Sensação Familiar

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O rapaz deu um pequeno salto para trás, mas não foi o suficiente.

Dan soltou a chave e foi em direção a Gutod sem nem pensar.

– Khh! – Dan empurrou o rapaz entrando na frente do ataque.

Gutod estendeu a mão mas não estava nem perto de alcançar.

Um corte de garra com três enormes arranhões fez o corpo de Dan explodir em sangue enquanto a criatura bateu de cara na parede.

Gutod se sentiu desesperado tanto que arregalou os olhos. Anastasia o segurou para que ele não tropeçasse.

– Está tudo bem Gutod! Ele apenas virou sangue como ele sempre faz! – A mulher o segurava pelos braços para que ele não pudesse entrar na frente da criatura de novo.

O sangue estava se reunindo como de costume formando o corpo de Dan. Sua roupa tinha três marcas de arranhão, mas seu corpo não. Gutod ficou um pouco aliviado, porém envergonhado por ter sido salvo.

A criatura rugiu, seus olhos brilhavam no verdadeiro vermelho da carnificina. Uma criatura com pele de um réptil mas com garras afiadas, braços pequenos e pernas longas e ainda uma cauda igual a uma lagartixa.

– Que tipo de bicho é esse? – Perguntou Dan.

– Nem no meu mundo isso costumava a ter… – Anastasia estava um pouco assustada.

Uma corrente elétrica percorreu o corpo de Gutod, ele estava pronto para o que viria.

A fera avançou saltando. O lugar era muito estreito para uma luta, mas Gutod tirou vantagem disso e correu pelas paredes alcançando a fera rapidamente. Mesmo de cabeça pra baixo o rapaz chutou e acertou o pescoço da criatura a fazendo passar voando por cima daqueles dois.

Dan começou a procurar pela chave que tinha deixado cair enquanto os dois lutavam.

A fera rugiu e seu corpo começou a ficar maior, suas pequenas mãos estavam crescendo e sua pele ficando mais grossa.

– Cadê? Cadê? Cadê!?

Anastasia começou a procurar também.

A fera estava tão grande que havia facilmente atingido o teto. Tudo começou a tremer e estava prestes a desabar.

– Isso é ruim! Ruim demais! – Dan estava desesperado.

– Achei! – Disse Anastasia.

– Rápido abre aqui! – Kaede também estava desesperada.

Anastasia tentou a primeira chave mas não abriu, o teto já estava caindo pedaços de pedra. Tentou a segunda mas não abriu, a criatura rugiu e dessa vez foi tão alto que fez seus ouvidos doerem. Ela tentou a terceira e finalmente abriu.

– Mas que aflição! – Gritou Kaede.

A fera estava enorme, um passo e causava um estrondo, sua boca era comprida e parecia uma verdadeira jaula mortífera.

– ANASTASIA! – Gritou Gutod.

– Rough Rose!

A aura vermelha estava tão forte que parecia fogo freneticamente dançando e pulsando um enorme poder. O rapaz franziu a testa, ele queria muito eliminar aquela criatura. Ele fechou seu punho e uma corrente de ar violenta percorreu seu braço. Levantando seu punho até a altura de seu peito, Gutod gritou e socou o nada. Uma corrente de ar empurrou a fera para trás fazendo sua cabeça ser arrastada no teto e em seguida na parede.

– De onde ele tirou tanta força? – Perguntou Dan.

Anastasia permanecia de pé orgulhosa pelo que viu. Plena a mulher se aproximou de Gutod.

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