que decide quebrar o momento fofo para lembrar dos compromissos do dia.
 — Minha princesa nos temos vários planos para o dia e eu acho que você vai amar! — Diz Wade enquanto coloca sua filha sentada na cama e logo Peter põem as mãos em sua cintura e faz a pose de pai mandão para a menina.
 — Isso se a senhorita Lilian tomar banho e se arrumar bem linda para o nosso passeio e tomar um super café da manhã! — Já vai dizendo Peter que já sabia que sua filha estava na fase de fugir dos banhos, várias vezes tiveram que correr atrás de uma criança sem roupas que gritava dizendo que não estava com cheiro ruim nem um, o que sempre forçava o aranha a acabar tendo que prender Lily nas paredes com teias, o que ela acha super engraçado e divertido. Wade por sua vez já teve q leva-la praticamente sendo arrastada para o banho enquanto ela gritava por socorro, depois desse acontecimento tiveram que avisar os vizinhos do prédio que era somente Lily sendo obrigada a tomar banho e que ela não estava sendo espancada de nem uma forma.
 — Mas papai se nos vamos sair isso quer dizer que eu vou me sujar! — Disse Lily completamente indignada. — Então eu acho que tenho que tomar banho quando a gente voltar.— Concluiu ela como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
 — Se você quiser ir toda suada e com os cabelos bagunçado até o Planetário tudo bem. — Wade mal terminou sua frase e a menina já tinha aberto a boca incrédula.
 — A gente vai num Planetário ver os planetas mesmo?! — Disse Lily quase gritando.
 — Nós vamos se você se arrumar e ficar bem cheirosa. — Disse Wade enquanto ajudava a menina a descer da cama.
 — Eu vou! Eu vou sim! E o Papa vai me ajudar! — Dizia Lily enquanto já arrastava Wade pela mão até o banheiro deixando para trás Peter que ria pensando que deveria ter feito essa chantagem antes.
 — Enquanto você toma seu banho eu vou fazer suas panquecas, então não demore. — Avisou o moreno enquanto saia do quarto e ia ate a cozinha.
 Enquanto isso no banheiro Wade ajudava a pequena a retirar as roupas e ligava o chuveiro para ela que foi correndo para o box o mais rápido que conseguiu e começou a se ensaboar e o loiro lavava seus cabelos compridos. Assim que Lily estava limpa e seca enrolada na toalha eles saíram e fora até o closet do quarto e escolheram uma camiseta rosa com o logo da NASA bordado e uma saia azul escura com varias estrelas amarelas pintadas.
 — Eu tenho que mostrar pra todo mundo que eu amo o espaço papa.—Disse Lily decidida e Wade concordou com a cabeça enquanto começava a pentear os cabelos encaracolados dela, decidiram então fazer dois rabos de cavalo de cada lado da cabeça e deixar o cabelo em ondas.
 — Você está muito linda meu amor. — Disse Wade fazendo cocegas em sua filha que ria e tentava se livrar do maior.
 —Para pai! Vou fazer xixi na calça. — Conseguiu dizer Lily com os olhos cheios de lágrimas por conta do riso e sem folego, ate que seu pai para e a levanta do chão e beija sua bochecha com carinho.
 — Ah ta bem! Mas e um beijinho eu posso dar? — Pergunta Wade fazendo bico.
 —Só um beijinho. – Diz Lily fazendo o numero um com o dedo e se aproxima do maior que estava com os braços abertos e a pegou e deu um beijo em sua testa.
 Os dois saem do quarto e vão andando de mãos dadas até a cozinha que tinha um cheiro maravilhoso de panquecas e mel. Sobre a mesa tinha um prato com a comida da criança que se sentou em seu lugar e começou a comer em silêncio enquanto seus pais arrumavam as coisas para poderem ficar o dia todo fora, Peter tinham uma mochila feita com tudo que precisava para a filha e sabia que dentro do carro tinha um uniforme de Homem-Aranha e outro de Deadpool, pois nunca se sabe quando ira precisar de um herói. Wade então vai até o escritório no fim do corredor que ambos usavam, ele vai andando até a parede ao lado de sua mesa e aperta o botão que fica atrás do quadro e a parede começa a se abrir, revelando uma sala com as paredes repletas de varias armas de fogo e armas brancas, junto também de bombas de vários tipos e pendurado em um cabide tinha os uniformes vermelhos de ambos.
