09 - Part Nine

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Lessons

Capítulo 9.

Inglaterra, Londres.

DRACO MALFOY

Passei no flat de Cedric Diggory e depois de muita insistência consegui levar Harry de volta para o meu apartamento, no entanto, sentia que havia algo de errado, ele estava estranho, mais quieto do que o normal; seu pensamento estava longe daquele carro e quando chegamos em casa, continuou em silêncio.

Tentei lhe dar espaço, pois se quisesse me contar o que lhe afligia, ele sabia que tínhamos intimidade suficiente para isso, o faria sem que eu lhe pressionasse.

Tomei um banho e jantamos, sendo eu o primeiro a encerrar s refeição, então subi para o quarto e iniciei o término da leitura de "Vermelho Escarlate", desejando com todas as minhas forças que Harry viesse até mim, se abrindo comigo e contando seus temores, mas como isso não aconteceu, fechei o livro que lia com afinco e jogando o orgulho junto com o livro, dentro da gaveta do ccômoda fui até seu quarto, batendo na porta, antes de entrar.

— Está estranho desde que saímos do flat do seu amigo. — Quebrei o silêncio, sentando ao seu lado, na cama. — Eu fiz algo que não gostou? — Me atormentava pensar que eu havia criado um espaço entre nós dois, mesmo eu dando o meu melhor para não falar alguma merda para o cara que estava nítido que estava cobiçando o que era meu.

— Não é nada. — Continuou dedilhando pelo teclado do laptop, entretido com algo ou alguém.

Tentei descartar a ideia de estar me deixando de lado, por estar se interessando por outro homem. Geralmente eu era confiante, no entanto, após Theodore Nott me trair com o meu melhor amigo, não conseguia confiar cem por cento em ninguém.

— Se não fosse nada, não estaria tão quieto, Harry. — Me aproximei mais do ômega, na esperança de que me desse atenção, entretanto, a ação não surtiu efeito, ele continuou com os olhos fixos na tela luminosa. — Fala pra mim o que você tem, amor. — Fechei o laptop, tomando o objeto para mim.

— Já disse que não é nada. — Foi ríspido ao falar, tomando o laptop de mim de forma abrupta.

— Hey, o que eu fiz? — O segui até a cômoda, onde o prensei com o meu quadril contra o móvel. — Seja honesto e me diz qual foi a merda que eu fiz, porque eu não lembro de ter feito nada para ser tratado com frieza.

— Só estou cansado. — Sabia que não era só isso, e o fato de não me falar o que o perturbava, deixou-me ainda mais frustrado. — Preciso dormir e você também, já é bem tarde, não acha? — Com pouca sutilidade, ele me afastou de si, apoiando as mãos no meu quadril, depois foi até a porta do quarto e a abriu.

— Quero dormir com você hoje.— Externei meu desejo. — Dormir, amor, não falo de sexo porque eu mesmo estou todo dolorido. — Esclareci, ao ver seu semblante constrangido na minha direção. Não importava se já tivesse visto ele sem roupa, feito amor com ele, continuava tímido quando o assunto era sexo. — Digamos que o meu personal trainer inventou um novo método para que eu me exercite. — Arqueei os ombros, fazendo movimentos giratórios com o pescoço. Ao menos fiz ele rir.

— Só vou tomar um banho e já volto, tudo bem?

Assenti com a cabeça, vendo ele sumir no cômodo contíguo depressa. Detive o desejo de ver o que fazia tão atenciosamente no laptop, mas fui sentato, ignorando aquele objeto, pois sabia que quebrando sua privacidade, perderia todo o direito de exigir confiança e eu queria muito acreditar que não faria nada pra me magoar.

Lessons | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora