24. 𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓 𝐖𝐇𝐈𝐒𝐏𝐄𝐑𝐒

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SUSSURROS NOTURNOS

AO PEDIR A MÃO DE CELINA EM casamento, o visconde achou que poderia passar mais tempo ao lado da mulher, mas parecia que isso não iria acontecer com tamanha frequência

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AO PEDIR A MÃO DE CELINA EM casamento, o visconde achou que poderia passar mais tempo ao lado da mulher, mas parecia que isso não iria acontecer com tamanha frequência. Visto que os dias da última semana pareciam correr para quem estava organizando um jantar de noivado, mas para os noivos os dias passavam de maneira lenta, tornando-se uma verdadeira tortura para ambos, principalmente para Anthony.

Pois toda vez que o visconde tentava roubar sua noiva por um instantes, seja para um passeio no parque ou uma visita a sua casa, Lady Violet ou a Sra. Gloriana estava lá para um impasse, alegando que havia coisas para serem resolvidas a respeito do casamento, mas elas não faziam isso de propósito. E ainda havia as responsabilidades que um título de visconde carregava, fazendo com que o jovem moreno tivesse que se afastar de sua noiva mais uma vez.

Mas ele estava disposto a qualquer custo vê-la naquele momento, mesmo que no dia seguinte fosse o almoço entre suas famílias, para que pudessem comemorar o noivado dos jovens de maneira mais íntima, e muito provavelmente ele a veria. Entretanto o homem não conseguia controlar a própria ansiedade e estava se sentindo um bobo por isso, pois jamais havia se sentido desta maneira, nunca havia sentido a urgência de rever alguém como vem sentindo nesses últimos meses.

E se alguém o perguntasse o que ele fazia tão tarde da noite embaixo das grandes sacadas da mansão Hastings, ele não saberia responder e não iria dar explicações alguma. Pois o que ele poderia falar além de dizer que estava sentindo saudades dos lábios de sua noiva - coisa que seria um ultraje de se dizer -. Também havendo a questão de seu melhor amigo, que com toda certeza do mundo, se Simon soubesse o que aconteceu entre Celina e Anthony nesses últimos tempos, ele provavelmente tentaria matar o visconde e nem seria preciso desafiá-lo a um duelo.

Mas criando coragem e torcendo para que não errasse a janela do quarto de Celina, o visconde pegou algumas pedrinhas no chão da lateral da casa da jovem e mirou na grande vidraçaria. Na primeira tentativa ele não acertou, errando feio quando acertou a parede abaixo da sacada, mas na sua segunda tentativa ele acertou o vidro, porém ninguém apareceu. Já na terceira pedrinha, o homem pode observar uma fraca luz se aproximando da janela, fazendo com que a sombra da silhueta de uma mulher fosse projetada através da cortina.

Ele conhecia aquela silhueta. Só que a pessoa se manteve parada, e para que ela virasse sua atenção para a janela, o homem jogou uma quarta pedrinha e em seguida viu as grandes cortinas serem abertas. Era realmente o quarto de Celina e o jovem acastanhado suspirou aliviado por não ser o quarto de sua irmã e o do duque.

Celina abriu a janela devagar, de olhos inchados e semicerrados ela usou a pequena chama da vela para melhorar sua visão e quando chegou ao parapeito da sacada, a jovem se arrepiou pelo frio que estava fazendo naquela noite. E olhando para além dos arbustos ela tentava identificar a causa do barulho vindo de sua janela.

The Basset - Anthony BridgertonOnde histórias criam vida. Descubra agora