Capítulo 4 - "Eu Te Avisei, Albuquerque"

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Cecília

- Cecilia tu só pode ter ficado louca ou ter comido bosta, para fazer um negócio desses – Luiza fala indignada ao ouvir eu falar do episódio com o idiota chamado Santana

- Luiza ele não pode achar que so porque é juiz pode agir daquele jeito -Falo após beber um gole do vinho o qual estava uma delícia

- Ceci, uma coisa é tu afrontar um colega de trabalho, outra coisa é afrontar um homem mais prestigiado do país, que é elogiado por todos os poderes, ele pode destruir tua carreira. Eu super concordo com você, ele não podia ter agido daquele jeito, mas ao mesmo tempo esse teu senso de justiça pode te ferrar muito – Ela dá o famoso sermão, mas poxa foi muito injusto até mesmo a maneira que ele tratou o Diego

- Eu sabia que podia ter esperado até ir embora, já desconfiava que ia fazer isso -Diego fala ao pegar mais um pouco de vinho

- Vocês estão sendo ridículos me tratarem assim como se eu fosse uma criança, eu sei muito bem o que eu fiz, não me arrependo nem um pouco, e se pudesse faria de novo -Arrebito meu nariz e bebo mais um pouco de vinho e me recordo de um detalhe

- É ceci, o cara já foi até mesmo policial la na gringa acredita? Rafael Becker Santana, Sempre esteve no meio judiciário desde muito cedo, se formou em mais de três faculdades diferentes, e as premiações que foi eleito nunca perdeu nenhum, além de que todos os casos do qual julgou, ninguém nunca recorreu – Diego fala em frente ao seu notebook, desconfio que esteja pesquisando sobre o escroto la

- Ah Diego, por favor né, depois que viu ele so sabe falar desse cara, da um tempo ai, já que gosta tanto vai e se casa com ele então – Falo um pouco alterada de saco cheio desse assunto

- Bom, se ele gostar do que eu gosto, até que não seria uma má ideia – Da um sorriso malicioso

- Vai criar vergonha garoto, o cara até casado deve ser – Luiza da uma risada e taca uma almofada em direção ao Di

Tenho pena da esposa dele, se tiver, coitada por aguentar um ser tão desprezível assim.

- Acho que está bem enganada, de acordo com minhas pesquisas aqui, o todo poderoso esta solteiríssimo, na pista meu bem, esperando alguém fisgar aquele coração

- Mais uma palavra sobre a vida desse cara, eu vou até ai e quebro esse notebook na tua cabeça – Digo em um tom de falsa ameaça

- Ui cuidado com ela, a patroa ta nervosinha, isso ai é abstinência já, faz quanto tempo que não vai pra cama com alguém? – Olho para ele incrédula, e escuto a risada da Luiza

- Ta de brincadeira comigo, não é? – Falo indignada com ele

- Não faz muito tempo Di, o ultimo foi aquele medico lá que se mudou para fora do país, mas de acordo com a Ceci não era la essas coisas não – Luiza fala se acomodando no sofá

- Oi? Gente tudo bem, eu to aqui ta, e outra não te conto mais nada luiza – Falo brincando, pois todos aqui temos o nível de intimidade suficiente para falar sobre isso

- Deixa seu roberto ouvir que filinha querida dele, ando abrindo as pernas para medico por ai – Diego zoa com minha cara, de resposta mostro o dedo do meio para ele – Mas gente cade a classe doutora Albuquerque? Isso são modos?

- Ta no teu rabo Diego Muniz – Damos risada e começamos a conversar sobre assuntos aleatórios.

Eles são minha segunda família, eu me sinto em casa e muito confortável quando estou junto com essas pestes da minha vida, Luiza e eu nos conhecemos a muito tempo, Diego chegou logo depois que nos formamos em Direito, tenho muito orgulho do meu amigo, lembro bem por cada situação que passou por preconceitos, por ser gay e estar fazendo advocacia, ver ele hoje em dia todo seguro de si é motivo de muito orgulho.

Processo 3528Onde histórias criam vida. Descubra agora