Soul Mates In A Pit Of Vipers [DRARRY]

Capítulo 2

Poções foi a segunda aula que tivemos desde que as aulas começaram. Uma matéria que me preocupa. Sem o caderno do "Príncipe" eu sou um total fiasco.

— Acredito que a guerra tenha trazido uma nova perspectiva para todos. Inclusive para nós professores de Hogwarts — Slughorn se pronunciava andando de um lado para o outro — Decidimos testar dinâmicas diferentes neste ano, a guerra nos ensinou sobre perda e união. Precisamos nos unir para sermos mais fortes, contudo optei para ter aulas em duplas em todas as aulas.

Troquei um olhar singelo com Rony, o ruivo já ameaçava se levantar para se sentar do meu lado quando Slughorn levantou a mão.

— Mas, as duplas precisam ser de casas diferentes. Lembre-se, a união faz a força.

Suspirei olhando ao redor, muitas propostas chegavam aos meus ouvidos. Era considerado o garoto de ouro, salvador do mundo bruxo e nesse momento parecia muito requisitado pelos alunos. Coitados, nem imaginam como sou ruim em poções.

Estava quase aceitando a proposta de uma garota cacheada inteligente da lufa lufa quando Slughorn se aproximou.

— Harry, sei que tem muita dificuldade em poções. Se me permitir gostaria de escolher sua dupla.

— An... Claro, professor.

— Ótimo, ficaria muito feliz se aceitasse fazer dupla com o Draco.

Senti o café da manhã voltar no mesmo instante, ele estava ficando doido?

— Não!

— Não? Por quê?

— Porque ele... ele... Na verdade a gente se odeia, nunca iria funcionar.

— Não diga isso, senhor Potter, são novos tempos. E o senhor Malfoy é o melhor aluno de poções.

— Professor, duvido que Draco também aceite essa proposta — Era extremamente insana.

— Ele não tem outra escolha, ninguém quer se juntar com os Malfoys.

Restringi um sorriso, era óbvio que ninguém se sentiria confortável em trabalhar com um ex comensal. Foram muitas perdas. Slughorn suspirou.

— Draco é um dos melhores alunos de poções — Olhei de relance para o loiro, ele encarava suas anotações tamborilando os dedos impaciente — Dê a ele uma chance.

Tentei formular alguma frase, mas era perceptível o que seus olhos diziam. Todos me viam como uma figura de esperança, o salvador. Poderia consertar qualquer coisa, mas esses eram adjetivos dados por eles, sou apenas um garoto de 18 anos tendo a chance de viver normalmente, mas as pessoas sempre esperam que eu seja um herói. Assenti com a cabeça juntando meu material lentamente.

Rony me olhava com o cenho franzido enquanto eu caminhava na direção da mesa de Malfoy, o resto da sala desviava o olhar cochichando com sua dupla. Parece que a junção de casa estava funcionando com a nova novidade de um Potter e Malfoy estarem se juntando.

Suspirando, me sentei ao lado do loiro, ele se manteve imóvel, seus dedos ainda batucavam a folha e seus olhos focados em um ponto fixo.

— Slughorn me pediu para sen... — Tentei começar, mas ele me cortou sem nem ao menos me olhar.

— Não preciso da piedade do garoto de ouro.

Revirei os olhos, fazer dupla com Malfoy me faria perder a sanidade.

— Não estou fazendo nenhuma caridade, Malfoy. Mas se você puder me ajudar em po...

— O quê? — Ele me olhou sorrindo cinicamente — Slughorn espera que eu te ajude na matéria? Nem se eu estivesse sendo amaldiçoado.