Amor cigano

14

Já tem dois dias e Estevão não voltou para o acampamento, estou no quarto com meu filho.

_Hoje ele volta._Kira fala me olhando

_Como você sabe kira? _Pergunto

_Ele não pode ficar três dias fora do acampamento  e lei._ Ela passa a mão na cabeça do meu bebê._Apenas se ele tiver com outros ciganos em uma viagem de negócio.

_E o que eu vou fazer quando ele votar?

_Seja fria e forte.

_Não consigo eu o amo.

_Eu sei.

kira e eu ficamos em um silêncio  confortável  nestes dois dias Luca sempre vem me ver e tenta me animar, mais a tristeza é tão grande que queria sumir.

_Posso levar Garibalde  para tomar um pouco de sol? _Kira pergunta, eu olho para o meu pequeno e confirmo com a cabeça._Mais tarde estamos de volta.

Kira fala e pega meu filho para poder tomar sol, me deito e deixo as lágrimas escorre, toda vez  que fecho meus olhos eu vejo meu marido nos braços  da Alice.

Esculto um movimento na porta e vejo Luca entrando  ele para e me olha. 

_Você precisa se alimentar  Ana.

_Não estou com fome Luca.

_Por mim Ana.

_Por que Luca? _Eu me levanto  e olho para Luca que sempre está lindo tão parecido com o irmão mais ao mesmo tempo  tão diferente na personalidade._Por que ele me abandonou por uma rameira?

_Meu irmão e um idiota._Luca me abraça me aquecendo em seus braços._Mais eu estou aqui com você.

_Obrigado  Luca por ser meu amigo. _Quanto estou com Luca as coisas começa a ficar mais fácil. _Não sei se conseguiria sem tua amizade, as vezes eu queria sumir  por alguns minutos.

_Eu posso de ajudar com isso._Luca fala e me olha._Confia em mim minha senhora ?

Luca fala me estendendo  a mão 

_Na melhor das hipóteses  sim.

Luca ri e me puxa para fora e me guia até um cavalo cinza lindo e grande ele monta e me ajuda a subir, me lembro de Estevão quase todas as tardes ele me chamava para cavalgar.

Mais tento espantar meus pensamentos  não quero me entregar ao choro novamente, não por enquanto...

Luca galopa quase voando a sensação  de liberdade me pega com força pó alguns estantes.

Ele para em frente a uma vistosa casa de madeira  que fica quase escondido  no meu da floresta com uma pequena trilha.

_Este lugar me pertence._Luca fala me descendo do lindo cavalo cinza._Sempre que queria ficar sozinho, sem barulho ao meu  redor eu fugia para  cá.

Ele me mostra uma chave em uma corrente  de ouro.

_E sua. _ Ele pega a minha mão e coloca a chave na corrente._ Este e meu presente para você.

_Eu..._ Eu não olho para Luca e o abraço._Não posso aceitar Luca.

_Lógico que pode._Ele passa a mão nos meus cabelos que estão soltos ._Somos amigos.

_Obrigado  Luca.

_Vai entra.

Eu abro a porta e vejo uma linda casinha de um comodo toda decorada em cores leves, e uma cama enorme no meu, vejo uma enorme quantidade  de livros em uma estante, em outro canto tem uma lareira.

_Sempre que você querer sumir. _Luca fala chamando minha atenção  para ele_Vanha para cá.

_Obrigado  Luca você é meu melhor amigo.

_Você também minha Ana._Ele sorri me trazendo ar._Venha precisamos voltar agora.

Concordo e juntos voltamos em silêncio assim que ele me desce do  cavalo ele passa a mão no meu rosto e fala.

_Amanhã irei ensinar você a montar a cavalo.

_Nao sei Luca...

_Por favor._Eu rio e concordo._Venha você precisa comer Ana.

Luca me guia até a casa da dona Mariana que me ofereceu um prato gostoso de comida.

Como pela primeira vez nestes dois dias que se passou.

Assim que termino de me alimenta pego Garibalde  no colo e vou para minha casa.

Amamentou Garibalde  e coloco ele para dormi me deito ao seu lado e a dor me consome cada vez mais.

Acabo pegando no sono e sou despertada com o barulho  da porta batendo.

Levanto-me  e corro para sala vendo meu marido entrando.

_Estou com fome. _Assim que ele me olha ele fala._Espero que minha esposa tenha cuidado da casa e feito a comida.

Ele me olha cinicamente nunca tinha visto este lado de Estevão.

meu coração morre mais um pedaço e a raiva me consome.

_Por que? Sua prostituta  não sabe  cozinha?

_Ela estava ocupada fazendo outras coisas... _!Ele parar de falar quando ele olha para o corretor  e ver a porta do antigo santuário  Maldito dele aperta._Você entro no quarto?

Ele me empurra e passa por mim, quando ele chega na porta do quarto limpo e vazio seus olhos escurece como a noite.

_Cada tudo que estava aqui.

_Queimei._Tomo coragem._Não quero nada da prostituta  na minha casa.

Estevão me puxa pelo braço  e me joga no chão dentro do  quarto,  vejo ele tirando o cinto da calça.

_Você é minha esposa e me deve obediência  absoluta. 

Ele me acerta a primeira  vez com o sinto eu grito com o susto e dor, Estevão nunca tinha feito isso novamente  ele me acerta eu começo a gritar e chorar ele me bate mais cinco vezes e esculto um barulho forte na porta da frente.

_Estevão ficou doido._consigo ouvi a voz de Luca  que se joga em cima de Estevão_ Não encosta nela seu Maldito.

Sinto alguém me abraça vejo que e Alzira.

_Venha filha. _Ela me ajuda a levanta e me leva para o quarto fechando a porta._já passou mamãe está aqui.

Eu choro e ela me abraça, olho para o meu filho e vejo que ele acordou com o barulho.

A dor a tão grande meu corpo e minha alma dói tanto.

_Venha deita._Alzira me guia até a cama._Vai ficar tudo bem minha filha.

_Como? Estevão está com ela.

_Não querida._ Ela passa a mão nos meus cabelos._Ele está enfeitiçado só isso.

_ Ele me bateu por causa dela.

Luca entra no quarto e vejo que ele tem um corte na boca.

_Tia cuida do pequeno Garibalde. _Luca fala para Alzira._Todos já estão dormindo, eu vou cuidar da Ana.

_Aonde ele está?

_Saiu novamente.

Ela confirma e pega meu pequeno, Luca cuida de mim a noite inteira e depois me conta lendas para dormi.