 Dentro da sala secreta ficava uma pequena mesa com utensílios de laboratório que Peter usava para fabricar suas teias e fazer melhorias em seus trajes. Wade vai ate uma pistola media e guarda no cós de sua calça,  pega um par de facas curvas e esconde por baixo da barra de sua calça.
 — As vezes eu acho que você é meio paranoico. — O loiro se vira e vê seu marido parado na entrada da sala apoiado na porta de metal. Ele vai até sua mesa no laboratório e pega seus lançadores de teia e  Wade o encara com uma sobrancelha levantada em deboche.
 — E por que você veio pegar suas teias meu amor? — Disse o mercenário com doçura na voz.
 Peter somente revira os olhos e sai da sala sendo acompanhado do outro que fecha o esconderijo novamente. Vão até a cozinha e pegam Lily que já havia terminado seu café da manhã e escovado os dentes e esperava os dois pacientemente sentada no sofá da sala com sua mochila ao lado, a menina não conseguia parar de sorrir de alegria em saber que estava indo ao Planetário junto de seus pais, ela foi correndo ate eles e a família saiu de casa e fora de elevador ate o estacionamento onde a Land Rover estava parada, Wade coloca A criança em seu acento de elevação e se senta no banco do motorista ligando o carro e saindo do subsolo.
 A viajem até o Planetário durou 40 minutos, o dia estava lindo, não tinham nem uma nuvem no céu e se não fosse pelo ar-condicionado ligado eles estaria suando por conta do calor do verão, o que Lily não ligava nem um pouco, para ela poderia estar nevando lá fora que nada iria estragar o sua alegria.
 Assim que estacionaram o carro e foram andando até o Planetário a menina só faltava pular de empolgação, quando entraram no prédio os olhos da pequena brilharam vendo a imensidão do lugar. Eles foram ate a fila comprar os ingressos para o passeio com um guia, ao todo durava uma hora e meia a visita, e Lily prestou bastante atenção a tudo que o guia dizia, e ainda fazia várias perguntas o que deixava Peter todo orgulhoso por ela gostar tanto de um assunto que ele amava. A cada fato que era dito ou fotos dos planetas e espaço a menina cutucava os pais e apontava fascinada.
 E quando o passeio acabou Lily fez um beicinho e pediu para ir mais uma vez, o que eles prontamente disseram que não e prometeram que se ela se comportasse direitinho durante todo o mês eles iriam voltar para mais uma visita, obviamente ela concordou e disse que iria tomar banho todos os dias, e Wade pensou que deveriam ter feito esse acordo antes.
 Como já era hora do almoço eles decidiram almoçar e deixaram Lily escolher o que iriam comer.
 — Chimichangas!— Gritou ela levantando os braços olhando para Wade esperando sua reação.
 — YES! — Wade berra também levantando os braços.
 — Comida mexicana então. — Concorda Peter enquanto sorri para as duas crianças.
 — Papa to cansada. — Diz Lily pedindo colo para o loiro.
 Wade pega a mesma e coloca ela encima de seus ombros e ela abraça o rosto de seu pai enquanto apoia a a cabeça sobre os cabelos macios dele.
 Eles vão andando até o restaurante de mãos dadas em silêncio olhando as lojas. Quando chegam ao local eles se sentam em uma mesa afastada e uma pessoa vem atendê-los.
 -Hola! O que seria para vocês?
 —Chimichangas! — Diz Lily sentada entre seus pais.
 — Isso! Uma para ela e duas para mim e duas para ele. — Diz Wade e olha Peter de canto como se o desafiasse a pedir outra coisa.
 — É isso mesmo. — Concorda o moreno sem muita animação, mas comeria para agradar os dois.
 O atendente concorda com a cabeça e sai prometendo voltar com as comidas e bebidas.
 — Então minha princesa. — Diz Wade chamando a atenção da menina. — Se divertiu hoje?
 — Muito! Os planetas eram enooormes! Eu queria um daqueles no meu quarto. — Diz Lily olhando para seus pais. — Se eu pedir muito o Papai Noel me daria um? — Pergunta ansiosa para o casal.
 — Se você escrever uma cartinha e ser boazinha ate o natal ele ira te dar de presente. — Diz Peter já sabendo o que teriam que comprar para a menina.
