𝐃𝐚𝐫𝐤 𝐏𝐚𝐫𝐚𝐝𝐢𝐬𝐞 - 𝐾𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑁𝑎𝑛𝑎𝑚𝑖'𝑠 ℎ𝑖𝑑𝑑𝑒𝑛 𝑠𝑡𝑜𝑟𝑦

⠀ ⠀⠀⠀⠀𓏲ঌ 𝑭𝒊𝒗𝒆

Aviso: contém possível gatilho sobre relação sexual sem consentimento. Se você é sensível, por favor, não leia!

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A surpresa foi grande ao chegar ao seu quarto e encontrar Geto sentado em sua cama. O cômodo estava à meia luz, e o contorno anguloso do rosto do homem parecia se destacar ainda mais à luz bruxuleante das velas do candelabro.

— Estava se divertindo em seu passeio, S/n?

Ela não sabia discernir se ele estava sendo irônico ou se havia uma pontada de seriedade nisso tudo, mas o tom de voz do moreno fez um calafrio passear pelo seu corpo.

— O que está fazendo aqui?

A indagação foi a forma mais eficiente que encontrou para tentar mudar o foco do diálogo, de modo que isso fizesse com que não fosse descoberta. Com a conversa entre Mahito e Junpei ainda martelando em sua cabeça, foi o melhor que ela conseguiu fazer nesse momento.

O meio sorriso repuxou os lábios finos dele.

— Apenas estou aqui para te avisar que vamos nos mudar amanhã. – a garota permaneceu imóvel e Geto acompanhou a dúvida em seu olhar, tratando de esclarecê-la logo em seguida. — Nossa localização pode estar comprometida, e além do mais, está mais do que na hora de nos juntarmos aos outros.

Outros... Ele se referia às outras maldições?

Embora quisesse muito perguntar, optou por não o fazê-lo. Sabia que entregaria as informações a mais que obtivera caso questionasse; não queria dar motivos a ele para que desconfiasse de si.

— Entendido. – disse simplesmente. — Mahito virá junto?

O moreno se demorou um pouco mais para dar essa resposta.

— Creio que ele deve ficar aqui por mais um tempo, de modo a eliminar nossas possíveis ameaças.

A postura dela relaxou um pouco mais, e como esperado, isso não deixou de ser notado. Ele se perguntava por quê essa espécie de alívio pairava sobre seu rosto, por quê essa ânsia de estar longe do seu semelhante. Mas essa era uma resposta complexa, que nem mesmo ela tinha.

A garota juntou as mãos na frente do corpo, perguntando a si mesma o que ele ainda fazia ali. Não viera apenas comunicar a mudança?

Geto espalmou a mão na cama, ao lado do próprio corpo, dando batidinhas.

— Venha até aqui, querida S/n. – aquele mesmo tom suave dava vida à sua voz, mas dessa vez parecia ser diferente; de um jeito perigoso, letal.

Involuntariamente seu corpo estremeceu. Mas mesmo assim, obedeceu ao homem. Passos pequenos e tímidos a conduziram até ele, e se sentou ao seu lado ajeitando o kimono branco ao fazê-lo.

Acompanhou os olhos puxados que analisavam cada mínimo detalhe de sua face; notou cada exato momento em que o moreno tomara um pequeno fôlego, prestes a falar alguma coisa, mas nada disse. Queria muito saber o que ele pensava nesse momento.

Para mascarar um pouco o interesse em seu olhar, Geto resolveu perguntar sobre trivialidades, mesmo que já soubesse a resposta exata para cada pergunta que faria.