Mesmo se eu tentar fugir, estou afogando em mentiras.

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Hoje na solidão ainda custo
A entender como o amor foi tão injusto
Pra quem só lhe foi dedicação"
Chico Buarque.

*Desculpem por qualquer erro*


  Tédio, estou rolando de um lado para outro da cama suspirando forte, nada para fazer já que fui sequestrada pelo meu suposto "pai" Bruce Hacker. Tentei dormir para ver se passava o tempo, mas não aconteceu, só uma janela para olhar a luz do dia, tem sol lá fora, "será que eu posso sair desse quarto?" Me pergunto.

Pensando em tantas coisas que nem notei que a porta está sendo aberta, o homem de sempre entra com o carrinho de comida e deixa um aviso.

— Come rápido, a gente vai sair — ele deixa o carrinho e sai. Respiro fundo e dou uma garfada até que acabar a minha comida.

Depois de um tempinho que estou deitada, a porta abre e eu me levanto num pulo.

— Vamos rápido, sem lerdeza. — homem fala. Mesmo com medo começo andar, curiosa eu pergunto.

— A gente vai para aonde? — sinto os meus pés entrando em contato com o chão gelado por falta de um sapato.

— O chefe quer que você conheça certas pessoas e comece a ajudar em alguma coisa, ele acha que você ficou muito tempo no quarto. — ele fala, estamos no corredor já entrando no elevador que dar para um 4 andar.

— O que ele quer comigo, afinal? — olho de canto para o homem forte e de barba

— Garota é questão sua e dele não me meto em negócios do chefe, só cumpro ordens. — a porta do elevador abre e olho ao redor e uma cozinha, cheia de gente correndo de um lado para o outro.

Bruce Hacker está lá sentado numa cadeira dando ordens e comendo biscoito, sinto o olhar dele em mim quando saio de dentro do elevador, esse homem me dá um ódio que chegar arrepiar.

— Você tem que auxiliar as pessoas daqui sem questionar, o chefe não gosta de reclamações. Vem vou te ajudar. — ele me explica sabendo que estou perdida.

— Jessy vem aqui. — ele dá um grito e a mulher de cabelo ruivo com uma blusa preta e uma calça jeans e com um laço no cabelo, olha para nossa direção e vem até a gente.

— Oi, o que você quer Gustavo tô trabalhando, não esta vendo? — ela fala de jeito que parece que o Gustavo não liga.

— Você vai ter uma ajudante hoje, essa querida aqui, tem que auxiliar na cozinha, mas ela não sabe de nada, pode fazer esse favor? — ele dá uma piscada para ela.

— Ah ok ajudo, não estou tão ocupada assim no momento — Jessy fala olhando para mim de cima para baixo.

— Vem, vamos logo com isso — ela me puxa em direção à bancada.

— Seguinte, me chamo Jessy Miller, ajudo aqui na cozinha. Estou fazendo sopa de legumes, sabe cortar legumes né? — ela fala pegando a faca e a cenoura.

— Ah sei sim eu fazia quando minha mãe ficava doente, aliás me chamo Amanda — pego uma cenoura também e uma faca.

— Ótimo Amanda, melhor fazer direto já que diz tão experiente, eu vou procurar outra coisa para fazer. — ela fala enquanto faço cubinho de cenoura já que estava descascada.

♠️♥️♠️♥️♠️

Depois de alguns minutos, cortei os legumes e ajudei fazer o arroz, aquela cozinha está movimentada e cheia de falação, mas pelo menos o cheiro da comida estava ótimo, me lembra a minha mãe, me pego pensando "como ela deve estar?".

    Gustavo que estava na porta olhando o tumulto, me para e pede para eu sentar com a Jessy para almoçar. Após semanas naquele quarto sem fazer nada, hoje posso comer junto de pessoas e ao ar livre.

— Está gostando da comida? — Jessy me pergunta.

— Está ótima... Então o que está fazendo o que aqui? — pergunto após tomar um suco de uva.

— Bruce me ajudou em algumas coisas que eu estava enrolada e acabei devendo alguns favores. Ele me pediu para trabalhar para ele e aceitei — Ela dá de ombro e volta a comer.

— Será que você pode me falar onde estamos? — falei um pouco baixo para o Gustavo não escutar.

— Estamos em uma granja longe da cidade, só isso que posso falar. Não se preocupe, Bruce não vai te ferir, ele é só um cara chato e amargurado — ela percebe a minha insegurança e dei uma olhada em volta e meus olhos caíram no dele, meu "pai", ele percebe que estou olhando sinto um calafrio e corro o contato, volto a comer. Quando todos terminaram de comer, Gustavo me mandou voltar para o quarto, me despedi da Jessy, sinto que nos seremos melhores amigas.

Voltei por o calabouço onde chamo de quarto e me deito na cama, meus olhos se encontram com o criado mudo e vejo algumas roupas em cima, observo que já está na hora de tirar essa camisola branca aonde vai até o meu joelho. Visto minhas roupas e passo a mão no meu cabelo ruivo para dá uma ajeitada, olho pela janela e vejo que já está chegando a noite e me deito

No sonho, vejo a minha mãe sentada num banco e estou indo até a sua direção.

Mamãe? — chamo ela baixinho, ela levanta a cabeça e me observa

Filha querida, sinto tanto a sua falta. — ela abre os braços e me jogo neles, o seu calor me esquenta e o seu cheiro me acalma.
   
— Eu também mamãe sinto tão a sua falta. — falo quase chorando.

Filha precisamos conversar — ela fala passando a mão no meu cabelo.

                       ♥️♠️♥️♠️♥️

Volteiii anjos, fiquei sem ideias para esse capítulo, enfim deixam o voto. kisses
Até a próxima ;) .

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