NOITE DE ABERTURA
Naquela manhã ocorreria a apresentação das debutantes da temporada para sociedade londrina, diante da Rainha Charlotte. E Lady Danbury até tentou persuadir Celina a ir junto consigo, mas a mais nova deu uma desculpa, uma muito válida no caso. Ela tentaria conversar com seu irmão ainda neste dia, mas não o encontrou na casa de sua madrinha, então decidiu sair e procurar pelo mesmo.
Talvez ele esteja na casa de Hastings? — pensou a jovem.
E então começou a procurar por uma roupa apropriada para sair dentre as poucas peças que havia trago consigo. Assim, aproveitou para fazer uma nota mental, pois se ficaria em Londres para a temporada, iria precisar de novos vestidos de baile.
Pegou uma veste em tom pérola no modelo da época, contendo uma fita de cetim azul que moldava sua cintura e na parte superior a fita, havia ali uma lindo bordado de magnólias azuis.
Saiu da residência de sua madrinha com destino a sua antiga moradia, a casa de Hastings. O percurso não era longo, então não era necessário locomover-se com a carruagem e se fosse a pé poderia aproveitar para ver as mudanças na cidade.
Por onde passava a jovem atraia olhares de qualquer que fosse pessoas, todas se perguntando quem era a jovem, mas tinha os mais velhos que ficaram na dúvida de já ter visto a jovem antes pelas redondezas. Realmente fazia tempo que não visitava sua madrinha e a jovem mudou muito durante esse período.
Minutos depois a morena já estava na rua da antiga propriedade e parou para reparar um pouco na construção. Nada havia mudado, a não ser o jardim, que agora parecia mais vivo do que sua infância. Ela atravessou o pequeno jardim, dando a volta na fonte e enfim chegou à frente da porta.
Tocando o sino que havia ali, a jovem esperou poucos minutos para que alguns dos funcionários a abrissem. Embora a casa também fosse sua, não era por esse motivo que ela poderia entrar sem um aviso prévio, afinal não vinha à esta residência a muito tempo.
Quando alguém a atendeu, essa pessoa era Jeffries, o homem que prestou serviços a seu pai e agora servia aos seus filhos. Ele permitiu que a mesma entrasse, logo dando a resposta a sua pergunta de onde o irmão da mesma se encontrava.
Celina caminhou até a ala oeste da propriedade, onde costumavam ficar quando era criança junto ao seu irmão. Um pequeno espaço onde construíram memórias significativas. E passando pelo portão de ferro onde o emblema de sua família fora esculpido e gravado, ela encontrou seu irmão sentado em um banco de pedra de frente para a macieira que guardava muitas memórias dos jovens Basset.
— Simon? — chamando por sua atenção, ela se aproxima do mais velho, ficando ao seu lado e esperando por um convite para se sentar.
Não queria estar ali se não fosse bem-vinda, mas ele a aceitou por perto naquele momento e apenas ficaram em silêncio, desfrutando da companhia um do outro e relembrando momentos de quando ainda eram apenas crianças, que não tinham sequer nenhuma responsabilidade ou as complexibilidades da vida adulta.
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The Basset - Anthony Bridgerton
FanfictionDizem que o início de uma nova temporada é um recomeço; mas não seria algo um tanto diferente? Onde você sempre está a prova de ser a perfeição, onde cada pequeno erro é comentado e qualquer murmúrio é motivo para um grande escândalo? Seria esse o l...