15 | Sensações E Tons.

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...

Na hora do jantar, estava todos à mesa e um pesado silêncio paira sobre o ambiente. Somente se ouvia os barulhos dos talheres e aquilo estava estranhamente deixando Jisung apavorado naquele momento, então com um pedido de desculpas, Jisung se levanta e foge para o quarto de Minho, onde se joga na cama. Fechando os olhos, Jisung começa a cantarolar, tentando encontrar refúgio na música, mas mesmo assim, o silêncio o assombra.

O silêncio era seu pior inimigo, uma presença opressora que o atormentava. Para Jisung, o silêncio é mais do que apenas a ausência de som, é um vazio ensurdecedor, uma prisão para sua alma gritante.

Enquanto cantava baixinho, Jisung sente a angústia se acumulando em seu peito, oprimindo-o com sua terrível presença. E naquele momento tudo o que ele mais queria era ouvir a voz suave que sempre o acalentou.

Detestava o silêncio com todas as forças de seu ser. Para Jisung, era como se estivesse afogando em um mar de quietude, incapaz de se libertar. O silêncio é um lembrete cruel de todas as palavras não ditas, de todas as perguntas sem resposta.

É um labirinto de desespero, onde os monstros de sua mente se tornam mais aterrorizantes a cada segundo que passa. Onde podia ouvir seu coração parar de bater gradativamente até parar de pulsar, onde sua alma era brutalmente arranhada até ser despedaçada.

E é nesse silêncio ensurdecedor que as pessoas se perdem, afogadas em seus próprios pensamentos. Sem palavras para guiá-las, elas se encontram à deriva, perdidas em um mar de incertezas. O silêncio não é apenas uma falta de som, é uma batalha constante pela sanidade, uma luta para encontrar sua voz em meio à escuridão ensurdecedora.

O silêncio era desesperador porque muitas pessoas gritavam nele e ninguém ouvia, o silêncio é horrível porque as pessoas esperam respostas e nada vem. O silêncio é apavorador porque se encontra a ausência.

No silêncio que as pessoas se perdiam, sem respostas elas desistiam.

E Jisung passou muito tempo no silêncio, tanto que aquilo o sufocou de uma maneira terrível.

Jisung estava tão imerso em seu mundo interior que mal percebeu quando a porta se abriu, continuando a cantarolar suavemente para si mesmo. Sentir alguém sentando na cama o trouxe de volta à realidade, e ao abrir os olhos, encontrou Minho sentado ao seu lado, observando-o com expressão preocupada.

— Você mal tocou na comida. — disse Minho, seu olhar carregado de preocupação.

— O silêncio me sufoca. — suspirando pesadamente Jisung confessa, fechando os olhos novamente. — Você já deve ter percebido que sou uma pessoa agitada.

— É impossível não perceber. — concordou Minho, deitando-se ao lado de Jisung. — Você nunca para quieto, adora estar próximo das pessoas, fala demais, ri demais... é tudo tão intenso em você.

— Não quero deixar ninguém escapar. — murmura Jisung, olhando para o teto. — Se não nos agarrarmos a eles, podem simplesmente desaparecer para sempre. Levo isso muito a sério. Temos que segurar firme aquilo que não queremos perder.

— Alguém já foi embora? — Minho resolve perguntar, não queria ser curioso ou intrometido, mas precisava perguntar.

— Hmm, muitas pessoas. — admitiu Jisung, olhando para Minho. — Mas elas eram passageiras na minha vida, cada uma trouxe consigo uma lição, um prazer momentâneo, um novo sentimento e muitas eram apenas uma pessoa qualquer que não era para ficar de qualquer maneira. — tremendo o olhar, Jisung desvia olhar. — E tem aquela pessoa... aquela que partiu, mas não deveria ter ido embora. Aquela que machuca mais, aquela que nunca conseguiremos superar.

Stay And Love Me, Save Me - MinSung (REESCREVENDO)  Onde histórias criam vida. Descubra agora