10 | Por Causa Daquele Garoto Que Tudo Começou.

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No silêncio da sala, a mulher tomava seu chá, enquanto o homem lia em seu tablet e Minho distraía-se com o celular. Observando aquela cena, Jisung solta um suspiro fraco, decidindo então iniciar uma conversa.

— Senhora Lee, imagino que tenha a mesma idade que minha mãe. Casou-se jovem? — perguntou Jisung, sua voz carregada de curiosidade, assim atraindo a atenção dos dois homens.

— Aos vinte e quatro anos. Quantos anos tem sua mãe? — responde a mulher, colocando delicadamente sua xícara de chá na mesinha.

— Minha mãe tem quarenta e cinco. Como conheceu o Sr. Lee? — continua Jisung, seu tom tingido de interesse.

— Foi um casamento arranjado pelas famílias. — responde a mulher, sua voz calma, porém carregando um peso de tristeza contida. — E sua mãe, como conheceu seu pai?

— Curiosamente, eles se amam. Apaixonaram-se na escola e casaram-se jovens. São inseparáveis e, para ser sincero, um pouco inconsequentes. — com indiferença, Jisung responde soltando um riso soprado com sarcasmo. — O maior sonho deles era ter um filho.

— Então eles realizaram esse sonho. — comenta o pai de Minho. — Eles tem você.

— Na verdade, não. — com uma voz suave Jisung responde, mas seu olhar estava tão distante e vazio. — Meus pais não me planejaram. Sou o filho mais novo, um 'acidente' de uma noite.

— Nesse caso, você tem um irmão mais velho. — observa a mulher, sua voz suave, mas carregada de compaixão e empatia. — Eu nunca pude engravidar novamente.

— Era para eu nem estar aqui. Meu pai queria que ela abortasse, mas minha tia a convenceu a não fazer isso. Dizem que um filho único é perfeito para uma família rica e de negócios importantes. — revela Jisung, sua voz revelando uma mistura fria de tristeza e ressentimento.

— Jisung. — chama Minho, tentando mudar de assunto, sua voz soando preocupada e inquieta.

— Senhora Lee, você sabe como é crescer sem o amor dos pais? Ser criado por todos, menos por aqueles que o trouxeram ao mundo? Você entende essa sensação de rejeição por quem deveria amar e cuidar de você? — com seu olhar vazio fixo na mulher, Jisung pergunta, seus olhos refletindo uma dor antiga e profunda, sua voz ecoando com emoção já esquecida.

— Eu... eu não sei. — responde ela, sua voz trêmula e baixa, revelando vulnerabilidade e tristeza. — Mas parece que você foi criado bem.

— Meu irmão cuidou de mim. Ele me protegeu, me amou e me ensinou muito. Ele foi meu pai e minha mãe. Cinco anos mais velho, sempre esteve lá para mim. — continua Jisung, um sorriso terno e nostálgico quebrando em seus lábios, mas seus olhos estavam apagados e isso despertou em Minho uma confusão evidente. — Nunca brigamos e éramos inseparáveis.

— Parece uma relação linda. — com a voz suave e reconfortante, a mulher comenta, transmitindo compreensão e simpatia.

— Mas não foi o suficiente. — murmura Jisung, sua voz falhando um pouco, revelando a dor que ainda carregava, sua expressão sombria e melancólica.

— Onde você morou? — perguntou o homem, sua voz demonstrando interesse genuíno e curiosidade sincera.

— Na Inglaterra dois anos e nos Estados Unidos três anos, e por um total de cinco anos viajei para muitos outros países. Decidi voltar para a Coreia depois de não saber mais para onde. Contra minha vontade voltei para cá, mas algo dentro de mim quis que eu voltasse. — responde Jisung, sua voz refletindo uma mistura de melancolia, sua expressão revelando uma profunda complexidade emocional. — Dizem que podemos não saber exatamente para onde ir, mas sabemos para onde podemos voltar.

Stay And Love Me, Save Me - MinSung (REESCREVENDO)  Onde histórias criam vida. Descubra agora