Suddenly in Love - [CHAERJI]; ITZY ♡

Seven

— Obrigado a todos — A banda finaliza a apresentação.

As pessoas começam a esvaziar o pub e Hyunjin é o primeiro a descer ao palco indo falar com suas fãs, enquanto os outros arrumam seus instrumentos. Olho ao redor e não vejo Soobin em lugar nenhum. Desbloqueio o celular olhando as horas, arregalei os olhos em choque. Era meia noite e trinta. Ferrada em cinquenta línguas diferentes.

— Estou ferrada! — Exclamei alto.

— O que foi? — Felix pergunta preocupado.

— É muito tarde e eu não tenho como ir pra casa

Chaeyeon me mataria, pra falar a verdade.

— Relaxa, você pode ir com a gente

Não recusei, era minha única forma no momento.

Fomos em direção ao palco, o lugar passou a ter só a gente e os funcionários do pub. Yeji tinha acabado de guardar o baixo, quando observou a gente indo até eles. Ela deu um sorriso encantador me olhando. Comecei a ficar envergonhada, ainda mais dela saber que eu tinha vindo com o Soobin e não tinha ido embora ainda. Sempre perdendo a pose, quando se tratava dela.

— Pensei que tinha ido embora — Ela se senta no palco, quase ficando da minha altura.

Eu estava bem próxima do palco, acabou que ficamos bem coladas depois do seu ato repentino.

— Hoje foi muito bom pessoal — Hyunjin aperece com um copo de whisky na mão. — Esplêndido — Ele me vê com Yeji e franzi o cenho me analisando descaradamente. Isso é bem coisas de irmãos né? — Olha só, quem é a gatinha?

— Minha amiga — Yeji diz rapidamente. — Melhor não chegar perto

— Você me conhece tão bem — Ele diz irônico, estava um pouco bêbado. — Certo irmãzinha, vou pegar nosso cachê e já já volto — E sai como se nada tivesse acontecido.

— Você escapou de Hwang Hyunjin — Felix comentou risonho.

— Ele tem um histórico de pegar todo mundo que vê — O baterista da banda explica para mim. Lembrei do Felix dizer que é o Chan, o namorado dele.

Ele desce o palco e dá um selinho em Felix, os dois ficam no mundinho deles. Achei fofo, confesso.

— Lá vou eu ficar de vela — A tecladista fala. Ela ainda estava no palco, guardando suas coisas. — E me chamo Ryujin, pessoa nova — Ela acena na minha direção e eu retribuo.

— Preciso falar com você — Yeji sussurra em meu ouvido e eu me arrepio instantaneamente. Tinha me esquecido da existência da platinada por alguns segundos.

— Tudo bem

Deixei que ela me levasse para onde queria, acabou que não foi muito longe do pessoal.

— Soobin te deixou sozinha? — Foi a primeira pergunta que ela fez. Queria ter evitado para não passar mais vergonha, mas foi inevitável.

— Bom, a gente se separou no meio da apresentação — O que não era mentira, tirando a parte que foi no meio da apresentação. Depois que eu inventei que iria ao banheiro, antes do show começar, não me esforcei a procurá-lo e nem ele pelo visto.

Ela pareceu ter comprado a desculpa e não falou nada por alguns segundos.

— Te levo em casa — Ela tira umas chaves do bolso e balança. — Por sorte a Karina me emprestou a moto dela

— Pera aí... moto?! — Soltei em surpresa. Yeji riu e assentiu em seguida.

— Tudo tem uma primeira vez, princesa

Lá vai ela me chama de princesa. Não é que eu não goste, mas eu sempre perco a pose toda vez que ela diz.

— Só vou pegar umas coisas, já volto

E ela saiu, me deixando estática tentando assimilar que eu vou andar de moto. Simplesmente indo contra todos os princípios da Chaeyeon.

Será que ela deixaria eu dormir na casa dela? Não é uma má ideia.

— Pronto — Yeji se aproxima com dois capacetes.

— Ahn... — Faço um som tentando dizer o que eu queria, mas estava um pouco difícil.

— O que foi? — Ela franziu o cenho me olhando.

— É que... minha irmã, casa, não poder dormir, posso ficar na sua? — Abreviei tudo em nervosismo.

Eu queria muito me dar um tapa, por que eu sou assim?

Ela riu e eu fiquei com cara de tacho sem saber para onde olhar.

— Claro que pode

Não foi tão difícil assim na verdade.

Seguimos para fora do pub e a moto estava do outro lado da rua, junto com uma van preta escrito em grafite 'Beggins'. Yeji colocou o capacete e me deu o outro, subiu na moto e fez sinal com a mão para me aproximar. Ela pegou o capacete de volta e o colocou em minha cabeça, o mais delicado possível e ainda me deu um sorriso.

— Pode subir — Ela liga a moto, pronta para dar partida.

Subir sem muita dificuldade, só não sabia onde me segurar. E como se estivesse lendo meus pensamentos, Yeji pegou minhas mãos e a colocou na cintura dela.

— Segura firme — E deu partida na moto, me fazendo dar um gritinho surpresa. Sim, ela deu uma risada.

Podia apostar que já era uma e pouco da madrugada, só havia nós duas nas ruas. As luzes, a brisa no meu rosto, aproveitei o momento o máximo que pude, sentindo meu coração acelerar em felicidade. Não me sentia assim há muito tempo. Livre.

— Chegamos

E lá estávamos nós em frente a sua casa novamente.