One shots Brio

Hit the eight ball

-Vamos.

-Mas eu não sei jogar essa merda.

-Tente.

-Se eu tentar, o que vai me dar em troca?

-O que você quer?

-Ainda não sei.

-Então pense em algo. Pode ser qualquer coisa. Dentro do possível.- Ele disse, e colocou as mãos na mesa de sinuca.

-Eu quero ter um dia inteiro com você.

-Hum. Por quê?- Ele sorri.

-Quero saber o que um cara que explora donas de casas faz.

-Bela escolha, mamãe.- Ele continua- Acerte, e eu te dou isso que pediu.

-Tá.- Disse e me aproximei da mesa.

Rio se aproximou da mesa. Suas mãos foram para o centro, e ele pegou o bastão para jogar. Nem sei o nome disso. Eu não jogo sinuca!

-Acerte direitinho.

-Eu vou. - disse, e me concentrei.

-Assim?-

-Huhum.

Meus olhos se fecharam quando Rio colocou as mãos na minha cintura e depois na minha mão.

-Não vale. Não me toca.

-Por quê?

-Porque não vou conseguir me concentrar.

-Te deixo nervosa?

-Deixa.

Ele se afasta, e fica me olhando.

Meus olhos estavam fixados na droga da bola oito.

1,2,3, respirei e joguei.
A bola oito acertou o buraco e eu pulei de felicidade.

-Olha, temos uma vencedora.- Ele sorriu e pegou  novamente na minha cintura.
-Era isso que você queria, né?- Rio aproximou nossas bocas e olhou no fundo dos meus olhos.
Quando seu hálito de Bourbon se encontra com o meu, nossas bocas formam uma combinação perfeita.
Rio me beija com luxúria, com desejo. Sua mão segura a minha nuca, ele puxa o meu cabelo de leve, me fazendo suspirar.
Rio me coloca em cima da mesa de sinuca e me beija mais lá.

Quando ele desce as mãos para os meus seios, e o paro.
-Nada disso. - Digo e coloco as suas mãos na minha cintura.
-Você vai cumprir com o combinado.

-Qual é... você quer isso. Não quer lembrar da noite do banheiro?

Ah... a noite do banheiro.
Ele me comeu como ninguém nunca havia feito.

-Aquele dia foi muito confuso.-

-Foi, né? Você estava com o Dean, e olha, você olhou para mim, eu olhei para você, e puff, você foi no banheiro e definitivamente me chamou pelo olhar.
Eu fui atrás de você, e te comi até você gozar na mesa do banheiro.

-É... confuso demais.

-Você adorou.

-E se eu não tivesse?

-Oh Rio, Oh Rio, eu estou, ohhhh!!!- Ele me imitou.

-Eu disse isso?-

-Sim.

-Você adorou que eu disse isso, não?

-Sim, foi muito bom ver você rendida a mim.

-Não estava rendida. Estava com vontade de transar.

-E porque não deu para o seu marido?

-Porque...

-Porque você me queria. Queria que eu fosse o culpado.
Porque queria então ?

-Eu...

-Vai, me diga.

-Eu... estava com raiva. Estava com raiva do machismo de Dean, estava com raiva dele. E eu queria transar. Você foi um "bônus". Eu já queria transar com você.
Mas naquele dia... foi mil vezes melhor do que qualquer coisa.

-Então ele é um babaca e eu sou um bônus?

-Sim.

-Que legal. - Rio aperta a minha cintura com um sorriso no rosto. Ele sabia que isso me deixava mole.

-Não faça isso.

-Vamos Beth, Vamos repetir aquilo.

-Não posso ficar submissa a você.

-Mas você quer isso.

Eu quero, droga, eu quero.

Olho para o seus olhos e depois para a sua boca. Em seguida faço novamente.
Sabia que isso deixava ele louco.
Um triângulo com o olhar. Perfeito para a situação.

-Não faça isso comigo Elizabeth.

-Porque?

-Por que senão eu viro o seu submisso.

-Ah é?-

-Sim. Totalmente.

Me aproximo de sua boca e o beijo. O beijo é lento, mas cheio de veneno. Sabemos que isso vai acabar mal. Mas mesmo assim fazemos.

-Isso, me beija como se fosse a nossa última vez. - Ele me diz.

Rio sabe que nós somos casos perdidos. Sabe que todos acham isso. Quando Annie finalmente entendeu o que eu sentia por ele, me deixou. Ela sabia que eu não conseguia controlar. Ele é algo impulsivo, mas delicioso.
Sabe o que eu vou querer só olhando para mim. Como na noite do banheiro. Ou no quarto.
Todas as nossas transas significaram muito para mim.
Todas as vezes que transamos justificam uma só vez. Talvez só a noite do banheiro foi suficiente para nós nos "apaixonarmos", talvez só um olhar, talvez quando ele me tocou pela primeira vez... ou quando ele me chamou de...

-Elizabeth.-

-Sim?-

-Vamos transar.

-Não. Vamos sair.

-Argh! Tá.

Pego no seu braço o levo para fora do bar.

Rio me olha com surpresa, levo ele até um dos meus lugares favoritos...

Parte dois amanhã.