Os homens temem a morte, como as crianças temem a escuridão (pt2)

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"O pessimismo, depois de você se acostumar a ele, é tão agradável quanto o otimismo."

Arnold Bennett.

****Narradora.

        A noite estava presente, luz da casa está iluminando o cômodo, ninguém falava, só dava para ouvir as respirações e o som da cigarra de longe. Bruce não queria olhar para frente e ver a decepção nos olhos dos seus pais como já estava acostumado, preferia prestar atenção em mexer no fecho da sua blusa e arrancar as pelinhas da boca.
 

     Angélica cansada do silêncio, descruzou os braços e suspirou profundamente para chamar atenção de seu marido e de seu filho e falar suas frustrações.

- Estou decepcionada com você Bruce, primeiro foge de casa quando seu pai fala que você vai assumir o cargo na empresa, segundo somos chamados na delegacia por causa que o meu filho estava numa festa, que nem deveria estar, onde ocorre um *homicídio culposo* na maldita festa cheia de bêbados! Você quer me explicar por que esse comportamento indesejado? - exigiu  raivosa com seu filho.

- Pra que explicar?!!. Vocês não dão a mínima, eu estou cansado dessa pressão que meu pai faz comigo para assumir essa maldita empresa coisa que eu não quero, não há um momento em que vocês dois me perguntaram se eu queria ou se eu desejo fazer outra coisa, se vocês acham que eu sou o fantoche de vocês estão bem enganados. -Bruce engole seco para não chorar e aperta os punhos fechados.

- JÁ CHEGA Bruce!!! Você vai fazer o que eu mandar porque vc mora no meu teto, enche barriga com as coisas que eu compro com o meu dinheiro. Então não venha reclamar sobre ser um fantoche. Não criei um filho delinquente para você ir em qualquer lugar, primeiramente você só tem 17 anos, segundo você não pode pensar que se manda porque você não se banca sozinho. ─ de testa franzida Bruce ouve tudo com os olhos cheios de lágrimas, ele já sabe que é só um fantoche do seus pais mas ouvir isso dá boca do seu pai quebra seu coração.   
             Seu pai sempre colocou a empresa em primeiro lugar do que o seu filho, Angélica sempre se incomodou com isso já que ela esperava que seu marido fossem mais carinhoso e atencioso com o seu filho.
 
- Vai para o seu quarto pensar na besteira que você se enfiou, e a partir de hoje é de casa para escola e escola para casa, vamos começar colocar regra nessa merda.  —Jorge falou desfazendo da sua gravata e arregaçando as mangas de sua blusa cansado da discussão.

   Bruce cansado dessa discussão seguiu a ordem do seu pai, essa discussão só serviu para começar a planejar seu plano para destruir sua família nem que seja colocar eles na cadeia.
      Ele subiu as escadas sentindo suas costas queimando com os olhares do seu pai e da sua mãe, pensou até bater a porta com raiva mas era perda tempo só iria escutar mais falação. Bruce abriu o chat de mensagem com o seu amigo e mandou "precisamos nos encontrar depois da aula, preciso confessar algo."  clicou em enviar e foi dormir.

                              ♥️♠️♥️♠️♥️
       
         Seu despertador tocou 06:30 da manhã hora da escola, Bruce rolou na cama, suspirou fundo depois da discussão a casa está quieta e com um clima pesado, ele chateado com seus pais e seus pais decepcionados com o seu filho. Colocou os pés descalço no chão gelado sem ânimo para ir para escola mas precisava ir para contar para seu amigo sobre seu plano, foi para o banheiro e lá tomou um banho de água gelada para acordar, com a toalha na cintura passou mão no cabelo e se olhou no espelho, aparência de cansaço, hora de fazer a barba, não tinha a autoestima baixa mas não se achava tão bonito.

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