Capitulo 8
Sebastian estava furioso com a gótica, era tanto que vez ou outra deixava, sem a intenção, a agulha escapar de suas mãos e espetar a garota onde não deveria.
-Desculpa. –pediu irritadiço pela ultima vez amarrando o ultimo ponto da garota que soltara um suspiro dolorido. –Mas a culpa é sua por não ter tomado o devido cuidado. –juntou todos os materiais que usara.
-Ou eu me esforçava ou a Candy morria. –a loira terminou de enfaixar o ferimento e a gótica pode colocar a blusa corretamente.
Ninguém conseguia entender de onde ela tirava tanta coragem para ficar apenas de sutiã na frente de todos enquanto Sebastian fazia os devidos cuidados de seu ferimento.
-Mas você podia ter tido mais cuidado. –Candy a olhou como uma mãe severa e preocupada.
-“Cuidado” é uma palavra que não se encontra em meu vocabulário. Não quando se refere à mim. –cruzou os braços olhando a loira.
-Então acho que já está mais do que na hora de introduzi-la nele, não acha? –a loira se curvou um pouco para ficar do mesmo tamanho que ela por estar sentada.
-Você pode tentar se quiser, -a gótica se levantou forçando a loira a voltar a ficar ereta –mas já lhe aviso que não será nada fácil. –sorriu diabólica.
-Aceito seu desafio. –sorriu com sarcasmo e encarou os olhos verdes agora sem tanta maquiagem para os destacar.
-Mel, Candy, essa não é uma boa hora pra discussões. –Micke arrastava um saco com cacos de vidro quebrados e balas usadas.
-Que tal pararem com essa DR e vir nos ajudar? –Teddy as provocou varrendo o resto dos cacos e fazendo montinhos.
-Não estamos tendo uma DR! –as duas gritaram juntas.
Josh, que recolhia os montinhos de Teddy, escutava as conversas e ria sozinho fingindo não estar ali. A maneira como eles estavam agindo nem parecia que haviam sido atacados e quase tiveram uma vitima. Foi então que Josh notou o silencio de uma certa morena que varia alguns cacos de um lado para o outro sem sair do lugar.
-Brit, tá tudo bem? –ele se aproximou da garota, mas ela pareceu não ter o notado. –Ei Brit! –chamou um pouco mais alto –O que você tem? –perguntou quando teve a atenção da garota.
-Nada não, fofinho. –sorriu.
-Se não fosse nada, você não estaria assim. –o sorriso da garota sumiu. –Pode falar pra mim, eu quero ajudar.
-Estou assustada... –suspirou profundamente. Ela pensou em contar para ele o pesadelo que tivera mais cedo, mas não achou necessário.
-Todos estamos. –disse sorrindo, contradizendo o que falava –Pode não parecer, mas estamos, afinal não é sempre que se é atacado quando se está três dias de férias. Principalmente por uma raposa de pelúcia.
-Falando nisso nosso tempo está acabando. –disse olhando o cronometro no pulso contando em 44 e alguns minutos quebrados.
-Você parece muito preocupada com o tempo em que estamos aqui. –disse preocupado, mas então sorriu. –É como diz o ditado “O tempo voa quando a gente se diverte”. –tentou parecer o mais calmo possível vendo que os outros também se aproximaram e qualquer coisa que dissesse pudesse trazer a fúria dos mais velhos para ele.
-Não acho que foi só o tempo que voou aqui... –Mel disse mais para si própria.
-O que quer dizer com isso Mel? –a loira ao seu lado pareceu interessada.
-Hãn? Ah! Não é nada. –desviou do assunto.
-Se não fosse nada você não estaria assim. –Micke interferiu. –Você está assim já faz bastante tempo. Não tem agido como a mesma que entrou aqui, de inicio parecia indefesa e assustada, depois pareceu estar em um lugar normal para você como se estivesse se divertindo, mas desde a morte de Ed está mais fragilizada. –seu tom era um pouco mais alto e desconfiado.
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Welcome to the Wood
HorreurDez adolescentes, misteriosamente, são sequestrados e levados para um lugar onde nunca haviam visto antes. Eles agora precisam enfrentar dez creepypastas temidas se quiserem saírem vivos dessa floresta onde seus medos não se encontram em sonhos e si...