 — Mas não se esqueça de escrever muitas cartinhas, pois o Polo Norte é longe. — Wade completa para a menina que concorda com a cabeça.
 — Eu vou me comportar bem. — Diz Lily, e logo muda de assunto. — Papai você acha que vai demorar muito pra eu poder estudar todas essas coisas na escola? — Questiona ela para o moreno que ri da pergunta.
 — Mas minha filha você acabou de começar a escola, tenha calma, você vai ver muita coisa ainda sobre o universo.
— Ta bom. — Diz ela já se emburrando e fazendo beiço. Wade então cutuca a barriga de Lily que da um sorriso.
 — Tudo tem um tempo minha florzinha. — Diz Wade fazendo a pequena sorrir.
 Eles pararam de conversar pois a comida chegou e pai e filha estavam muito ocupados comendo para conversar, Peter comia devagar e via que não iria comer seu segundo chimichangas e que provavelmente seria dividido entre os dois amantes de comida mexicana.
 — Você vai comer esse amor? – Pergunta o homem e Lily olha desejosa para seu lanche.
 — Não,  podem dividir. — Peter pega uma faca e corta ao meio dando metade para cada que pegam mais do que depressa a comida.
 Era até engraçado de ver os dois comendo juntos, eram iguais no gosto e como comiam, Peter sorri e logo puxa da mochila rosa de Lily um pacote de lenços umedecidos para limpar o rosto de sua filha havia se sujado toda, e confirmando que nem o paninho iria tirar todo o molho da menina e que isso era trabalho para a água e sabão.
 — Papa preciso fazer xixi. — Disse Lily assim que terminou de comer e começou a se torcer no banco.
 — Pode deixar que eu vou com você. — Peter se levanta e olha para Wade que abaixou o olhar e ajudou a menina a sair da cadeira, o moreno se inclina e beija a testa do maior. — Já voltamos.
 Wade concorda e observa sua filha e marido entrarem no banheiro feminino com tristeza pois sabia que não poderia levar Lily ao banheiro mais. Assim que a pequena saiu das fraldas os dois se revezavam ao levaram ela ao banheiro das mulheres pois o masculino era muito sujo para a menina, e sempre que o mercenário a acompanhava as mulheres olhavam e cochichavam entre si sobre como ficavam temerosas de um homem em seu banheiro, coisa que com seu marido não acontecia com frequência, mas ele por ser um homem de 1,90 de altura sempre ouvia. Até que um dia uma mulher começa a gritar que era para ele sair que iria chamar o segurança e mesmo o loiro falando com a maior calma que só estava levando a filha ao banheiro a mulher então grita “ E onde esta a mãe dessa menina!” e foi ai que ele começa a gritar com a mulher também e diz que ela tem dois pai, e com tanta gritaria a pequena Lily de 3 anos começa a chorar e acaba fazendo xixi nas calças e com isso Wade perde a cabeça e se não fosse por Peter que vem correndo ao ouvir o escândalo ele teria puxado a arma que sempre ficava com ele e matado a mulher ali mesmo, o moreno vem e segura o loiro e o empurra para fora do banheiro enquanto mandava a mulher a merda. Ele se lembra como se fosse ontem da filha assustada e com as calças molhadas, ela acabou regredindo e tendo que usar fraldas novamente por um tempo e quando voltou a usar o banheiro somente o moreno levava a menina, o que fazia Wade se sentir um inútil.
 Logo os dois voltam e o loiro se alegra mais uma vez e para de pensar coisas deprimentes, deixando o dinheiro na mesa eles saem do restaurante e vão andando ate o carro que estava estacionado a algumas quadras para irem embora, deixariam o passeio pelo Central Park para o outro dia que seria domingo. Por agora Wade teria um relatório sobre sua missão para entregar e Peter iria sair de Homem-Aranha para patrulhar a cidade.
 Assim que chegam ao carro e colocam Lily em seu assento de elevação a menina pede para ver desenho na tela que ficava na parte de trás do carro e acaba ficando alheia a conversa dos pais.
 Assim que colocam o cinto de segurança o telefone de Wade toca, ele olha o identificador e vê que era Tony Stark.
 — Fala latinha. — Atende Wade com a voz um tom mais fina fazendo o papel de Deadpool tagarela e insano.
