𝐂𝐮𝐫𝐭𝐚 𝟎.𝟓

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N.A: Ideia do meu braço direito e ajudante (desde a criação da fic, praticamente): Emymizera.

Curta: Durante a madrugada
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⊱ .⋅ S/n 's POV - 12:23 AM ⋅. ⊰

Todos estavam dormindo, ou quase todos. S/n não conseguia dormir, havia acordado de um "sonho" e inconscientemente criou paranoias, algo que afetou seu sono. A garota se senta e encosta a cabeça na parede.

—(💭)S/n: foda-se as paranoias, o "ser ou não ser" da versão "ir", eu vou sair. Já sei a rota.

S/n silenciosamente se levanta e desvia dos garotos, ela abre a porta, sai e fecha-a sem que fizesse qualquer barulho. A garota vai até o quarto de Michael, parando na frente da porta e hesitando por alguns segundos, antes de dar três leves batidas na porta. Foi mais rápido do que esperava, mas Michael abriu a porta em menos de um minutos. Ambos se encararam, surpresos, nenhum deles parecia ter acabado de acordar.

—S/n: por que você 'tá acordado?

—Michael: e por quê você 'tá acordada?

—S/n: eu perguntei primeiro.

Michael suspira.

—Michael: e eu, em segundo. Dois é maior que um, mas é bom evitar discussões. Bom... Suponhamos que eu estava meio preocupado...

Michael desvia o olhar, corando levemente. S/n rapidamente percebe e dá um sorrisinho bobo.

—S/n: agora não precisa mais, 'cê já sabe que 'tá tudo bem.

Michael dá um leve sorriso e abraça S/n, que retribui o gesto.

—Michael: não consigo mais confiar neles tanto quanto antes, sabe, não acho nada suspeito, só que prefiro manter o pé atrás. Foram três anos sem contato, aposto que eles estão fazendo isso, também.

—S/n: verdade. Olha, o James e o Jacob parecem ser bem legais, e eu conseguiria dar um soco neles! Bom, isso também foi um dos motivos pra eu ficar acordada...

—Michael: de novo com a paranoia de alguém virar canibal?

Os dois se desfazem do abraço.

—S/n: os filmes de terror estão em dia, não julgue.

—Michael: não vou.

S/n e Michael ficam em silêncio por alguns segundos.

—Michael: quer entrar?

—S/n: quero.

Michael se afasta da porta e S/n entra, assim que ela fecha a porta e olha para o quarto, vê alguns papéis e lápis de cor espalhados pela cama e bancada.

—S/n: desenhando agora?

—Michael: a inspiração vem do nada, cara S/n.

—S/n: não julgo, já aconteceu comigo.

S/n se senta na beirada da cama e organiza os papéis em cima dela.

—Michael: alguma paranoia nova?

—S/n: sim, inventei agora: o Mark debaixo da cama e me dando um susto vestido de palhaço, pode estar segurando uma batata, também... Se bem que ele já é um palhaço sem a roupa.

Michael quase ri, mas tampa a boca com a mão.

—Michael: e se eu te contar que isso já aconteceu? Não dele ter roupa de palhaço ou uma batata, é só que, uma vez, o James o colocou debaixo da cama.

—S/n: não acredito! Consegui prever o passado, a paranoia acertou.

Michael tira os papéis da cama e deixa-os em cima da sua escrivaninha. Ele se senta ao lado de S/n.

—Michael: pensei em fazer um desenho novo.

—S/n: e qual seria?

—Michael: acho que as paisagens. Eu só desenho objetos, então as paisagens podem ser mais fáceis... Pessoas também.

—S/n: ótima ideia! Aproveita e tenta desenhar o castelo que Elizabeth queria há duas semanas.

—Michael: é uma boa ideia, vou fazer isso de manhã.

S/n boceja, cobrindo a boca com a mão.

—S/n: faça como quiser, hoje foi bem cansativo e desenhistas como você precisam descansar.

—Michael: você também é desenhista, e parece cansada. Se quiser, é só deitar, aposto que foi um dos motivos pra você vir, não foi?

—S/n: tecnicamente, foi um deles. Enfim, tem certeza que eu posso?

Com a cabeça, Michael assente em confirmação. S/n se deita e ele começa a fazer carinho na cabeça dela.

—S/n: ei, Mike.

—Michael: o que?

—S/n: você não vai deitar, também?

—Michael: não sei, acho que não... Não 'tô com tanto sono, mesmo.

—S/n: por que? tenho certeza que você está cansado, é algum motivo específico?

—Michael: é, mas não é grande coisa.

Michael desvia o olhar, S/n percebe que o garoto pareceu ficar um pouco nervoso, mas não disse ou fez nada.

—Michael: é só que... Ele não voltou, mas pode voltar. Tenho medo dele fazer algo ruim pra vocês, não sei se foi algo a ver com o porão, se é algo mais antigo, mas prefiro virar a noite.

S/n se senta, ficando ao lado de Michael.

—S/n: ei, vai ficar tudo bem. Todos vocês conseguem se defender, todos mesmo! E, com esse tanto de gente, ele vai querer se passar de bom sujeito. Qualquer coisa, criamos um plano e nos afastamos a tempo.

Michael fica em silêncio por alguns segundos.

—Michael: você tem um ponto. Só que, sem minha mãe aqui, o perigo aumenta. Ela que "domava" o William, sabe?

—S/n: acho que sei, mas vamos ficar sem pensar nisso, ok? O importante é dormir, porque, se você não dorme, as paranoias te consomem e as vezes nem é preciso. No caso, algum de nós pode ter insônia.

S/n dá um leve sorriso.

—Michael: acho que 'cê 'tá certa, dessa casa, você tem doutorado em paranoias.

Michael retribui o sorriso e S/n o abraço, o soltando logo depois. O garoto olha para a porta.

—S/n: quer trancar a porta? Talvez você se sinta mais seguro. A gente ignora o duplo sentido que isso causa.

—Michael: pode ser... E é, a gente ignora.

S/n se levanta e tranca a porta, Michael se deita e a garota vai até ele, se deitando logo depois e abraço-o, tendo o gesto retribuído logo depois. Eles se endireitam e praticamente ficam na posição de conchinha, com Michael abraçando a cintura de S/n numa força um pouco maior do que de costume.

—Michael: me desculpe por tudo isso.

—S/n: tá tudo bem, sei como é não se sentir seguro na própria casa. Boa noite, Mike.

—Michael: boa noite.

Os dois fecham seus olhos e, alguns minutos depois, acabam dormindo.

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942 palavras.

一𝙈𝙮 𝙘𝙝𝙞𝙡𝙙𝙝𝙤𝙤𝙙 "𝙁𝙧𝙞𝙚𝙣𝙙" - 𝑀𝑖𝑐𝒉𝑎𝑒𝑙 𝐴.Onde histórias criam vida. Descubra agora