Story Of My Life | Drarry

Chapter 1

Chapter 1

Acabei de ser chamado para mais um caso de incêndio, estou colocando meu traje de bombeiro para poder ir. Tudo o que sabemos é que a casa começou a pegar fogo e há 2 pessoas lá dentro, um dos vizinhos ligou totalmente afoito e não conseguiu dizer muita coisa, apenas que o fogo estava aumentando cada vez mais. Estamos correndo contra o tempo para conseguir salvar as vidas que tem lá dentro.

[...]

Um bebê e um homem.

Por que essa casa está pegando fogo?

Tiramos os dois de dentro da residência com vida, o bebê estava acordado, mas o homem que deve ser o pai estava desmaiado, o garotinho não parava de chorar nem por um segundo e dizia palavras desconexas como:

— Papai, outro papai, fogo.

Eu não entendia nada, estava com ele no meu colo tentando acalmar enquanto outro bombeiro tentava acordar o pai dele. Nesse tempo eu perguntei o seu nome e sua idade e ele respondeu que se chamava Albus e tinha 3 aninhos.

[...]

Conseguimos apagar o fogo da casa, mas tudo que existia ali dentro fora perdido. Alguém colocou fogo naquela casa, por quê? É isso que estou me perguntando agora. Por tudo que conseguimos olhar na casa não existia nenhuma chama acesa lá dentro e o gás da cozinha estava desligado, o fogo que percorria todo aquele local foi colocado por alguém com má intenção.

[...]

Harry.

Harry é o nome do homem que estava dentro da casa, ele não teve graves queimaduras, mas por precaução foi levado ao hospital. Eu fiquei com Albus pois segundo os outros bombeiros "ele se apegou muito a mim". Quando o garotinho soube que seu papai estava bem ele se acalmou totalmente e começou a tagarelar, tinha perguntado meu nome, se eu tinha namorado ou namorada e tudo, já tínhamos uma amizade.

Depois de algum tempo falaram para eu ir ao hospital central com Albus, porque o pai dele poderia acordar a qualquer momento e se desesperar ao não ver seu filho do seu lado.

[...]

Me troquei e rapidamente fui buscar o garoto que não consegue mais se desgrudar de mim, agora eu sou o tio Dray. Coloquei ele no meu carro na cadeirinha da minha sobrinha Alice (ainda bem que isso estava no meu carro).

— Tio Dray, você tem uma filhinha? — Albus perguntou sendo o menino curioso que é.

— Não, Albus, isso é da minha sobrinha, a Alice. — respondi.

Liguei o som do carro baixinho para distrair o bebê, e enquanto estava dirigindo escutei o sussurrar do garotinho cantando a música da rádio. Como pode alguém ser tão fofo?

[...]

Em menos de 20 minutos chegamos ao hospital, fiquei sabendo que Harry estava no quarto 2809, subi até lá com Albus.

— Onde a gente tá, tio? — o menininho que estava no meu colo perguntou.

— No hospital, moreninho. — Albus riu com o apelido que acabei de dar para ele, mas depois me olhou com uma cara assustada.

— Você tá dodói? — dei um risinho olhando para seus olhos esverdeados e neguei com a cabeça.

— Viemos ver seu papai.

— O papai tá dodói? — o garoto ficou mais aflito.

— Não! Não, ele não está, ele só... precisou vir aqui... fazer um exame de sangue... — inventei uma história pois não sabia exatamente o que falar.

Estava chegando perto da porta do quarto que fui informado onde Harry estaria quando escutei alguns gritos e um choro alto.

— Onde está meu filho?! — Harry gritava.

Eu me apressei para chegar até o quarto junto com o Albus. Parei na porta e então Harry se virou e olhou para seu filho e para mim.

— Papai! O tio Dray disse que você está fazendo exame de sangue, você tá dodói? — Albus foi falando tudo.

Eu adentrei o quarto e cheguei próximo à cama para que Harry pudesse ver seu filho, ele já havia se acalmado, acredito que tenha pensado que seu filho não havia resistido. Pedi permissão para me sentar na cadeira ao lado de sua cama, assim que foi concebida me sentei e o outro bombeiro que estava no cômodo saiu e fechou a porta deixando apenas eu (o estranho para Harry), Albus e ele no quarto.

Coloquei Albus no colo do pai e fiz sinal que estava saindo do quarto quando Harry falou para que eu ficasse ali, então apenas voltei a me sentar na cadeira.

— Ai, filho, graças a Deus está tudo bem com você. — ele disse enchendo o rosto do bebê de beijos.

— Tá sim, papai, o tio me tirou de lá. — enquanto Albus dizia isso ele apontava para mim, acho que estava na hora de me apresentar.

— Oi... Eu sou o Draco, Draco Malfoy, um dos bombeiros que estava cuidando do incêndio. — disse meio sem saber o que falar.

— Oi, Draco, muito obrigado por salvar a vida desse serzinho aqui, ele é minha vida. — deu um sorriso enquanto falava. — E meu nome é Harry Potter.

— Bom, eu só queria te dizer que está tudo bem com o Albus, eu fiquei cuidando dele enquanto você... estava fazendo o exame. — falei dando uma piscadinha para ver se ele entendia.

— Ah, sim, obrigado, o exame deu tudo certo. — ele disse, entendendo a jogada.

— Eu acho que é hora de eu ir embora, você deve ficar aqui até amanhã, né, Harry? Você vai pedir para alguém levar o Albus? — perguntei e ele me olhou confuso.

— É, foi o que os médicos disseram. Não, eu não tenho para onde ir, ele vai ficar aqui comigo, a gente dá um jeito, né, garotão? — ele perguntou para o moreninho que assentiu com a cabeça fazendo um high-five com o pai.

— O tio Dray não vai ficar com a gente, papai?

— Não, Albus, você já está querendo abusar da bondade do bombeiro. — Harry o repreendeu.

— Bom, eu vou indo então. — disse meio sem jeito.

— Tchau, tio! — Albus disse com um olhar pidão, então eu fui até ele e lhe dei um beijo na bochecha que o fez corar e sorrir.

Assim saí da sala, acenando para Harry que me agradeceu mais uma vez por salvar a vida de seu bebê. Fui para casa sorrindo por salvar a vida de duas pessoas hoje, na verdade uma, a do bebê, mas pelo que percebi Albus é a vida de Harry.

[...]

Havia sido um bom dia, eu havia salvo a vida dos dois, e eles saíram sem nenhum arranhão, mas por algum motivo eu não conseguia dormir, estava virando no travesseiro por quase uma hora, aquilo que Harry falou me deixou pensando.

"Eu não tenho para onde ir."

Onde aquele pai solo sem absolutamente nada e seu filho iriam parar agora?