em dias ruins, não se esqueça de levantar os braços e agradecer
não só pelo que você tem agora, que dói e causa sofrimento,
mas também pelo que virá através das chuvas, do sol,
dos dias solares
dos solenes.os ventos te dirão pra onde ir, de onde tirar seu corpo e onde coloca-lo
pra que ele cresça,se desenvolva, ganhe postura, força e esteja preparado
de novo, pra outra queda
e outro renascimentoem dias ruins, erga os pulsos o mais alto que puder e dance aquela música que só você entende, aquela que te diz coisas que só seus ouvidos conseguem ouvir
e que conversa com seu coração
sobre idéias que você não teve nem com seus melhores amigos.
agarre esse momento pequeno e torne-o eterno: pra tua memóriaem dias ruins, não se esqueça de que a dor
não fica na casa pra sempre
que ela, de vez em quando, sai e vai dar uma volta tomar um sol, se distrair.
nesses dias de folga,aponte-se
pra ter os melhores dias na sua existênciaquando a dor tiver saído,trate de fazer a comida que mais gosta
e de vestir as relações que mais te confortam.
ouça o som do peito batendo devagar
e ligue pros seus pais pra ouvir a voz deles.e no final, no final de um dia ruim
de uma semana infernal
de um mês que poderia ser apagada da sua vida,
lembre-se de olhar pra si mesma e de entender que seu coração dança
mesmo que seu corpo não tenha motivos pra comemorar:
ele viveele ainda vive.
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textos cruéis demais para serem lidos rapidamente
Poesiaeste livro é pra você que viveu ou está vivendo o fim. que dói, mas que também cura. que arde o coração, mas que permite que você veja as cicatrizes que estavam ali, ao lado do machucado, o tempo todo. que te derruba em um dia, mas te levanta pelo r...