CAPÍTULO 27✨

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Rainy engole seco e fecha os olhos por um momento, nunca havia contado nada de sua vida para ninguém, já havia sido um avanço e tanto falar sobre aquela pequena parte.

– Difícil! - responde apenas.

– Mas...por que você nunca foi adotada?

Rainy faz uma expressão insondável quando disse;

– Por que ninguém nunca quis me adotar!

  Ela não era do tipo que se lamentava pelas infelicidades da vida.

– Impossível! Você seria adotada de alguma forma.

– Eu fui a única criança que sobrou. - corta ela – Deve ter tido um bom motivo para ninguém ter me adotado.

Ele então segura a mão dela e a aperta em um gesto de conforto.

– Eles saíram perdendo. Todos eles! Você é incrível e eu sou grato por ser sua alma gêmea.

Rainy ergue os olhos para ele e franze os lábios balançando a cabeça.

– Eu sei que pareço indiferente na maioria das vezes. - admite ela – Mas é que as vezes a indiferença é a única expressão que aprendemos a usar ao longo do tempo.

Tayler se aproxima e lhe dá um beijo suave na testa.

– Eu pretendo cuidar bem de você Rainy!

Rainy não sabia o que dizer, ela nunca sabia. Olhando para Tayler por um momento, seus olhos desviam e olham para a água. Então após algum tempo ela disse;

– Eu nunca achei que as coisas fossem ser assim. Essa história de alma gêmea...nada é como eu pensava.

– E o que você pensava?

– Que as escolhas poderiam doer um pouco menos. Que fazer uma escolha séria fácil.

Ela suspira.

– Que as coisas não seriam tão complicadas.

– Está tudo bem. Eu sempre vou estar aqui com você. - disse Tayler sem realmente saber a que ela se referia.

Rainy sente um pouco de vivacidade invadir seu coração ouvindo aquelas palavras.

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Aquela era a primeira vez que Sophie e Tayler ficavam tão longe de casa. Ele pelo fato de estar tão absorto em Rainy parecia não sentir muito. Porém Sophie tinha uma inquietação, mal poderia esperar até tudo acabar para poder voltar para casa.

– Parece que está ansiosa! - observa Brayce.

– Só quero voltar logo para casa , é angustiante ficar assim sem notícias.

– Realmente. Mas eu me acostumei, entendo que para você deve ser difícil. Aposto que nunca havia ficado tanto tempo longe de casa.

– Não dessa forma. Meus pais trabalham o tempo todo, então não sobra muito tempo para mim. Minha infância e parte da adolescência foi com minha avó só nós duas. - explica o motivo de sua angustia.

– Você se apegou a ela?

– Sim, passávamos a maior parte do tempo juntas. Ultimamente ela não tem estado bem de saúde, por isso me preocupo, quero ter notícias.

– Podemos ir a cidade no fim de semana, assim você poderá entrar em contato e ter notícias. - propõe.

Ela assente.

– Sabe? Apesar de ser filha única meus pais tem pouco tempo sobrando para mim. Sei que eles me amam, porém estão sempre ocupados por conta do trabalho. - revela.

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