 — Deadpool, temos uma reunião extremamente importante em uma hora. — Responde Tony com desdém na voz, ele abertamente odiava o mercenário. — Não se atrase!
 E antes que Wade pudesse xingar o Stark ele desliga e quase no mesmo instante o telefone de Peter toca e ele atende.
 — Alô.
 — Oi Aranha, imagino que você esteja de serviço pela cidade. — Diz o homem sendo educado com ele.
 — Ah ainda não,  resolvi tirar a manhã de sábado para dormir até mais tarde.
 — Bom então se arrume e venha para a Torre pois vamos ter uma reunião muito importante em uma hora. — E ele desliga sem se despedir.
 Ambos se olham e suspiram, era nesses momentos de lazer em família que pensavam seriamente em deixar de serem super-heróis.
 — Acho que você vai ter que ligar para a May ficar com a Lily. — Diz Wade ligando o carro e tomando o caminho para a casa da Senhora Parker que ficava em um bairro tranquilo e longe do centro.
 Peter concorda com a cabeça e disca o número que já sabia de cor.
 — Alô Peter?
 — Oi tia May, tudo bem?
 — Esta tudo ótimo, e com vocês? Aconteceu alguma coisa? — Pergunta ela já sabendo que quando Peter fala nesse tom é coisa de herói.
 — Nós estamos bem, mas temos um reunião de emergência dos vingadores em uma hora e gostaria de saber se a senhora poderia ficar com a Lily até a noite?
 — Mas é claro meu bem! Não precisa nem perguntar.
 — Que ótimo tia! Já estamos chegando, tchau! — Eles se despedem e encerram a ligação.
 Peter então vira para os bancos de trás para falar com a criança que estava sonolenta.
 — Ei princesinha.
 — Hum? — Responde ela olhando para seu pai.
 — Os Vingadores chamaram eu e seu papa para o trabalho meu amor, e você vai ter que ficar com a vovó May, tudo bem? — Diz ele já sabendo que ela iria adorar ficar na casa de sua avó, pois a mesma sempre mimava muito a neta.
 — Eba! Eu tava com saudades da vovó! — Diz Lily, eles não foram visitar a senhora Parker durante a semana pois Wade estava fora e Peter sempre ficava mais em casa quando isso acontecia.
 — Isso é ótimo Lily, nós já estamos chegando okay? — Responde Wade virando uma esquina e chegando no bairro de May.
 Dez minutos depois eles chegam até a residência da mulher que esperava eles do lado de fora, Wade sai do carro e retira a menina de seu acento e vai contornando o carro enquanto Peter pega a mochila dala e vai ate sua tia lhe dando um beijo no rosto de comprimento.
 — Oi tia May, obrigado por ficar com ela. — Diz Peter passando a mochila para a mais velha que sorri para a neta e se abaixa para abraçar a menina.
 — Bobagem! Sabe que eu amo ficar com a minha neta. — Diz se levantando e pegando na mão de Lily enquanto Peter e Wade se abaixavam para beijarem sua filha.
 — O papai te ama. — Diz o moreno beijando a menina no rosto enquanto Wade beija o outro lado.
 — Eu te amo princesa. — Diz o loiro enquanto a menina abraça os dois e diz que ama muito eles.
 Ambos se levantam e dão um último tchau antes de entrar no carro e voltar para o centro rumo a Torre os Vingadores. Enquanto Wade ia dirigindo Peter foi para o banco de trás e pegou seu uniforme e o do outro que estava no forro da porta, ele colocou seu uniforme e uma jaqueta por cima e deixou a máscara em seu colo, o loiro então para o carro em um beco deserto e começa a se vestir.
 — Estou com um mal pressentimento sobre isso Wade. — Diz o aranha enquanto arruma sua máscara no lugar e retira a jaqueta.
 — Eu também. — Concorda o loiro de forma sombria. — Eu te amor. — Wade então puxa o marido para um beijo antes que ele parta.
 — Eu também te amo. — Responde Peter enquanto se afasta do outro e abre a porta para sair. — Nos vemos lá.
 E com isso ele se lança sobre os prédios e deixa um Wade suspirando enquanto termina de colocar suas armas no lugar ele tranca o carro e antes de sair do beco e pegar um taxi ele pensa que realmente o sentimento não era dos melhores.
 

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