Capítulo 24 - Confiança Quebrada

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Cecilia


Abro meus olhos por conta da claridade incomodando, percebo que estou em um local desconhecido, tento forçar minha memória, mas só vem borrão. Suspiro e me sento na cama observando o quarto bem arrumado em tons de branco e cinza, vejo o vestido que eu estava usando ontem dobrado em cima da penteadeira que tinha ali, só então percebo que eu estava vestida com uma roupa diferente, uma camisa masculina, eita porra, que merda que eu fiz ontem?

Sinto o perfume conhecido da camisa que estou e sorrio instantaneamente, pera só um segundo, eu me recuso ter ido pra cama com o Rafael e não lembrar de quase nada, ai que ódio, mas acredito que ele também não avançaria o sinal sabendo que eu estava um pouco alterada, isso não faz o tipo dele.

Saio da cama me espreguiçando e vou até a janela e vejo o sol alto la fora, percebo o campo verde, o gado no pasto, e os cavalos correndo no campo enorme, ah estou no famoso "Recanto do Dudu"

Observo que não tem nenhum carro estacionado ali, ele deveria ter saído

Vou até o banheiro faço as minhas higienes e visto meu vestido, pegando meus sapatos e descendo as escadas devagar.

Ao chegar na cozinha vejo uma mesa posta com um café recheado de coisas deliciosas sorrio, e vejo um bilhete ali

"Bom dia! Deixei esse café gostoso e prontinho para você! Ah e um remedinho para dor de cabeça no balcão, melhoras.

Ass; Marta"

Faço uma careta, muito á agradeço marta, mas não era bem você que eu estava esperando escrever esse bilhete, decido afastar esses pensamentos e me concentrar em tomar o café.

Afinal estaria voltando para a cidade dentro de algumas horas.

(...)

- E quando fui tirar o relatório com o financeiro simplesmente os números não coincidiam – Meu cliente fala indignado me estando mais três folhas e eu analisava tudo com atenção afinal era um rombo de mais de quinhentos mil

- Realmente tem bastante números errados aqui, não acha que pode ter sido alguém do controle financeiro? – Pergunto me encostando na cadeira ajeitando meus óculos

- Não sei Doutora, mas indaguei alguns e eles fizeram o levantamento e deu nisso – Ele fala dando de ombros visivelmente nervoso

- Então o problema não estaria no financeiro, mas sim no repasse para eles, e nas compras das mercadorias e acordos tem alguém específico responsável nisso? – Pergunto e vejo ele ficar pálido e começar a negar com a cabeça

- O meu socio, mas não é possível, somos amigos desde infância, ele não poderia fazer isso comigo e com a nossa empresa – Diz nervoso e negando com a cabeça ao mesmo tempo

Me levanto da minha cadeira, e sirvo uma água para ele e lhe entrego e ele agradece respirando fundo

- Fica calmo, é apenas uma hipótese, mas que não pode ser descartada, vamos com calma, passa a reparar mais nele com atenção, não podemos acusá-lo sem prova, afinal isso seria um crime de nossa parte, mas você preste atenção nas atitudes e qualquer prova ou brecha me avise que entraremos com o processo ou talvez acordo – Falo cruzando meus braços e explicando com calma e ele assente

- Mas Doutora e se não for ele? – Ele fala ainda desacreditado que possa ser o amigo

- Aí Fingimos que essa nunca existiu, e que seu amigo e socio nunca foi um suspeito pelo golpe que está acontecendo na empresa, fizemos tudo no mais perfeito sigilo não se preocupe, e eu farei um contrato que agora em diante terá que passar por sua autorização antes de ir para o financeiro, mas um contrato sigiloso, seu socio nem imaginara que existe – Falo digitando ao mesmo tempo em meu computador

Processo 3528Onde histórias criam vida. Descubra agora