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_ Você e minha preciosa, só minha.

Engulo seco não duvido das palavras dele, mais do jeito que ele fala parece que sou um objeto sem direito de escolha, mais não estamos muito longe disso as mulheres até da minha vilarejo tinha muita obrigação e poucos direitos.

E pelo que observo na cultura cigana não é tão diferente, penso na minha mãe e na minha irmã vou sentir tanta falta das brincadeiras da minha irmã, e os conselhos da mamãe.

Também vou sentir falta da segurança que papai sempre me passou, ele sempre foi meu herói em um cavalo branco.

Olho para o meu vestido longo e sinto o cheiro gostoso do sapato que mamãe usa para lavar nossos vestidos, vou sentir tanta saudade do cheiro de casa.

Nunca parei para pensar como é rui ficar longe das pessoas que amamos, sempre pensei que um dia ia chegar o dia que papai ia dar a minha mão a um lindo homem do vilarejo, que todo domingo depois da santa missa eu e meu marido iriamos almoça na casa dos meus pais.

Mais isso tudo só fez parte de um sonho infantis, minha realidade está bem longe disso tudo, eu posso até der o sangue deles, mais tenho também o sangue de papai e a criação dos meus pais.

_Logo você vai se adaptar minha preciosa._ Ele fala apertando com um pouco mais de força minha cintura._Voce nasceu para viver esta vida.

Sinto seus olhos queimando minha nuca e me viro vendo seus lindos olhos, seus cabelos volumosos negros e sua barba que não possui um só falha, não posso negar que o cigano é um homem muito charmoso e com uma aparecia muito misteriosa.

_ Eu tenho medo Estevão, eu não fui criada para viver esta vida. _ Tento ser sincera com ele._Eu não conheço seus costumes e só tenho quinze anos.

_Está em uma ótima idade para se casar e assumir suas responsabilidades de mulher.

_Mais eu ainda não sou mulher...

_Daqui três noites irei de fazer mulher.

Engulo meus pensamentos encerrando qualquer diálogo da minha parte, afinal o que mais teria para falar que a exatamente a um anos atrás brincava de boneca, que ainda chorava quando sentia medo, ou que quando chove muito forte corro para o quarto da minha irmã.

Eu sabia que com dezesseis anos papai ia me arrumar um noivo e com dezessete ia me casar, mais nunca me imaginei casada com quinze anos, e uma dúvida me domina minha língua coça e sem perceber a pergunta sai da minha boca.

_Quais são as responsabilidades de uma mulher no casamento?

Sinto novamente seus olhos me queimar viro meu rosto e olho para ele, estamos tão próximo neste cavalo e a sensação é um pouco estranha nunca montei em um cavalo e também nunca tive um homem tão próximo do meu corpo.

Finalmente esculto sua voz, agora sua voz a baixa mais grosa e forte potência.

_Cuida do marido e da casa e no futuro os filhos, suprir as necessidades do marido e obedecê-lo.

NECESSIDADES está palavra roda na minha cabeça com a mesma força da palavra FILHOS.

_Quais necessidades?_ Sinto seu corpo rugido atrás do meu, seus olhos me olha com intensidade meu corpo todo se arrepia com seu olhar, me arrependo da minha pergunta._Desculpe-me julgo que não devia fazer tal pergunta.

_Sua mãe de ensinou como o casamento é consumado?_ Ele me pergunta olhando bem nos meus olhos.

Penso um pouco na sua pergunta e sinceramente minha mãe nunca me falou nada sobre este assunto.

_Minha mãe nunca me falou nada sobre tal coisa._ Lembro-me de certo dia que minha ama me falou algo._ Mais um dia o padre da paróquia estava fazendo um sermão sobre atos impróprios entres um casal e ele usou estas mesmas palavras, mais não entrou em detalhes, quando cheguei em casa perguntei para minha Madalena.

_Quem é Madalena?_Ele pergunta com interesse para ouvi minha resposta.

_Ela é minha ama de leite, sempre toda vida cuidou de mim.

_Certo fico feliz que você foi uma criança amada.

_ Sim, sempre recebi muito amor e proteção, minha mãe me chamava de luz da vida dela, toda minha família sempre me amou e protegeu.

Ele olha despistado para a carroça que estava trazendo as mulheres, também olho e encontro ela me olhando, eu fico triste por ela mais não posso negar eu sempre fui amada principalmente pela minha mãe que fez sempre tudo pela minha felicidade.

_E o que ela te falou sobre consumação do casamento?_Ele me pergunta mudando de assunto, eu entendo ele sente pela tia.

_hum..._Para e penso me relembrando._ Ela me falou quando quanto um casal se ama o homem dorme com a mulher abraçados mais só depois do casamento.

_só isso? _Ele me pergunta ficando um pouco tenso._Ela não te falou que um homem tocar uma mulher de forma mais íntima?

_hun... Não. Intima como?

Ele gargalha e me segura com mais força colando seu corpo forte no meu.

_Há minha preciosa sua inocência vai me deixa doido, eu vou der o prazer de ensinar tudo para você e te mostra um caminho sem volta de perdição nos meus braços.


















Amor ciganoOnde histórias criam vida. Descubra agora