prólogo

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"Não levante a espada sobre a cabeça de quem te pediu perdão."
Machado de Assis.

Na escura floresta, meu coração está a mil parecendo pular para fora, lágrimas querendo sair pelo meu rosto de maquiagem. Mãos geladas e tremendo, os sons dos galhos quebrando a cada passo que dou, tentando chegar ao meu limite.

Os pássaros saindo das árvores assustados pelo grito que está cortando a minha garganta, os lábios já cortado por eu parar de andar e morder eles, o vento batendo com força no meu rosto e no meu cabelo já bagunçado.

Tropeço no chão devido às minhas pernas pedindo um tempo para se recuperar, meus joelhos encostam no chão e clamo por senhor, pelo diabo ou por alguém para me salvar dessa escuridão imensa querendo me arrastar com ela, meu corpo já pedindo descanso.

Respirando fundo, estou tentando enxergar algo para me salvar por meio dos meus olhos marejados, estou vestindo uma calça legging e uma camiseta longo, tento encontrar um sinal de celular para chamar a única culpada disso tudo.

Meus ouvidos escutam galhos quebrando atrás de mim, ele está aqui, meu coração acelera, mas ainda desesperada tento procurar um lugar para me esconder, mas antes de da mais um passo para frente sinto a respiração dele na minha nuca.

— Achou mesmo que ia poder fugir por tanto tempo de mim?! — ele ri indignado pelas minhas ações e ele agarra meu braço.

— Você não faz ideia do que está se metendo Amanda, eu não desisto fácil minha querida, não é à toa que todos têm pavor de mim — passo a língua pelos meus lábios ressecados antes de falar, mas ainda de terminar essa ação e sinto uma picada no meu pescoço e a última coisa que vejo só o escuro.


♠️♥️♠️♥️♠️

Acordo em um lugar diferente, é uma sala branca com uma televisão na parede e uns quadros de pinturas, estou deitada numa cama diferente da minha, estou vestindo uma camisola branca e meus cabelos estão arrumando, eu levanto com a minha cabeça doendo, sinto minha barriga roncar pela fome, quero sair desse lugar então vou em direção a porta forço a minha mão na maçaneta, mas a porta está trancada.

Tem uma janela pequena onde consigo ver que estar de noite, não há vento, mas sinto frio, vejo um pequeno criado, verifico as gavetas para encontrar algo ou alguma chave, mas não encontro nada para sair desse lugar desconhecido, estão volto a deitar a minha cama, com fome e frio, o sono me vence e adormeço.

Despertei com o barulho da porta destrancando não sabendo quem é, levantei correndo e me escondendo de baixo da cama, vejo os passos de alguém com um carrinho indo em direção a minha cama, sinto cheiro de comida, minha barriga ronca devido ao cheiro e minha boca enche de água.

— Eu trouxe comida para você, é melhor comer rápido, o chefe quer ver você, vou te dar um aviso: se acostume com o seu novo quarto porque você não vai sair tão cedo daqui, o chefe quer muito a sua presença nesse lugar — ele dá o recado e vai em direção à porta ouço a porta bater e escuto ele trancar.

Respiro fundo para não ter uma crise de ansiedade e de medo, deixo para pensar depois e como, se tiver envenenada, pelo menos morri comendo, dou a primeira garfada e dou um suspiro, estava com tanta fome.

Após comer deito na cama para pensar um pouco sobre o que ocorreu ontem, mamãe prometeu que ele não ia vir atrás de mim, mas parece que promessas não são para sempre.

Me controlei para não chorar e começar a tremer, ouço a porta destrancando e vejo o mesmo homem que trouxe minha comida.

— Vamos levanta, ele quer te ver, não tenta nenhuma gracinha, não tem para onde fugir meu bem — ele sorri e me pega pelos braços me empurrando até chegar no longo corredor, sinto o vento ficar mais forte.

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