03. 𝐃𝐀𝐈𝐋𝐘 𝐓𝐑𝐀𝐍𝐐𝐔𝐈𝐋𝐈𝐓𝐘

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TRANQUILIDADE DIÁRIA

NOVE MESES PASSARAM-SE E A concubina do duque havia passado o período de sua gestação de um modo tranquilo

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NOVE MESES PASSARAM-SE E A concubina do duque havia passado o período de sua gestação de um modo tranquilo. Dias depois ao parto, quando já se sentia disposta de sair do convento, ela voltaria para casa de sua amiga.

Era noite de lua cheia, a jovem mulher estava em uma carruagem prosseguindo viagem, sua menina estava bem aquecida em uma cesta acolchoada enquanto dormia. Mas de repente a locomoção dá um forte solavanco, no qual a carruagem vai para o lado da mulher, fazendo com que ela batesse a cabeça no vidro e perdesse a consciência por um curto período.

Ela recobrou aos poucos seus sentidos quando ouviu um choro de criança, a sua criança. A jovem mulher forçou seu corpo a se erguer e tentar sair dali para poder pegar a sua filha nos braços e acalmá-la até que a mesma dormisse.

O lado de fora da carruagem estava completamente escuro, não se via nada nitidamente, apenas era possível sentir a chuva cair sobre se e escutar o balançar dos galhos das árvores por conta do vento feroz. Mas a única coisa que ela conseguia ver era a silhueta de um homem, que estava embaixo de uma árvore, o mesmo cantava algo para a criança que chorava em seu braço, a criança da jovem mulher.

— Por favor... — a voz arrastada da jovem transmitia pavor e cansaço. — Não machuque a minha filha. — ela pedia com os braços erguidos, um ato para que o homem que ela ainda não havia visto o rosto, devolvesse a sua criança.

— Não se preocupe, querida. — o ar faltou por milésimos de segundos quando a mulher reconheceu aquela voz, era ele. — Jamais machucaria a nossa pequena.

— Ela é minha filha! — a jovem esbravejou, quando iria dar mais um passo à frente algo a impediu de continuar, ou alguém.

— E se tornará a Duquesa de Hastings! — o homem grita por cima da alta ventania.

A mulher se debatia nos braços da pessoa que a segurava com brutalidade, quando o homem à sua frente fazia um sinal para o outro em um aviso. A jovem recebeu um golpe na cabeça perdendo completamente sua consciência, com apenas o som da chuva e o choro da sua menina sendo a última coisa que ouviu.

Naquela manhã de sábado fazia duas semanas que Celina estava na cidade londrina, dentre esse tempo ela havia voltado a morar na sua antiga casa, a casa Hastings.

A jovem Basset estava na sala sentada em um sofá de frente para um grande vitral transparente, esse que dava vista para o pequeno jardim com a macieira que guardava muitas memórias de sua infância. Ela portava de um pequeno caderno onde fazia anotações particulares, tipo um diário, enquanto comia doces que haviam sido feitos ainda naquela manhã por um dos funcionários.

A mulher estava tão dispersa em suas anotações que nem percebeu quando alguém entrou no recinto e se pôs atrás dela, quando o sujeito chama sua atenção tocando no ombro da jovem, ela dá um sobressalto por causa do susto que havia levado e a risada grossa que escutou atrás de se fez com que entregasse quem quer que fosse.

The Basset - Anthony BridgertonOnde histórias criam vida. Descubra agora