Resiliência

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A gentil brisa retorna parecendo congelar seus membros, seu nervosismo estava claro. Kaede se aproximava da garota lentamente. Parecia que a varanda da casa iria cair na mente de Mary.

O que você quer?

– Nada só uma conversa amigável – Disse Kaede em um tom ameaçador.

Mary sentia um frio na barriga, não sabia o que fazer a não ser tremer de medo.

– Você acha que eu não sei sobre as maldições?

(Gulp).

– Saía da forma espiritual agora! Eu vou resolver isso por todos eles…!

Mary agora entende o motivo de sua fúria, ela respira fundo e diz demonstrando sua determinação.

A história que você ouviu sobre não diz nada sobre os meus sentimentos.

– Ah… Sei… Então uma assassina cruel também pode ter sentimentos?

Não é minha culpa, isso é apenas um mal entendido.

Kaede se nega a ouvir isso.

Você entenderia se tivesse visto o que eu vi!

– O que você viu!? Você quase cometeu um genocídio…!

Mary começa a recuar.

– Você matou centenas de Rhasts… Rhasts de verdade não são farsas como você!

O cabelo de Mary começa a ser consumido pela parte negra, a ventania se torna mais intensa.

Eu não vou te contar nada!

– Você vai sim! Se não contar… Nunca será capaz de provar que é inocente de verdade!

Diante daquela situação Mary só pensou em algo e estava completamente determinada a dizer.

Sim, fui eu que matei quase metade de uma raça, pelo bem de minha mãe, pelo bem da Rainha e pelo meu povo.

Sua cara estava preenchida de amargura mas sua determinação escondia o seu real sofrimento.

– Sua desgraçada!

Kaede logo invoca sua espada, Aozora. Ela balança a espada e faz um arranhão próximo ao ombro de Mary, se ela não tivesse esquivado com certeza seu braço teria sido cortado por inteiro.

– Aozora é uma espada feita de Jia… A mesma energia que compõe os corpos de vocês… Eu poderia ter arrancado seu braço logo!

Mary recua mais ainda.

Uma ventania mais gélida se aproxima causando calafrios nas duas.

– Já acabaram? – Disse Anastasia.

Aquela mulher parecia séria e preocupada.

– Kaede, a vida da Mary não tem nada haver com a sua.

– Tch – Kaede virou a cara e apertou a mão enquanto segurava a espada.

– Você é um deles e mesmo assim não faz nada!? – Disse Kaede.

– Eu até faria algo, se eu fosse uma pessoa que se intrometesse na vida dos outros.

– Você vai mesmo ficar do lado de uma…! De uma farsa como ela!? 

Mary fica cabisbaixa, os sentimentos dessa garota estão sendo lentamente torturados.

– Uma assassina como ela não deveria ter perdão!

Anastasia começou a se estressar, ela encarou Kaede com um olhar ameaçador.

A Singular Meaning and ReasonOnde histórias criam vida. Descubra agora