𝐉ogada 𝐎bsessiva

𝐏rólogo

Nova história, meus amores. Torço para que gostem.

Essa história vai conter cenas pesadas. Contendo estupro, abusos físicos e psicológicos, tortura, relacionamento abusivo. Caso seja um gatilho para você, caso vá te fazer um mal acompanhar essa história, por favor, não siga adiante. Deixando claro que jamais apoiaria quaisquer dos atos aqui citados.

Sim, a história será SasuNaru. Eu amo esses dois juntos.

Let's go, babies.

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Meus olhos estavam inchados devido ao choro de minutos anteriores. Meu braço dói como o inferno e, sinto-me sufocado. Nem mesmo consigo acreditar no que está acontecendo em minha frente. Três de julho, aniversário do meu namorado. O qual amo com todo o meu ser, o qual protegeria de tudo e de todos, até mesmo dos comentários ─ antes ─ considerado maldosos, dos meus pais e, da minha melhor amiga, Sakura. Mas, agora eu consigo enxergar o que antes não enxergava. E, dói. Sufoca. Machuca. Maltrata. A lágrima mais uma vez escorre em minha face quando miro tudo o que fiz jogado no chão, após, um ataque de fúria do perolado. Ciúmes. Estúpidos ciúmes, ao menos foi assim que considerei por dois anos. Hoje percebo, não é saudável, é doentio. Nunca dei motivos para que desconfiasse dos meus sentimentos, sempre fui fiel, enaltecendo o quanto o amo. Mas, nem mesmo isso é o suficiente. O conheci quando tinha quinze anos, o mesmo tinha acabado de ingressar no colégio e fui uma das primeiras pessoas que ele se aproximou. O perolado sempre chamou atenção por onde passava, mas possuía uma arrogância que após conhecer um pouco mais a sua família, pude perceber o motivo. Eles eram focados demais, nunca saindo da linha, assim como o Hyuga. Alguns meses se passaram, até que os gritos começaram, os apertos e crises de ciúmes. Consigo me recordar de todas às cenas, assim como, todos os pedidos de desculpas. Bombons, flores, beijos e sexo. Promessas de que nunca mais voltaria à acontecer. Duas semanas no mínimo. Era o prazo para a promessa ser quebrada. Mas, hoje... Hoje o perolado ultrapassou todos os limites.

Saímos para uma pequena comemoração com poucos amigos em comum, ele estava completando dezenove anos, era justo que tivesse uma comemoração à altura. Tudo estava caminhando bem, estava sendo carinhoso por todo o percurso, até que um dos meus amigos, Gaara, me chamou para uma conversa. O mesmo estava tirando algumas dúvidas sobre à prova que teríamos no dia seguinte quando senti um aperto em meu braço. Ao virar rapidamente, pude ver o brilho perigoso nos olhos do Hyuga, inconscientemente, eu tremi. Eu conhecia aquele maldito brilho, mas apenas, sorri. A noite já não era mais a mesma à partir daquele momento. E, quando chegamos em seu apartamento, pois tinha combinado de dormir com ele, a mesma findou de vez. Segurando com toda força em meu braço, o perolado, me jogou no chão. Andando de um lado para o outro como se estivesse pensando no que fazer. A minha respiração já estava desregulada, sentia-me sufocando, enquanto o frio em meu estômago e o tremor em minhas mãos indicava o início de um ataque de pânico. Não. Merda, não. Não nesse momento, por favor. Foram minhas preces, pois eu precisava estar forte para fugir dali caso precisasse.

── Você não tem vergonha mesmo, né? ─ A sua voz grave fez com que erguesse a cabeça, avistando-o em minha frente, encarando-me. ── Nem na porra do meu aniversário você se comporta como um namorado decente. Você é meu namorado, Naruto. Por quê caralho... ─ Apertei os meus olhos, enquanto o via apertar seus punhos. ── Você tem que dar trela pra qualquer filho da puta que aparece em sua frente? ─ Aquilo não pareceu uma pergunta e, realmente não foi. Às lágrimas já desciam por meu rosto, enquanto me perguntava como continuo permitindo essa situação ridícula, que tipo de amor é esse que dói? Caralho. ── Se esfregando naquele ruivo arrombado como uma vadia.

Abri meus olhos, arregalados se encontravam, olhei em sua face. Franzindo o cenho, enquanto reunia toda a coragem em meu ser para levantar daquele chão. Enquanto segurava o meu braço. Ainda doía. Ardia.