A noite mais cativante.

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Silêncio, uma dádiva.
Ao silêncio, escuto a escuridão
piar como passarinhos,
sem rumo ou direção.

Zumbidos são escutados
e as vezes ignorados.
Sua mão junto a minha?
Raiva e tristeza, exonerados.

Um anjo entrando com uma vela,
como se fosse uma novela.
A quebra súbita do silêncio
com tua voz doce em aquarela.

Seu toque soa como penas,
penas que caem do céu,
após os passarinhos me fazerem de réu.

Réu de meus próprios medos,
lhe conto um segredo e
pedes ao céu,
estrelas com sabor de mel.

O cinema foi mais tarde
com teu cheiro de abacate
exalando, na verdade
o som do meu querer.

A noite soa como medo e apreensão,
mas do teu lado não,
meu peito se abre
e não pode ser em vão.

O teu beijo seca minhas lágrimas,
afogando a minha calma.
Reacendendo minha alma
e teu cheiro se desarma
em um pranto de escuridão.

Cadê os poemas? - Por Mariana AlbuquerqueOnde histórias criam vida. Descubra agora