Arthur
A morte é algo inevitável, nunca avisa a hora que pode vir. E foi no pior momento que ela resolveu levar quem eu mais amava. Eu me culpo todos os dias por sua morte, se não tivéssemos brigados naquela noite nada disso teria acontecido.
Soray era linda, a pessoa mais feliz que eu conhecia. Ela era encantadora, seus cabelos eram loiros semelhantes ao ouro, seus olhos eram esverdeados iguais aos meus, um sorriso que fazia qualquer pessoa querer sorrir também. Ela tinha dezessete anos quando tudo aconteceu. Nós discutimos naquela noite, ela havia tomado uma decisão da qual arriscaria a vida dela e de outra pessoa.
Ela conheceu um rapaz e eles acabaram se relacionaram rápido demais. Até onde eu consegui investigar, ele era um manipulador, um galanteador que só queria foda, drogas e bebidas. Mais então dias antes da morte de minha irmã, ela descobriu que estava grávida. Ela queria ter o bebê, mais ele não. Então ele a obrigou a tirá-lo, porque ele não era capaz de se tornar pai e muito menos perder a fama de badboy. Ela era completamente apaixonada por ele, e acabou concordando com tal atitude brutal. Quando eu descobri de sua gravidez, exigi explicações. Ela havia me contado tudo, sobre eles e a decisão que tinham tomado. Eu surtei, claro, jamais poderia permitir tirar a vida de um inocente, um anjo. Eu estava disposto a ajudá-la a cuidar da criança, mesmo sendo jovem demais, mais ela não queria por que estava perdidamente apaixonada e preferiria fazer uma das coisas mais cruéis, matar um inocente que não tinha culpa das atitudes irresponsáveis dos pais. Nós discutimos naquela noite, eu não iria permiti aquilo, jamais. Mais ela enlouqueceu e saiu.
Quando recebi a ligação confirmando o seu acidente e a sua morte, entrei em desespero. Enlouqueci de ódio, raiva, ira, me culpava e culpava o cara que ela se envolveu. A minha vida não era perfeita, a dela não era perfeita, a nossa família não era perfeita, mais eu faria qualquer coisa pela a minha irmã, qualquer coisa. Então eu fiz, e não me arrependo nenhum pouco de ter dado um tiro na cabeça daquele desgraçado. Eu sei que ter o matado não iria trazer a minha irmã de volta, mais eu fiz não só por ela e sim pelo seu filho, o meu sobrinho. Eu queria ter me arrependido de ter o matado, mais não, não me arrependo e nunca vou me arrepender.
Depois da morte de Soray eu me perdi, me envolvi com coisas e pessoas perigosas. Entrei para uma gangue e começei a matar, e sinceramente eu passei a gostar disso, era um meio de esquecer tudo oque aconteceu com a minha irmã. Me tornei um assassino profissional, matava em troca de dinheiro e ainda mato na verdade.
Desfrutei do melhor de Londres, festas, mulheres, drogas, mais nada disso me fazia esquecer o fato de não ter mais minha irmã ao meu lado, eu tentei amenizar a minha dor mais nada adiantava. Eu precisava ir embora, precisava sair do lugar que me causou mais dor, que me fez se tornar um monstro.
Ainda permaneci em Londres por dois anos após a morte da minha irmã, tinha dívidas que precisava pagar ou morreria. Ser um assassino profissional e trabalhar para a Máfia Inglesa é assinar a própria morte, ainda mais se um dia pensar em traí-los ou se envolver com a irmã deles. Eles são a encarnação do Diabo, ou até mesmo piores que ele.
Um dia antes de me mudar, afogue todas as mágoas, raivas e tristezas em bebidas. Porque naquele dia, naquele maldito dia fazia exato dois anos que eu perdi a minha única esperança. Não queria mais nada, apenas beber, beber, beber e beber.
Meu organismo já acostumara com tantas doses de bebidas alcoólicas que às vezes algumas nem faziam efeito. E nesse dia nem todas as bebidas que tomei me fizeram perder a consciência. Eu precisava sair e respirar ar fresco, dirigir em meu carro até algum lugar sem sentido.
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As duas vidas de Louise- Livro 1 da Série "Perdidos e Regenerados"
RomansaLouise era uma jovem doce, gentil e amorosa. Seu sonho era se tornar uma grande advogada de prestígio. Então, se mudou para Londres em buscar de estudar na tão famosa faculdade dos seus sonhos, Oxford. Ela só queria ficar longe de todo o perigo e de...