Ir para um mundo fictício nunca passou pela cabeça de Park Jimin. Embora ele fosse fã do HQ ele tinha a mente focada, era muito cético para acreditar em mundos alternativos.
Mas se eu lhes disser que este quadrinho chamado Lives In Reverse não é um...
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Dizem que o luto tem cinco estágios. Negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. Eu quero acrescentar mais um, Vingança.
❁ ཻ ུ
N A R R A Ç Ã O
Lives in Reverse tinha se tornado um dos maiores gibis da atualidade na Ásia. Chegando a ultrapassar os outros quadrinhos de super-heróis que eram tão famosos e aclamados por todos. A cada nova temporada lançada o número de fãs do quadrinho aumentava gradativamente. As pessoas corriam que nem loucas para comprar na pré-venda o novo exemplar da temporada.
O gibi já possui mais de seis exemplares desde sua estreia. As pessoas sempre arranjavam tempo para ler o quadrinho, estes leitores acompanhavam cada temporada da saga de Jeon Jungkook em busca do assassino que matou seus pais.
Todos ansiavam pelo dia em que o personagem se vingaria da morte dos pais, não importava se era fã do HQ ou apenas uma pessoa lendo por tédio. Mas a Ásia toda se preparava para esse grande dia, tão aguardado por todos. Seria o capítulo que revelaria tudo, a identidade do verdadeiro assassino.
A história contada no HQ girava em torno de um jovem chamado Jeon Jungkook.
Ele era um adolescente quando entrou nas olimpíadas de dois mil e onze, competindo em tiro esportivo aos quatorze anos, sendo o atleta mais novo entre os demais que concorria.
Desde de a infância ele gostou de armas, seu pai o Sr Jeon já foi um atleta de tiro esportivo e quando seu filho nasceu resolveu ser professor, assim tendo tempo para ficar com o seu filho. Ele ensinou tudo que sabia para seu pequeno garoto que logo se mostrou interessado em seguir os passos do seu progenitor.
Na adolescência era considerado um profissional mesmo com a tão pouca idade, confiante com suas habilidades ele pediu ao pai para se inscrever nas olimpíadas. No início ele achou que era muita responsabilidade em cima dos ombros do filho. Ele teria que treinar o dobro, teria a pressão de várias pessoas analisando seus passos, torcendo para que ele trouxesse a medalha de ouro para o país. Conversou com o mais novo, explicando como funcionaria e as experiências que teve no passado, não querendo desestimular o garoto, não jamais! O próprio vivia repetindo para Jungkook que ele seguisse seus sonhos e jamais desistisse deles, queria que seu filho fizesse as coisas tendo noção do que enfrentaria e se ele estaria disposto a enfrentar as pedras no caminho, dando apoio às suas decisões.
Ele apoiou Jungkook até o fim!
Em outubro de dois mil e onze o rapaz estava com a equipe olímpica, ao lado de vários atletas. Ele chegou à final, ele era o único atleta asiático e o mais novo entre seus concorrentes.
Tente se imaginar nesta situação, com a pressão vindo de todos os lados. Várias pessoas torcendo por você, alguns o assistindo nas cadeiras do estádio, outras vendo pela televisão, juízes avaliando cada movimento seu, câmeras filmando suas ações, seu pai e treinador apreensivo do outro lado com as mãos sobre a face, enxugando o suor que escorria em gotículas na testa, as rugas no pé dos olhos, mãos úmidas de suor pelo atleta caçula segurando o cano da arma tendo um óculos com a lente frente aos olhos ajudando na visualização do alvo de madeira, cortado em círculo com a tinta preta pintando a extensão onde denomina os pontos que a bala faria em seu centro, o pequeno círculo no meio da madeira marcava o maior número de pontos, quem acertasse levaria a medalha de ouro para seu país.
