04; Cadê meu nome?

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04; Cadê meu nome?

Por Kory


2017


Ainda bem que hoje Happy não veio lhe buscar na entrada do colégio para irem a Base, porque Peter estava tão fora de órbita com o que aconteceu hoje durante as aulas e o intervalo, que tudo o que ele mais queria no momento era esfriar a cabeça, pulando entre os prédios e sentindo o vento bater no seu rosto mascarado, como Homem-Aranha.

Ele só esperava que lembrasse de buscar de volta sua mochila no beco em que a deixou grudada na parede. Já tinha perdido mochilas demais para pedir mais uma nova neste mês. Ainda que ele ainda tivesse ajuda da IA para procurá-las.

Era maravilhosa a sensação de liberdade que sentia enquanto se balançava nas teias que atirava. Antigamente, bem no começo, quando ainda estava se adaptando a seu novo corpo e capacidades, Peter não diria que sentia essa sensação gostosa mas sim o medo de cair, as teias se romperem e bom, ele tinha um terrível medo de altura. Mas, atualmente, não tanto quanto antes. Quase nada de medo.

Peter sentia que precisava desse passeio como vigilante, não só porque fez pouca patrulha no final de semana, mas também pelo desconfiante e estranho comportamento de todos ao redor dele, exceto Tony e MJ, felizmente.

Ele não era tolo para não notar que algo estava diferente do normal e por isso ele estava tão perdido em pensamentos, apenas porque queria descobrir a causa para as dores de cabeça, tonturas e perguntas malucas e nada a ver que faziam para ele.

Ned era o único que Peter sabia que as dores de cabeça e todos os outros sintomas poderiam ser pela batida forte que seu melhor amigo levou na cabeça e por isso mesmo que o incentivou ao máximo para ir ao hospital ver se nada de grave havia acontecido com ele.

O resto, como May, Flash, Betty e os professores, ele ainda não sabia explicar o porquê de todos estarem agindo diferente e terem os mesmos problemas. Happy até teve uma tontura, mas como ele disse, poderia ser somente por ter se virado rápido demais. Às vezes isso acontece, então Peter não se preocupou tanto ou o incluiu na lista mental que fizera para solucionar o caso.

Quem sabe se isso persistir nos próximos dias, ele não fosse recorrer a ajuda de Tony? Seria bom ter o auxílio de Tony, fora que duas cabeças pensam melhor que uma e a de Tony valia por mais de uma por ser indiscutivelmente um gênio.

May provavelmente não ajudaria muito, mesmo sendo uma enfermeira — meio — aposentada, por ser teimosa e insistir que não tinha nada de errado com ela.

Por hora, ele apenas seria o vigilante que o bairro Queens precisava. Era melhor esfriar a cabeça primeiro antes de quebrar a mente pensando em como solucionar esse "caso".

Se é que não era apenas paranóia sua, talvez.

— Karen, tem alguma coisa acontecendo que eu precise interferir?

Por enquanto, está tudo tranquilo, Peter.

Peter suspirou, um tanto desanimado, mesmo que isso fosse antiético. Ele queria uma adrenalina para abafar tudo o que se passava na sua mente.

Peter já tinha mandado mensagem a May de que não iria para o apartamento tão cedo e ele tinha comprado um pacote grande de salgadinho como almoço, jogando na lata a vida saudável. Pura influência automática vindo da convivência com Tony Stark,

Quer que eu mande soltar um explosivo para você ter a quem salvar?

— O quê? NÃO! Claro que não, Karen! Pirou?

Who is Peter Parker?Onde histórias criam vida. Descubra agora